Capitulo 27 - Ida sem Volta

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Um mês depois

- Lay! - ouviu-se Nina, a mãe de Lay - Vêm! A tua amiga Sofia está aqui!

Lay já nem tentava insistir que Sofia era a sua irmã gémea. Os pais dela só queriam ignorar e  esquecer assunto. Ela sabia que as coisas não funcionam assim mas não tinha escolha.

Mas era bom que Sofia se tivesse vindo despedir dela.

Ela correu pelas escadas abaixo e viu Sofia a olhar para a sala de estar, completamente vazia.

Os pais dela, Jorge e Nina estavam a acabar de arrumar uns caixotes no carro. O camião de mudanças já estava completamente cheio e fechado.

- Lay. - disse Sofia, quando viu Lay - Eu vim cá...

Lay foi para perto de Sofia e disse:

- Não precisas de acabar a frase.

Sofia suspirou e perguntou:

- Isto é o fim?

Ela encolheu os ombros e disse:

- Não sei. O meus pais devem vigiar as minhas conversas pelos próximos anos de modo a não falar do-que-tu-sabes. Eles querem fingir que nada aconteceu...

- Eu percebi isso. - disse uma voz familiar, por detrás delas.

As duas viraram-se para ver Max.

- Max... - disse Lay.

Max pousou no ombro de Lay e abraçou-lhe o pescoço.

- Tu não sabes como é difícil para mim ver-te ir.

Lay hesitou, mas acabou por abraça-lo também.

Depois de uns momentos, Max larga Lay.

- Estiveste muito bem, na nossa última lição, ontem.

- Obrigado. - disse Lay.

- Tens o livro de apontamentos? - perguntou Max.

- Sim.

- Já consegues fazer aquele feitiço básico de ilusão?

- Sim.

Max sorriu e disse:

- Então não tenho mais que te possa ensinar que não esteja no livro.

- Obrigado por tudo, Max. - disse Lay, depois virando-se para Sofia - Também te agradeço, Sofia.

Sofia abraçou a irmã e disse:

- Vou ter saudades tuas, sua convencida.

Lay sorriu e sem largar Sofia, disse:

- Ingénua estúpida.

Sofia largou-a e disse:

- Essa já magoa!

- Desculpa...

Ela voltou a sorrir e disse:

- Não te preocupes.

- LAY! - ouviu-se Jorge a gritar, das escadas do prédio - Temos mesmo que ir!

Lay abraçou Sofia e Max, pelo que ela sabia que seria a última vez e disse:

- Um dia eu volto.

Nem Max, nem Sofia a queriam largar.

- E esta Noite Eterna vai acabar. - prometeu Lay.

Max levantou a cabeça, face a esta promessa, mas não disse nada.

- Adeus. - disse Max, uns momentos depois.

- Adeus... - disse Lay.

Max olhou para os lados e saiu pela janela, que Jorge se tinha esquecido de fechar.

Lay e Sofia foram fechar a janela, vendo-o a desaparecer de vista, em direção ao Jardim Central.

Elas saíram de casa e Nina olhou para elas, enquanto ia trancar a porta do apartamento.

Lay e Sofia olharam para a carrinha de mudanças e o carro dos pais de Lay e engoliram seco ao mesmo tempo.

Ao notarem isso, elas trocaram um olhar cúmplice. As duas trocaram as últimas despedidas e promessas de falarem, por mais difícil que isso fosse.

Lay entrou no carro, e Sofia ficou no passeio e ver o carro e a carrinha a desaparecer no horizonte.

E quando notou, Sofia notou que tinha começado a chover e que havia ela estava a chorar. Ela suspirou e voltou para casa.

Elas não sabem como e porquê...

Mas pouco a pouco, deixaram de se falar.

E três anos passaram.

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Desculpem o facto de ser um cap. pequeno...


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