Armas, Rosas e... Você! ( LESBIAN)

Capítulo I

🔞Conteúdo adulto com temas indigestos.

Destravo e travo minha arma diversas vezes para diminuir minha ansiedade. Desde que meu querido chefe foi encontrado morto num prostíbulo ilegal no subúrbio, assumi seu cargo, e graças a Deus, pelo que dizem é temporariamente. Não suportaria ter que ficar trancada nessa sala nojenta o dia todo. Preciso me movimentar ou enlouqueço. Se soubesse que matá-lo me obrigaria a assumir sua posição eu teria feito isto antes, assim não tenho que lidar com nenhum corrupto, pelo menos não nessa filial. Só espero que meu próximo chefe não seja mais um imundo com desejos asquerosos senão terei que fazer outra faxina neste setor.

Destravo a arma e miro na porta. Repentinamente, alguém a abre e a adentra, e com o susto acabo apertando o gatilho. Desvio a tempo e o quadro contém a bala heroicamente. A mulher na minha frente tem os olhos arregalados, o suor escorre da sua testa até o colo de seus seios avantajados, e sua pele num tom negro claro ganha uma nuance branca.

- Você devia bater antes de entrar... - advirto tranquilamente.

- Você é louca ou o quê? Como manuseia sua arma no local de trabalho? Poderia ter me matado ou me ferido gravemente! - me repreende e eu dou com os ombros.

- Já te disse... Você deveria ter anunciado sua presença. Aliás, quem é você? Nunca te vi por aqui... - suspendo a sobrancelha direita com desdém, analisando a mulher que deve ter no máximo uns 55 anos.

- Mas é claro que não, sua estúpida! Eu sou a substituta do senhor Wright. Portanto, saia já da minha mesa sua homicida!

Levanto de um súbito. Por que ninguém me avisou que o novo Detetive Chefe assumiria hoje? Porra! A Detetive quer dizer...

- Perdão, senhora...?

- Evans, Nicol Evans.

- Perdão senhora Nicol Evans. Tinha que ter um nome russo... - reclamo baixinho.

- O que disse senhorita...?

- Lilith, Lilith Rebel. E eu disse que seu nome é uma porcaria... Variante de Nikolai? Quem diabos põe um nome masculino russo numa americana?

- Ah, - ela abre a boca com ar de indignação demonstrando que deseja me ultrajar mas parece desistir para manter a pose de elegância. - E quem em sã consciência colocaria o nome de uma demônia numa pessoa? Não que o nome não faça jus a você, não é mesmo querida? - seu tom é irônico e tem os braços cruzados. - Fique sabendo que meu nome é neutro. Pensei que sua geração fosse mais evoluída quanto essas questões de gênero. - a encaro com uma expressão e “eu com isso?” - Ah quer saber? Eu não te devo explicações - nota que estou pouco me lixando e caminha até sua mesa de onde me afasto.

- Tanto faz... Até agora não entendi porque o Departamento não me avisou da sua inesperada chegada!

- Porque eu não devo satisfações aos meus subordinados. Pensa que já não sei da sua fama? Lilith Rebel, o café quente e amargo num dia de sol escaldante, que queima a língua de quem bebe numa única golada!

Caio na risada um tanto envaidecida:

- Está aí, gostei dessa definição.

- Você se acha muito engraçadinha não é mesmo? Muito cuidado comigo Detetive, eu levo o meu trabalho a sério. E por isso você está suspensa das suas atividades por uma semana pelo desacato a sua superiora e ao atentado a minha existência sem intenção de matar. Deixe sua arma e seu distintivo.

- O QUÊ? A SENHORA SÓ PODE ESTAR MALUCA!

- Ok. DUAS SEMANAS! - abro a boca para retrucar e ela me aponta o dedo indicador com um olhar severo. - An, an, quanto mais questionar mais férias obrigatórias vai ter e pelo que li da sua ficha, sua atrevida! Ficar fora de cena é um dos piores castigos que você pode ter.