Love Lies; Jeon Jungkook

lost stars;

não deixem de ler as notas finais; ⁂

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— Fiquei feliz por você ter me ligado, Seunghee.

Tinha um mês desde o dia que Seunghee encontrou com Moon Sora por acaso e finalmente tinha telefonado para ela. Ainda era meio difícil de acreditar que ela tinha o cartão da mulher em uma das divisórias da carteira. Na tarde do dia anterior, ela estava jogada na cama enquanto assistia a um filme aleatório que passava na tevê, quando ela desviou a atenção para o portfólio — que Jungkook tinha arrumado — e lembro do cartão que a mulher tinha dado a ela. Em um pulo, saiu da cama atrás da bolsa e da carteira, quando achou tirou o cartão dela. Cartão na mão esquerda e o celular na mão direita, ela sentou na ponta da cama e a dúvida bateu, não sabia se ligava ou deixava pra lá, ela não sabia porque a mulher tinha a entregado o cartão e a deixado tão esperançosa. Quando percebeu, o celular já estava na orelha e segundos depois uma voz feminina preencheu seu ouvido.

Também já tinha quase um mês que ela e Jungkook resolveram se declarar um para o outro. Seunghee estava apaixonada pelo rapaz e não precisava ela falar, só os jeitos que ela reagia perto dele ou até longe, lembrando dele ou ouvindo a voz dele, qualquer pessoa apontaria a mulher como uma recém apaixonada. Jungkook não estava diferente, ele já tinha sentimentos por ela há muito tempo, então depois se confessar, só se tornou mais aberto para mostrar os sentimentos de forma livre, sabendo que era aceito. Mas eles não tinham estabelecido um status e não que Seunghee se importasse, porém ela não gostava da idéia de ficar com ele por ficar mas também não queria colocar nenhuma pressão nele. Era difícil não pensar em pressão quando você está quase com 27 anos e resolve se apaixonar.

Ela precisava tirar um pouco de Jungkook dos seus pensamentos.

Seguiu a mulher que mostrava o local para ela. Quando elas se falaram por telefone, Seunghee não imaginou que seria ali que elas se encontrariam. Moon Arts. Era uma das maiores empresas da Coréia do sul e fora dela também, a primeira empresa grande a ser comandada por uma mulher. Seunghee não tinha inspiração melhor. O local tinha feito a moça se apaixonar, ela reconhecia algumas figuras de games e personagens de animes. Ela se sentia em casa. Continuou seguindo Sora e entraram em uma sala enorme, tendo a visão da cidade toda pelos vidros. Seunghee se aproximou do vidro e olhou para baixo, vendo o movimento da rua e logo se afastou, era alto demais.

— Sente-se. — Ofereceu a cadeira vaga a sua frente e foi até ela, se sentando. Seunghee respirou fundo e encarou a mulher na frente, que parecia muito tranquila. Diferente dela. — Está tudo bem? Você quer alguma coisa?

— Está tudo ótimo, não vou negar que queria sair correndo de nervosismo. — Sora riu descontraída. — Não, estou bem, obrigada.

— Quando a gente se viu pela primeira vez eu tive a sensação como se já te conhecesse de algum lugar e eu me dei a liberdade de pesquisar sobre você. Fui uma stalker, né? — Seunghee balançou a mão insinuando um mais ou menos e riu em seguida. Sora puxou uma folha. — Você não parece ter 26 anos. De Busan. Se formou na Hongki e o que mais me chocou, você trabalhou para o inimigo.

Seunghee não entendeu de primeira até a mulher virar a folha e ver que tinha um círculo vermelho em volta do que ela diz ser inimigo. Black Corporation. Ela soltou um riso fraco. Não era novidade para ninguém que a Black não gostava da Moon e Seunghee sabia muito bem o porquê. Era difícil para eles aceitarem a descida de ranking quando Moon Arts foi para o quinto lugar e eles despencaram do segundo para o nono lugar.