Capítulo 22

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olha só quem voltou, comentem, bebês!

Acordei me sentindo uma completa estúpida, sentia todo o peso das minhas escolhas erradas e das consequências das mesmas

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Acordei me sentindo uma completa estúpida, sentia todo o peso das minhas escolhas erradas e das consequências das mesmas. Kakashi não estava ao meu lado quando eu acordei, porém, sentia a sua presença devido ao seu chakra que emanava pelo local, certamente ele havia dormido no sofá. Realmente o platinado não queria ficar perto de mim e aquilo me deixou extremamente frustrada e triste. Havíamos ido longe demais naquela briga de ontem, justamente quando eu pensei que mesmo com tudo o que houve, ainda assim ficaria tudo bem, mas não ficou. Demorei alguns minutos para decidir me levantar da cama e seguir para o banheiro, havia tanto a fazer, tanto a decidir e eu não sabia por onde começar. Fiz as minhas higienes e tomei um banho, após o ato, lembrei- me dê que eu só tinha a roupa do hospital e não poderia usa- lá, contudo segui até o armário de Kakashi e retirei uma de suas camisetas que caíram perfeitamente em meu corpo magro. Prendi os meus cabelos em um rabo de cavalo e deixei o quarto, encontrando o platinado de costas encostado no balcão, fazendo o café da manhã e então eu me aproximei dele receosa.

- Bom dia! - eu disse. - Espero que não se importe de eu ter pego uma de suas camisetas, eu não tinha mais nada pra vestir.

- Está tudo bem! Pegue o que quiser.
- ele disse friamente, ignorando o meu 'bom dia.'

- Certo, Kakashi! Até quando iremos continuar com isso? Por que está sendo grosseiro? - questionei arrancando o sachê de chá da sua mão e lançando o mesmo para longe, afim de ter sua atenção só pra mim. Ele respirou fundo e me olhou.

- Não estou sendo grosseiro, Akira! Estou apenas respeitando as "suas decisões." - ele disse fazendo sinal de aspas com os dedos.

- Você está sendo infantil. - atirei contra o platinado e ele soltou uma risada abafada pela máscara.

- Certo, certo, estou sendo infantil, claramente sou eu quem está sendo infantil. - ironizou e eu quis voar no pescoço dele.

- Se vamos ficar nessa, eu irei pra casa da minha madrinha, cansei.
- dei as costas para sair dali e ele segurou em meu braço, me puxando de volta.

- Não. - foi tudo o que ele disse e eu ergui a sobrancelha.

- Como assim não? - repeti.

- Não vai, não vai sair daqui, Akira.
- o Kakashi louco e insensato voltou.

- Por que eu ficaria aqui? Pra brigar? Não quero, eu estou cansada e além do mais, preciso de conselhos da minha madrinha, ela é a única que poderá me ajudar. - falei me desvencilhando de seus braços.

- E quanto a mim? - perguntou como se estivesse magoado por eu ter o descartado.

- Como você poderia me ajudar, Kakashi? Estamos brigando o tempo todo e você não aceita as minhas decisões. - respondi caminhando em direção ao quarto e ele veio logo atrás de mim.

- Você acha que ela irá aceitar a sua decisão de se desfazer de uma criança inocente? Acha mesmo? - me virei e ele estava encostado no batente da porta, com os braços cruzados.

- Não sei, Kakashi! Por que insiste tanto em defender essa criança? Ela nem nasceu e é quase inexistente.
- me defendi e ele abaixou a cabeça, ficando cabisbaixo por um tempo.

- Eu sempre quis ter um filho, Akira!
- ele murmurou e mesmo assim eu consegui compreender o que o mesmo acabará de dizer.

Fiquei em silêncio, sentindo a palpitação em meu peito, comecei a juntar as peças e entender o motivo dele não querer que eu tirasse a criança, mesmo não sendo dele e sim de quem mais ferrou conosco. Eu não sabia o que responder, decidi ficar em silêncio, me sentei na cama e fiquei a encarar as minhas mãos, Kakashi seguiu até mim e se sentou ao meu lado, não sei o que aconteceu, mas eu estava começando a me sentir culpada por pensar em tirar aquela criança, sabendo que alguém a queria tanto. Olhei de soslaio para Kakashi e ele parecia completamente perdido em seus pensamentos, não quis atrapalhar e fiquei na minha, até que ele mesmo decidiu quebrar o silêncio.

- Estou sendo egoísta, me desculpe! Essa decisão não é minha, eu queria que fosse, mas não é. Eu queria que fosse mais fácil, não é, eu queria que esse filho fosse nosso, Akira, mas eu sei que não é. - desabafou e eu senti um aperto em meu coração, eu queria tanto que as coisas pudessem ter sido diferentes. Uma lágrima escorreu por meu rosto e eu limpei rapidamente.

- Tudo o que eu mais queria era que esse filho fosse nosso. - sussurrei.

- Ele pode ser nosso, Akira! - Kakashi disse me olhando nos olhos e eu senti uma sensação estranha, não soube o que era, apenas sorri para o platinado e assenti positivamente. Não sabia quando as coisas finalmente ficariam bem.

- Você não tem que se preocupar com tudo sozinha, você tem muita gente do seu lado. - ele disse e eu senti meus olhos marejarem, ouvi falar que mulheres grávidas ficavam emotivas. Droga.

- Kakashi, sobre eu e o Iruka, hm...
- tentei entrar no assunto, já que ainda não havíamos conversado sobre aquilo e o platinado estava agindo como se nada tivesse acontecido, porém, havia acontecido e eu estava muito inquieta com aquela situação.

- Você sentiu alguma coisa? - ele perguntou do nada e eu arregalei os olhos.

- Eu...- comecei e ele respirou fundo, olhando pro lado e então espalmou as mãos em suas pernas e se levantou. Droga, por que eu tinha que ter entrado naquele assunto?

- Se é tão difícil pra você fizer que não sentiu nada, é porquê você realmente sentiu algo! - disse sem ao menos me olhar e eu o puxei pela roupa, ficando de pé em sua frente.

- Não foi o que eu disse, Hatake.
- me defendi e ele me encarou sério, fazendo meu corpo tremer. Eu não queria brigar com ele.

- Então me diz, Akira. Você sentiu algo ao beija- lo ? - meu coração acelerou ao ouvir as suas palavras.

- Não, não senti, Kakashi! - respondi e ele ficou em silêncio, decidindo se acreditava ou não naquilo e ficou claro que no fundo ele não acreditava, me questionei se eu acreditava?

- Ótimo. - ele disse segurando o meu rosto e tomando os meus labios em um beijo bastante intenso. - Você é minha, Akira. - ele sussurrou.

Kakashi estava agindo tão estranho ultimamente, eu pensei que fosse ter um escândalo por causa de tudo o que havia acontecido, mas não. Eu deveria ficar feliz por não ter acontecido e por finalmente as coisas parecerem estar dando certo. Mas eu me sentia estranha, havia algo muito errado e eu tinha medo de quando tudo viesse a tona, as consequências das minhas escolhas e tantas outras coisas. Puta merda, eu só queria acreditar que as coisas estavam nos trilhos e que aquilo duraria, que finalmente eu poderia ser feliz, sem nenhuma dúvida, mas estava sendo tão complicado, depois de passar por tanta coisa. Eu odiava me vitimizar e era tudo o que eu estava fazendo ultimamente, aquilo era um verdadeiro saco.

- O que você vai fazer durante o dia? - ele me perguntou, eu não tinha nenhum plano em mente, a não ser ficar na cama o dia todo ou ir falar com a minha madrinha.

- Dormir e conversar com a minha madrinha. Por que? - indaguei e ele esfregou a mão na nuca.

- Pensei que pudéssemos passar um tempo juntos, sei lá. - ele disse e eu ergui a minha sobrancelha.

- Pensei que fosse estar ocupado. Mas sim, isso é muito melhor do que dormir e ter que encarar a minha madrinha. - respondi me sentando na cama novamente e o platinado se aproximou de mim, empurrando meu corpo para trás, fazendo-me deitar na cama e ficando por cima de mim.

- Sei que já tem um bebê aí dentro, mas o que acha de praticarmos?
- ele comentou e eu não consegui conter uma risada totalmente sem graça.

- Por Kami, Hatake! Estás tão safado ultimamente. - proferi sorrindo para ele.

- Você faz isso comigo, amor.

𝐋𝐄𝐀𝐕𝐄 𝐌𝐄 | kakashi hatake.Onde histórias criam vida. Descubra agora