Nervosismo. Aquele sentimento exalava de mim com tanta intensidade, minhas pernas tremiam e minhas mãos estavam do mesmo jeito, a ponto de não conseguir segurar absolutamente nada. Acabei me sentando na privada, estava trancada no banheiro e tinha certeza de que estava tendo um ataque de pânico. Eu precisava da Sakura, chorava chamando por ela mentalmente, não queria falar com Kakashi, me conhecia bem o suficiente para saber que eu iria acabar falando tudo para ele, sobre a gravidez e afins. A minha ficha estava caindo naquele momento, eu estava prestes a me casar com o homem que eu amava, estava grávida de um filho dele, mas ainda não contei pois planejava fazer algo especial, mas ai aconteceu dele descobrir que tinha uma filha. Ela estava morando conosco, mas não trocávamos nenhuma palavra, ela sempre me olhava de cara feia e quando eu estava com Kakashi, ela dava um jeito de fazer com que ele me deixasse para dar atenção a ela. Eu sei, ela era apenas uma criança e havia acabado de perder a mãe, precisava ficar com o pai e eu estava me esforçando para não acreditar nas minhas paranóias. Mas era como se ela não gostasse de mim e não me queria perto de Kakashi.
Ela tinha pesadelos e ele estava lá com ela. Não estava brava, estava surpresa e orgulhosa do papel excelente que ele estava fazendo. Nunca pensei que ele pudesse ser tão amoroso daquele jeito. Ações como aquela me faziam ter certeza de que ele seria um ótimo pai para o meu bebê, mas eu também tinha medo e me sentia uma idiota por me sentir insegura com a relação deles e acreditar que seria diferente comigo e com o bebê, que talvez não fosse ter espaço para nós dois. Balancei a cabeça de forma negativa e esfreguei o rosto.
- Não seja idiota, Akira! Ele ama vocês.
- repeti aquilo inúmeras vezes para mim mesma e me levantei, lavando o meu rosto e respirando fundo. Quando sai do banheiro, me assustei ao vê-la ali sentada na cama.- Eu achei que você estivesse na academia com o Kakashi. - falei me aproximando e ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas.
Puta merda. Xinguei mentalmente a mim mesma por ficar ali parada sem saber o que fazer, eu não era a melhor pessoa do mundo para consolar alguém, pois nunca estive nessa situação.
- Pensou errado. - respondeu grossa e eu segurei a minha vontade de retrucar, pois sabia que ela estava sofrendo.
- Olha...- me sentei ao lado dela. - Eu sei o que você está sentindo, okay? Eu também perdi os meus pais, na verdade, o meu clã inteiro...
Ela me olhou rapidamente, parecendo atenta às minhas palavras e então eu continuei, mesmo sem ter a menor idéia do que diabos eu estava fazendo.
- Isso dói, dói muito e é assustador, você se sente sozinha, é normal. Mas você não está sozinha e você pode escolher passar o resto da sua vida sofrendo por isso ou você pode viver a sua vida, sei que é o que a sua mãe iria querer. - minhas falácias eram firmes.
- Como sabe o que ela iria querer? Você não a conhecia. - respondeu com a voz embargada por causa do choro.
- Você tem razão, eu não sei o que ela iria querer, eu não a conheci. Mas tenho certeza que ela te amava muito e quando a gente ama alguém, desejamos que ela seja feliz e nada mais.
- O Kakashi é a única família que eu tenho e eu não quero que você o tire de mim. - ela me encarou.
- Eu não quero tirar ele de você.
- Vocês irão se casar...E você não é a minha mãe.
- Iremos nos casar porquê estamos apaixonados um pelo outro, mas isso não significa que você irá perder o Kakashi.
- indaguei e respirei fundo, dando uma breve pausa, pensando no que eu deveria dizer. - Eu não sou a sua mãe, não quero tomar o lugar dela, mas se você me permitir...Eu posso cuidar de você, como ela cuidava.- Você vai ter o seu filho e não vai ter espaço para mim. - meu coração quis parar quando eu ouvi o que ela disse.
- Como você soube? - perguntei curiosa e nervosa ao mesmo tempo.
- Consigo ouvir o coração dele batendo dentro de você. - respondeu e eu fiquei mais curiosa e ao perceber a minha expressão confusa, ela explicou. - Eu tenho esse dom, consigo ouvir coisas que ninguém mais consegue.
- Isso é muito legal. - eu disse tentando não demonstrar que eu estava bem surpresa.
- Sim, eu estou esperando um bebê, você está certa sobre isso, mas não sobre todo o resto.Ela me encarou.
- Eu amo o Kakashi e você é parte dele, será uma honra cuidar de você do mesmo jeito que eu farei com esse bebê, você só tem que permitir...
- De verdade? - ela questionou e eu arrisquei pegar em suas mãos, ela se assustou mas não recuou.
- É claro. - acaricei suas mãos. - Será que podemos manter isso entre a gente? Eu ainda não quero que o seu pai saiba.
Ela concordou com a cabeça mas eu quase morri ao ouvir a indagação do homem parado de pé na porta.
- O que você não quer que eu saiba, Akira?
Me levantei da cama rapidamente e Kin e eu nos entre olhamos, a garota se levantou e correu para fora do quarto, Kakashi se aproximou e abaixou a sua máscara, me permitindo ver o quão sério ele estava.
- Não era assim que eu queria que você soubesse. - falei sentindo meus olhos marejarem, malditos hormônios.
- Do que você está falando? Por que você está chorando?
- Kakashi eu..- e do nada eu comecei a chorar com as mãos em meu rosto e então tive que sentar na cama, pois minhas pernas estavam tremendo tanto que a qualquer momento eu cairia.
- O que está acontecendo? Estou ficando preocupado. A Kin fez ou disse algo?
Kakashi se ajoelhou em minha frente e levantou o meu rosto, o segurando com ambas as mãos e limpando as lágrimas com o seu polegar.
- Eu estou grávida, Kakashi.
A reação dele foi inesperada, ele ficou mais branco do que o normal e seus olhos pareciam que iriam saltar para fora e antes que ele pudesse dizer algo, o platinado simplesmente desmaiou.
Ueeepa. Quem amou? Foi mal pela demora, gente, estou sofrendo com o bloqueio criativo, espero que não tenham achado o capítulo uma bosta.
OUTRA COISA. ESTÃO PREPARADOS PARA O FIM??????????? ESTÁ ACABANDO.
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𝐋𝐄𝐀𝐕𝐄 𝐌𝐄 | kakashi hatake.
FanfictionConta a história de Kakashi e Akira. Um relacionamento marcado por amor e ódio, que acabou não dando certo. Tempos depois, após um reencontro, o destino resolve pregar uma peça nos dois, dando-lhes uma segunda chance, para se amarem e se odiarem mai...