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12: Electric Light Orchestra.mp3

❝Sob um céu estrelado o tempo estava parado, 

mas as horas devem ter passado bastante

Eu não percebi, mas o amor estava em seus olhos

Eu devia mesmo ter ido embora, mas o amor foi adiante e adiante❞

Last Train to London, Electric Light Orchestra

[ p l a y l i s t ]

Changkyun sentia que ia pipocar de nervoso em alguns instantes; Estava lá, todo lindinho e trabalhado no primeiro passo do tutorial do Wikihow de "como conquistar alguém". Ao seu lado, Gunhee só faltava dormir em pé, na frente do cinema, pois passou a noite inteira em uma chamada no telefone com o Im, que estava ouvindo músicas românticas, lendo tutoriais da internet e respondendo quizes com o título "Será que sua pessoa especial te corresponde da mesma forma?". Só faltava fazer teste de compatibilidade dos signos.

— Kihyun está demorando, será que aconteceu algo?— perguntou olhando para todos os cantos, esperando ver o mais velho.

— Acho que levamos um bolo, e não é nem de cenoura com chocolate.

— Ele não faria isso. 

Por segundos, pensou que sim, Kihyun poderia fazer isso, mas logo esse pensamento virou fumaça na cabecinha ansiosa de Changkyun. O Yoo não lhe daria um bolo, pelo menos não propositalmente. A preocupação subiu em níveis estratosféricos.

— Chang, tem um garoto balançando os braços enquanto corre na nossa direção. Eu conto até três e aí a gente foge.— Gun cutucou o ombro do amigo, que abriu o maior sorriso ao olhar.

Kihyun estava todo vermelho por causa da corrida, o cabelinho bagunçado parecendo ninho de passarinho e se vestia de forma bem básica: calça jeans, camiseta branca e tênis. Mas, para Changkyun ele estava a coisa mais perfeita e trabalhada na lindeza do mundo todinho. Talvez fosse alucinação causada pela doença kihyun krusho, mas o Im não estava nem aí pro horário de brasília, quanto mais 'pra possível doença espalhada pelo menino cupido por aí.

— Desculpe a demora, o ônibus quebrou no meio do caminho, e eu acabei esquecendo o celular em casa.— o mais velho se explicou, quase não respirando enquanto soltava as palavras de forma afoita. 

— Tudo bem, a gente acabou de chegar...

— Mas estamos aqui há um tempã.. Ai!

— Então, onde está seu amigo?— Changkyun muda de assunto, as mãoszinhas nervosas dentro dos bolsos, enquanto Gun lhe encara massageando o braço, o qual havia levado uma bela cotovelada do melhor amigo. Kihyun pareceu se lembrar de algo extremamente importante após ouvir o Im.

— Convidei Hyungwon e Minhyuk, mas certas coisas aconteceram, então nenhum deles virá; mas convidei outro amigo, ele deve estar chegando também.— sorriu, e Changkyun quase teve duas paradas cardíacas de tanta fofurinha com o Yoo usando a ponta do pés para ficar mais alto e olhar ao redor, em busca do amigo atrasado.— Ali está ele!

[...]

Changkyun, Kihyun, Gunhee e Lee Jooheon; mistura confusa e ao mesmo tempo na medida certa. Gunhee jurava que ficaria de vela para o amigo, mas encontrou em Jooheon alguém para falar sobre suas bandas indie e grupos de rap preferidos. Já o Im e o Yoo, falavam mais do que o habitual, gravavam detalhes um do outro, aprendiam um sobre o outro; tinham algum tempo antes do filme começar, então decidiram andar pelo shopping.

— Sabe, é a primeira vez que saio com um amigo que não seja Minhyuk e Hyungwon.— mal sabia o mais velho o impacto que aquela palavrinha que começava com "a" e terminava com "migo" havia tido em Chang. O mais novo já enfiou um monte de caramiola na cabeça, umas teorias muito bagunçadas, mas que envolviam um coração partido e uma friendzone.

— Vocês parecem bem próximos.— coçou a nuca, vendo o Yoo andar ao seu lado sorrindo enquanto balançava as mãos no ar.

— Nos conhecemos há tanto tempo que eu nem me lembro como foi; É como se eles sempre estivessem comigo. Somos os três mosqueteiros da atualidade. — Kihyun parecia um solzinho, as covinhas superiores aparentes, assim como as pequenas ruguinhas ao lado dos olhos.— E você e Gunhee? Parecem bem próximos também.

— Gun é como um irmão, posso dizer.— o Im solta uma risada.— Depois do divórcio dos meu pais, ele foi a primeira pessoa que perguntou se eu estava bem e ficou ao meu lado o tempo inteiro. Não é como se eu não aceitasse a separação deles, sabe? Eu sabia os motivos, e também achava que seria o certo; mas ainda assim foi estranho. Eu achei que o amor deles seria infinito como o universo. Mas, isso era coisa de criança.

— Talvez o infinito deles apenas tenha sido pequeno. Não quer dizer que não tenha sido infinito. Já li uma frase uma vez que dizia "que seja infinito enquanto dure", acho que é de Vinicius de Moraes... De qualquer forma, existem tantos infinitos; eu e você somos um deles.

— Espero que nosso infinito dure mais do que eu possa contar.

Não falam mais nada por um tempo, até Gunhee e Jooheon praticamente os arrastarem até a sala de cinema, quase derrubando pipoca e refrigerante em quem estivesse na frente, pois o filme já estava no início e eles ainda não estavam lá,  por terem perdido a noção do tempo enquanto andavam por aí .

Durante o filme, o qual tivemos Gunhee falando que o namorado da protagonista merecia um chinelo na fuça, Jooheon rindo um pouco alto e Changkyun quase desmaiando por ter Kihyun deitado em seu ombro. E Kihyun, bem, ele chorou da metade do longa metragem até o momento em que os créditos subiram.

— Eu ainda não acredito que "isso"  foi o final.— Gunhee tinha os braços cruzados, em puro sinal de insatisfação.

— Concordo.— o único Lee ali colocou o braço sobre os ombros do Song. Haviam se aproximado bastante em poucas horas, eram quase amigos de infância em apenas uma tarde.

Bem, assim ambos — Gunhee e Jooheon — iniciaram uma discussão sobre outros possíveis finais para Every Day.

— O que achou?— Kihyun (que antes estava andando ao lado da dupla dinâmica enquanto o Im ia um pouco mais a frente) se aproxima de um Changkyun distraído.

— Eu? Achei que deve ser triste.— respondeu, mas a expressão confusa do mais velho parecia pedir por uma resposta melhor.— Deve ser triste mudar de corpo todos os dias, ser uma pessoa diferente todos os dias. Você acabaria se perdendo, não sabendo quem você é de verdade.

— E já não somos pessoas diferentes todos os dias, Chang?— disse após refletir por uns segundos.— Vem, vamos tomar sorvete!

Sim, Changkyun estava diferente; mas decidiu não pensar muito nisso, apenas sorriu em resposta e seguiu seu hyung apressado, atrás de uma casquinha com sorvete de chocolate.

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alô alô marciano aqui quem fala é da terra

att de playlist e não é miragem, viu galera?

minha escrita 'tá' parecendo tartaruga ninja, mutação pura. Cada dia uns troço diferente.

Kiki todo nenezo. uma paixão chamada Kihyun bem básico nos aeroportos da vida. Chang sou eu pesquisando pra fazer fic. 

eu panfleto d+ every day, mas é muito bonitin então pode.

a idade chega e com ela a dor nas costas e o pouco tempo, então, me perdoem a demora meus cheros.

dúvidas, criticas e mimos é só comentar bebês

até a próxima att

[bye bye]