É difícil me recompor depois de Evans e eu quase termos... transado no sofá.
Fico de pé e ajeito minha roupa, e faço um coque em meu cabelo bagunçado.
Novamente voltamos para o corredor, mas dessa vez Evans abre uma das portas, a última do lado direito.
- Não quero que você toque em nada, entendeu? - ele diz antes de abrir a porta.
- Entendi - respondo.
Ele abre a porta, e fico chocada com o que vejo.
Inúmeras armas e facas estão dispostas pelo quarto, a maioria pendurada na parede, e outras em cima de uma mesa em um canto.
Dentre as armas há machados, canivetes, arco e flecha, explosivos, lança chamas, tacos de beisebol e outras tantas coisas que não sei nem dizer o nome.
- Esses são só alguns de nossos brinquedos - ele diz em tom divertido. Ando pelo cômodo com cuidado, como se a qualquer momento algo pudesse explodir bem a minha frente.
- Alguns? - murmuro. - Meu Deus...
Isso é realmente impressionante.
E assustador.
Esses caras são malucos de verdade.
Só de imaginar o que eles poderiam fazer com essas armas eu sinto um arrepio em minha espinha.
- Venha, quero te mostrar mais coisas - Evans me chama.
O acompanho para fora do cômodo, e ele toma o cuidado de trancar a porta atrás dele.
Ele abre uma porta ao lado esquerdo desta última, e desta vez entramos em um simples quarto, com cama, armário e cortinas.
- Este era o meu quarto antes de me mudar para o apartamento - vejo que há nostalgia em sua voz. - Eu usei ele desde os meus 09 anos de idade...
O olho surpresa.
- Há quanto tempo você... - não sei como explicar a ele o que quero perguntar, então faço uma suposição. - Participa desse grupo? Seja lá o que vocês forem...
Ele dá risada, e eu sinto minhas bochechas corarem.
Evans fecha a porta atrás de nós, e então me chama para sentar ao seu lado na cama arrumada.
Sento ao seu lado, e posso sentir o nervosismo tomando conta de mim devido a ideia de repetirmos nossa cena anterior.
- Acho que seria legal contar para você a respeito do nosso grupo - ele diz com a voz grave.
Eu faço cara de súplica, e ele volta a dar risada, e acaricia minha mão.
- A gente se auto denomina "Irmandade" - ele faz sinal de aspas com os dedos, e volta a me olhar. - Somos um grupo de caras que não tem nada há perder, e que decidiu se unir e fazer história.
- Irmandade? - ecoo. - É algum tipo de seita, ou coisa assim?
- Não, não uma seita. Apenas um grupo. E como você deve ter reparado, há somente homens.
- Sim, eu percebi - digo timidamente. - Mas por que vocês fazem isso? - gesticulo com as mãos, como quem mostra o lugar. - Há algum propósito?
Evans parece pensar antes de responder, e então finalmente diz.
- Somos caras comuns - dá de ombros. - Alguns tinham uma família antes disso tudo, mas a maioria, assim como eu, perdeu tudo, tendo que se refugiar no único lugar que restou.
Eu o fito sem entender, e ele suspira.
- A maioria desses caras eram uns canalhas. Viviam nas ruas sem perspectiva de vida, sem objetivos e sem propósitos... A sociedade sempre os condenou por serem assim. Até que um dia alguém decidiu que as coisas não deveriam prosseguir dessa forma.
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|| • RITMO QUENTE • ||
ChickLitJody Mills testemunha um homicídio e agora se vê sendo perseguida por Evans, um assassino impiedoso. O que ela não poderia imaginar é que se veria tão envolvida com ele e sua gangue, um grupo de homens que não tem nada a perder e não tem medo de ag...