Capítulo 11: Visita Inesperada

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Evans e eu sentamos no sofá do apartamento dele, e ele puxa um cobertor que está jogado no chão.

- Vem aqui - ele me pega pela cintura e faz com que eu sente em seu colo, envolvendo o cobertor em cima de nós dois. - Fique perto de mim - murmura em meu ouvido.

Estou eufórica com a sua aproximação.

Sinto o cheiro dele, uma mistura de perfume e cigarros.

Havia esquecido que ele gosta de fumar.

Estranhamente isso me cativa a ficar mais perto dele.

- Jody, você aceita ser minha? - ele pergunta para mim, seus olhos intensos fixos nos meus. Fico sem reação diante a sua fala - Serei tudo o que você precisar. Amigo, confidente, amante... Tudo o que você me pedir - ele diz com convicção.

Não consigo evitar o sorriso que se forma em meus lábios, e envolvo meus braços em seu pescoço.

- Não acha que está cedo demais? Nos conhecemos vai fazer um mês - digo baixinho no ouvido dele, minha voz em tom de deboche.

- O tempo é irrelevante - ele se ajeita embaixo de mim. - Desde a primeira vez que te vi soube que seria interessante te manter por perto, e assim o fiz.

Olho desconfiada para ele.

- E o tempo não se mede da mesma forma para todo mundo - Evans continua a falar, e dessa vez se afasta um pouco para poder me olhar melhor. - Há pessoas que ficam juntas por anos e não conseguem se sentir tão conectadas uma a outra. E há pessoas que se conhecem, e em apenas uma semana sentem que foram feitas uma para a outra.

- E o que te faz pensar isso? - pergunto arqueando a sobrancelha.

- O fato de eu ter vivido isso - ele responde com frieza.

Fico em silêncio.

Por mais que eu seja o tipo de pessoa que se deixar levar pelas emoções, não posso negar o fato de que Evans e eu nos conhecemos há pouquíssimo tempo, e que não sabemos quase nada um sobre o outro.

Mesmo que ele tenha confiado em mim, e tenha me apresentando ao seu grupo secreto, sua família verdadeira. Que tenha mostrado seu verdadeiro ser diante a minha insistência. Tenha me ajudado por diversas vezes quando mais precisei, e que tenha se preocupado comigo.

Agora eu vejo que isso foi o suficiente para que ele conseguisse me conquistar.

- Então você não se importa de namorar com uma estranha? - pergunto em tom de brincadeira.

- E você? - ele responde. - Não se importa em namorar com um cara que tem sangue nas mãos, e que participa de "gangues" e coisas do tipo?

- Acho que não - rio, e há preocupação por de trás do meu riso.

Eu deveria me preocupar, sim.

No começo até consegui, mas com o passar do tempo deixei esse "detalhe" de lado.

Temo que este seja meu maior erro.

- Eaí, posso te chamar de minha ou não? - ele insiste, e volta a se aproximar.

- Sim, você pode - digo em um sussurro quase inaudível.

Sinto suas mãos apertarem meu corpo em um abraço apertado, e ficamos nesta posição por um longo tempo, um sentindo o corpo do outro.

- Prometo que te farei a mulher mais feliz desse mundo - ele diz, e percebo que ele fala isso mais para ele mesmo, como se precisasse se convencer disto.

- Eu já sou feliz, Evans - digo com um riso.

- Então te farei ser infinitamente mais feliz do que já é - ele sorri para mim.

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