Fazia menos de uma semana que eu me tornara lobisomem pela ultima vez, e com certeza, eu não estava ansioso pela próxima. É dezembro, meus amigos foram para casa passar o natal com a família, bem, Sirius foi para a casa dos Potter's que aliás, me convidaram também, eu não aceitei o convite, mas fiquei agradecido. Peter disse que quando passasse o natal ele voltaria para me fazer companhia, todos os anos foram assim, muito legal da parte dele.
Nas férias eu ficava lendo na biblioteca, de vez em quando ia visitar Hagrid, ia à Hogsmeade diariamente já que eu conhecia as passagens secretas, graças ao maravilhoso Mapa do Maroto que ficou sob minha responsabilidade.
Um dia eu estava na biblioteca e lia sobre defesa contra as artes das trevas, minha matéria preferida e então uma menina estranhamente assustadora (não estou dizendo sobre beleza, ela é de fato muito bonita, mas o seu jeito de olhar as pessoas é perturbador) virou para mim e perguntou se poderia olhar o livro por um estante, estava à procura de um marcador de página, que realmente estava ali no meio do livro e eu nem tinha notado, ela me olhou nos olhos e disse que eu não tinha cara de que curtia as trevas, falei que não mesmo, por isso queria aprender mais coisas contra ela, a garota sorriu e disse que tinha um exemplar da sessão reservada que conseguiu à alguns dias sem que a bibliotecária soubesse e me convidou para dar uma olhada. Achei estranho, mas como não é todo dia que se pode ler um livro da sessão reservada eu fiquei curioso e fui.
Chegamos até as masmorras, pois é, pelo visto eu estava socializando com uma Slytherin. Eu a esperei no lado de fora do salão comunal.
A garota se chamava Lauren Collins, era do sexto ano, tinha cabelos louros e lisos até os ombros com as pontas tingidas de lilás; olhos azuis que se destacavam por causa da forte maquiagem preta, um sorriso contagiante e charmoso por causa do piercing no canto dos lábios; Era alta, porém não tão alta quanto eu, tinha um jeito engraçado de falar sobre Defesa Contra as Artes das Trevas, não exatamente engraçado, era "bonitinha" a sua empolgação. A caminho das masmorras fiquei um tanto espantado com o fato dela estar falando tão abertamente com um desconhecido, era como se ela já me conhecesse, dizia estar contente de ter encontrado alguém que amasse D.C.A.T. como ela, que em geral os alunos da Slytherin não se interessavam tanto, ela comentou e reclamou de seus colegas, e, bem, eu concordei, não que eu como alguns Gryffindor's os odeie só não tenho nada a favor e nada contra também. Enfim, Lauren Collins é totalmente diferente de todos os Slytherin's que já tive o desprazer de conhecer.
Não demorou muito até que ela voltasse, carregava um livro grosso e negro, aparentemente muito pesado então me ofereci para carrega-lo, mas ela recusou alegando que conseguia sozinha.
- Este livro não devia estar comigo, eu já tinha antes pedido a bibliotecária para ter acesso à sessão reservada, mas ela recusou dizendo a mesma coisa de sempre e blá, blá, blá "só com a solicitação de um professor", então eu peguei escondida. - Disse Lauren.
- Como conseguiu entrar sem ser vista? - perguntei.
- Isso eu não posso contar, o segredo não é meu, sinto muito...
- Ah sim, sem problema.
Fomos para fora do castelo, nos sentamos perto do lago. Ela abriu o livro.
- Tem muita coisa aqui... Diversos feitiços desconhecidos e muito uteis, porém perigosos, tem uns que o efeito chega a dar medo... O livro se chama "As trevas e suas defesas", tem uma parte que ele trata exclusivamente sobre magias das trevas, e é mais por isso que esse livro é proibido.
Realmente tinha coisas inimagináveis ali, geniais e interessantes, mas também ensinava coisas horríveis como realizar com perfeição as maldições imperdoáveis e como dividir a alma para se tornar "imortal", dentre outras coisas que ninguém nunca deveria aprender.
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The Time-Turner [pt-br]
Fanfiction"...E quando olhei para trás vi os responsáveis pela bagunça, apenas a silhueta, pois a neblina tinha aumentado tanto que nem meus amigos, que estavam do meu lado, eu enxergava direito. Eu fiquei surpreso, eram formas pequenas e não brutamontes carr...