O orfanato de Bristol

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Inesperadamente a porta do orfanato se abriu e então vi uma mulher baixa de cabelos grisalhos, ela me media dos pés a cabeça com um olhar de desconfiança, e não parecia nada feliz.

– Você é daqui? – Perguntou, e depois bocejou. – O que quer e por que esta ai fora a esta hora?

– Eu... Ahn... E-Estou perdido.

A mulher levantou a sobrancelha esquerda e fez um gesto para que eu entrasse.

– Gostaria de fazer um telefonema?

– Hm, não, obrigado... Bem, não acho que ajudaria muito... A senhora poderia me dizer como faço para chegar a Londres?

– Londres? Sei que fica a mais de duas horas daqui, nunca fui até lá, não poderei te ajudar... Mas conheço alguém que possa e, no momento, este alguém esta dormindo... Já viu que horas são?! Três e meia da madrugada! Passe a noite aqui, de manhã faremos o que puder para ajudar... Por enquanto descanse, poderá ficar em um de nossos quartos, acho que dois estão desocupados, felizmente no último ano varias de nossas crianças encontraram uma nova família.

Sentia-me extremamente cansado, então não recusei, então subimos para o primeiro andar.

Era um conjunto de corredores com vários quartos, um deles se abriu e uma garotinha pôs a cabeça para fora.

– Tia Olga?

– Vá dormir criança, esta tarde!

– Não consigo dormir.

Olga, a mulher simpática e acolhedora, me pediu licença para colocar a menina na cama, em menos de cinco minutos ela reaparece com uma expressão de assombro.

– Esta é Lucy, ou como prefere ser chamada, pobrezinha, insisti em dizer que bichos-papões existem, quase toda noite vem me procurar com medo...

– Talvez existam mesmo, nunca se sabe.

– Aliás, qual o seu nome? O meu é Olga como deve ter notado, Olga Muller, muito prazer.

– Remus Lupin, o prazer é meu.

Chegamos ao final do corredor, Olga abriu a porta do quarto à esquerda, eu entrei, e depois de me deixar sozinho me deitei na cama onde fiquei acordado por um bom tempo. Com tudo aquilo acontecendo era difícil ficar tranquilo e pegar no sono.

Ouço alguém bater na porta.

– Senhora Olga? – Perguntei – Algo aconteceu?

A porta se abriu. E Lucy entra em meu quarto.

– Você é novo aqui. – Falou a menina.

– Na verdade só passarei essa noite aqui, depois irei partir... Lucy é seu nome certo? Por que não esta dormindo?

– Meu nome não é Lucy. As pessoas me chamam de Lucy.

– Qual o seu nome então?

– Eu não sei o meu nome verdadeiro. E sou chamada de varias formas, por varias pessoas...

– Como prefere ser chamada então?

– Lauren. Gosto desse nome... É como Alfredo me chama. Alfredo é meu amigo imaginário! – Disse sorrindo.

Olhei bem para os olhos daquela criança, então lembrei do lugar onde estava, agora parecia nítido que aquela era Lauren Collins aos seus cinco anos de idade! Mas algo parecia estar errado...

– Prazer, Lauren. O que trás você aqui?

– Alfredo me disse que você queria falar comigo. O que quer, Remus?

The Time-Turner [pt-br]Onde histórias criam vida. Descubra agora