Capítulo 25

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Ricardo

Lembrar da Jhully nunca foi fácil, o que vivemos foi tão perfeito que jurava ser pra sempre, ela foi arrancada de mim com tanta crueldade que até nos dias de hoje sinto os resquícios dessa ruptura tão abruta, interrompo meus pensamentos para ligar para o motorista e peço para que leve Charlotte para casa, tomo banho para relaxar, mas só consigo me da conta do que aconteceu quando deito na cama, minha cabeça  não para de girar e os últimos acontecimentos me invade w quando estou a ponto de enlouquecer devido Levantar e ir até a sala preparar uma bebida bem forte para tentar aquietar meus pensamentos, não consigo entender qual o problema do meu pai, fazer com que eu reviva esse passado é desumano, logo ele que foi o principal causador desse rompimento, tirando de mim o que eu mais amava, sempre fomos apaixonados um pelo outro, desde de crianças tudo na vida era eu e Jhulhy, na adolescência isso se intensificou, nossa primeira vez foi algo indescritível, juramos amor eterno e eu não tinha dúvida que ela era a mulher da minha vida, estávamos tão felizes, até começarem a infernizar nossas vidas dizendo que não podíamos ficar juntos pois isso implicaria em muitos problemas futuros e um dos fatores seria o de sermos primos, mas isso nunca foi problema pra gente, nos completávamos e era o bastante. Nos éramos muito novos e aproveitaram da nossa inocência para armarem pra gente hoje sei disso, mas quando peguei ela na cama com outro cara, minha vontade foi matar os dois na mesma hora, porém me contive quando vi o desespero em seu olhar, no fundo algo me dizia que tinha alguma errada, mesmo assim deixei o orgulho falar mais alto, virei as costas e sai correndo daquele lugar jurando pra mim mesmo nunca mais ser um idiota novamente.
Não atendi as chamadas dela, me isolei do mundo, somente depois de alguns dias descobri que tudo não passou de uma armação, até hoje não sei ao certo arquitetada por quem, mas tenho quase certeza que foi Pelo meu pai, pois logo depois da nossa briga fiquei sabendo que ele fez questão de mandá-la para fora do pais juntamente com a mãe dela, minha tia, tentei me aproximar, quis ter ela de volta mas já era tarde, todas as minhas tentativas foram fracassadas até um dia ela chegar pra mim e falar que estava apaixonada por outra pessoa e que era melhor cada um seguir sua vida pois nossos pais estavam certos desde o começo que não deveríamos ficar juntos.
Aquilo me destruiu, me transformou em um monstro, pois acreditava que ainda existia amor em nos, percebi que aquele sentimento já não era compartilhado por duas pessoas. Decidi viver da melhor da melhor forma possível e diversão sempre foi uma das minhas prioridades, sempre com uma mulher diferente, em baladas diferentes, e levaria minha vida assim pra sempre, mas aí aparece a Charlotte, me deixando confuso, tornando-se parte de mim, me tornando o que eu mais temia, um quase idiota novamente.

No fundo esse rompimento foi o melhor que podia nós acontecer, nossa relação começou errada e quando ela descobrisse sobre o real motivo de tantas investidas iria me odiar de qualquer jeito, então acredito que por mais que eu sinta falta dela, tenha sido melhor assim.

...

Antes de me deitar na cama recolho os pedaços de papéis que tinha rasgado e jogado sobre ela, coloca-os sobre a mesa, os quais continha o numero da Jhully, junto parte por parte tento organizar o quebra cabeça e colo com durex, fico à noite todo olhando para o papel imaginado o que eu deveria fazer, se eu ligar estarei revivendo todo o passado de novo e não sei se isso me fará tão bem, mas se eu não ligar posso tentar recomeçar algo novo com a Charlotte, aproveitando o momento para dizer a verdade e começar do zero.

...

— Como assim você deixou ela ir embora com a Andreia? Ainda por cima de moto? Quais foram as minhas ordens?! - Falo indignado.

— Senhor, me desculpe mas a senhorita Charlotte deixou bem claro que gostaria de ir com a amiga e o senhor a conhece, quando põe algo na cabeça ninguém tira, mas me certifiquei que chegou bem em casa.

— Espero nunca mais me desapontar com você Taylor, confiei a você a segurança dela , sorte sua que ela está bem, pois se tivesse acontecido algo por negligência sua estaria bem encrencado.

— Isso não irá se repetir patrão!

— Eu espero!

...

Decido ir almoçar fora hoje, não estava me sentindo muito bem confinado dentro de casa, tudo a minha volta lembrava a Charlotte, pensei em ligar inúmeras vezes pra ela mas preferi deixar as coisas se acalmarem tanto dentro de mim quanto em relação a nós. Por fim acabei não ligando para Jhully também, adormeci com o papel na mão, acordei pela manhã e o guardei na gaveta, reavaliando à situação em questão optei por conversar com minha terapeuta primeiro antes de tomar uma atitude em relação a isso, confesso que fiquei bem aliviado por não ter ligado, hoje pensando com clareza não sei se seria bom reviver esse passado, deixa essa tempestade cessar e com calma resolvo o que fazer.

...

Resolvo por ir almoçar no restaurante Coco Bambu pois precisava comprar algumas coisas então faria uma viagem só já que era localizado dentro do shopping, sento em um lugar privilegiado peço meu almoço, escolho meu vinho e assim que me acomodo de forma confortável na mesa já com a taça de vinho na minha mão, olho mais não consigo acreditar no que vejo, olho mais uma vez e realmente era ela, desgraçado, filho da puta, não da pode ser!? O que ele está fazendo aqui com ela? Eu vou acabar com ele se ele pensa que vai tirar ela de mim!

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