Capitulo 34

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Charlotte

— Que tipo de aposta? Perguntei tentando entender tudo aquilo.

— Ao que tudo indica você faz parte de uma aposta feita por ele e alguns amigos da delegacia. Ele já ficou com muitas mulheres inclusive a tal da Cristina, ela quis te contar aparentemente, mas ele proibiu que qualquer pessoa falasses respeito. - Eu parei de ouvi quando ela falou que eu fazia parte de uma aposta, eu não podia acreditar, mas era como se tudo agora começasse a fazer sentido. Meu Deus não pode ser verdade, eu implorava pra mim mesma. Não posso acredita nessa mulher ela quer destruir minha relação. Não pode ser verdade!

— Eu não acredito em você! - falei me levantando da cadeira, para sair daquele restaurante o mais rápido possível.

— Tudo bem, pede ele pra você ver o troféu quadrado na delegacia, acho que ainda está no cofre dele. Talvez isso esclareça suas dúvidas. Falou olhando pra mim e sorrindo de canto de boca. — Sinto muito Charllote, o Ricardo sempre me amou, nos amamos e você no fundo sabia disso, como um homem como ele olharia para uma mulher como você, ele poderia ter qualquer mulher, pq insistiria em você. Até que é bonitinha mas jamais Chegara aos pés do meu Ricardo.
...
Sai daquele lugar com a cabeça a mil sem saber o que pensar e pra onde ir. Olho para o visor do meu celular e vejo uma mensagem do Ricardo avisando que iria se atrasar um pouco pois aconteceu algo no serviço.

Desde o início eu desconfiava de algo errado mas jamais imaginei que fosse algo tão nojento e perverso. Meu estômago começa a embrulhar com a possibilidade de ser verdade.

...

— Por favor eu gostaria de mudar a rota! - Falo para o motorista do Uber.

— Precisa encerrar a viagem e solicitar outra caso o destino seja diferente da rota atual.

— Tudo bem, pronto finalizei e solicitei novamente.

— Aceitei, vamos para delegacia? Algum problema? - Pergunta um pouco confuso.

— Preciso resolver algo.

...

— Senhorita Charllote! - A secretaria do Ricardo fala assim que chego próximo a mesa.

— Gostaria de falar com Ricardo Michele. - Logo me vem à cabeça se ela já foi alguma das presas do Ricardo, balanço a cabeça para afastar qualquer pensamento do tipo. Não preciso de distrações agora.

— Ele está em uma reunião, poderia esperar só um segundo que irei anunciá-la - Responde.

— Sinto muito eu não posso esperar - quando vi já estava entrando na sala do Ricardo e a secretária me acompanhado desesperada. Abro a porta e todos olham pra mim com um olhar de interrogação, foi somente aí que me dei conta da loucura que estava fazendo.

— Dr. Ricardo me perdoe eu disse que estaria em uma reunião! - A secretaria se desculpa em desespero.

— Eu preciso falar com você, é urgente! - Falo tentando não parecer tão angustiada. Acho que não consegui disfarçar pois logo ele se levantou e dispensou todos ali presente e quando me vi sozinha com ele dentro da sala, me hesitei por um momento, mas eu precisava fazer isso não podia ficar com essa dúvida.

— O que foi Charllote? - Me pergunta pegando a minha mão. Me esquivo de seu toque e vou para o ponto mais afastado da sala, não precisava daquilo, tinha que ter forças para arrancar dele toda verdade.

— Cadê o troféu? - Perguntei como se ele já soubesse do que estava falando. Não consegui começar do início, foi a única coisa que me veio à cabeça quando olhei para o cofre. Minha alma parece que tinha saído do corpo quando percebi que era tudo verdade, no momento que falei do troféu o rosto do Ricardo empalideceu, como se tivesse visto um fantasma. Foi naquele momento que comecei a chorar e nem percebi até sentir o rosto molhado.

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