53- Uma pessoa diferente

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**Thayná**

Depois que saímos da boca, passei na casa do GH pra pegar algumas coisas que tinham ficado pra trás.

Entramos e ele ficou na sala com Rafael assistindo filme.

Subi pro quarto que eu dividia com Ana e peguei as malas, alguém já tinha separado tudo pra mim. Menos trabalho pra mim.

Já tinha pegado as malas e algumas bolsas quando escutei GH aos berros com alguém no andar de baixo. Deixei as malas no quarto e peguei uma arma que Ana me deu. Cheguei da escada e vi GH discutindo com uma garota um pouco mais nova que ele.

GH-  ... Tu não vai pra lugar nenhum com ele!

XXX- Vou sim, eu vim buscar ele, e vou levar- Começou a andar em direção ao GH

GH- Esfria aí Verônica, mais um passo e eu acabo contigo- Disse e tirou uma arma apontando pra garota em seguida

Verônica- VAI, ATIRA!!

Thay- Gente, gente, calma... - Disse descendo as escadas- ... Vocês estão assustando o Rafa....

Verônica- E quem é você? Quem te deu intimidade pra chamar o MEU FILHO assim?

GH- Seu filho? Seu filho porra nenhuma, tu abandonou o muleque aqui e sumiu- Disse e em seguida olhou pra mim- Tu tem razão, leva o Rafa lá pra cima

Thay- Ok- Disse e fui até a cozinha, onde Rafael estava sentado, observando a discussão- Vamo lá pra cima, vem- Disse e ele assentiu

Peguei na mão dele e segui em direção às escadas, Verônica me fuzilava com os olhos.

Deixei Rafael no quarto e decidi descer denovo, pra tentar amenizar a situação é evitar que GH deixe um cadáver no meio da sala, talvez ela merecesse só uma surra, mas longe da vista do Rafa, ele não precisa ver uma coisa dessa. Mas não é essa minha intenção, quero parar com aquela discussão e tentar ajudar a resolver o que quer que seja o assunto.

Desci as escadas e o clima continuava tenso. Tanto que nem me perceberam descer novamente. E foi aí que a treta ficou séria.

Verônica- GH, traz meu filho aqui agora

GH- Quem tu pensa que é pra me dar ordens? Não enche a porra do sacerdócio e some daqui

Verônica- MANDA AQUELA VAGABUNDA TRAZER MEU FILHO DEVOLTA!

GH já ia pra cima dela, mas percebeu que eu estava parada próxima a escada e parou.

GH- Fala isso pra ela

Verônica se virou com uma cara de deboche, cruzou os braços e me encarou.

Verônica- Então? Como vai ser? Vai trazer meu filho aqui ou vou ter que esfregar tua cara no asfalto?

Thay- Primeiramente, tu nem pode ser considerada mãe, não depois do que fez... - Ela me encarava furiosa- Segundo, que tu não conseguiria me ferir de jeito nenhum, você não tem condições nenhuma pra isso

Verônica- O que você sabe da minha vida?

Thay- Sei que tu é uma vadia que vai no que tiver mais dinheiro. Sei que não soube valorizar quem gostava de você e sei que você deixou seu filho aqui, o mesmo que você escondeu do pai por três anos, e na fase mais perigosa que a favela tava enfrentando, largou o Rafa aqui pra fazer sabe lá o que.

Verônica- VAGABUNDA!

Gritou furiosa e veio pra cima de mim, descontrolada e tomada pelo ódio.

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