67- O confronto

3.6K 187 39
                                    


**GH**

**3:32h**

Da varanda do meu quarto observo a favela dormir, esta tudo quieto, todos em suas casas, dormindo. Apenas os vapor e os fogueteiro na contensão.

Tudo tão calmo, mas logo tudo vai virar uma zona de guerra. Bolo mais um Beck, esse já é o terceiro, estou aqui desde onze horas da noite. Olho pra trás quando ouço um barulho, era Thay se levantando e vindo em minha direção bastante sonolenta.

Thay- Vem deitar, tenta dormir um pouco

GH- To sem sono- Disse observando a comunidade

Thay- Ficar em pé ai também não vai ajudar, vem, pelo menos tenta...

Dei um último gole no copo com whisky que tinha deixado do meu lado.

GH- OK, vai lá, ru já vou

Thay- Vem mesmo?- Perguntou e eu apenas acenei com a cabeça.

Ela voltou pra cama e eu segui pra cozinha pra deixar o copo na pia, abri a geladeira e peguei um pedaço de chocolate, comi e subi novamente, escovei os dentes e fui deitar. Fiquei um tempo olhando pro de pegar no sono, então conferi o criado mudo e vi minha glock em cima mesmo, peguei a mesma e engatilhei, colocando a mesma sobre o móvel novamente.

[...]

Estou na porta de casa, deixei mais dois cartuchos com Pezinho, o vapor que tava na segurança.

GH- Ai oh, fica atividade, qualquer coisa cê da ideia- Disse entregando a munição

Pezinho- Demorô patrão

Por algum motivo fiquei olhando pra lua, mas não sei o por quê.

Pezinho- Bonita a lua né patrão...

GH- É...- Disse ainda sem entender o motivo do comentário

Pezinho- Ta quase na hora... Logo o sol vem, e ai ela tem que esconder.

GH- Iih qual foi Pezinho? Ta locão de droga?

Pezinho- Nada patrão, to de boa... Ta geral na contenção

GH- Oh, eu vou entrar, tu não ta falando nada com nada caraí, fica atividade ai ein

Deixei ele falando as doideras dele e entrei. Estranho, geralmente Pezinho caladão, e agora vem pagar de filósofo, cara louco.

Sentei no sofá e liguei a TV no volume baixo ora não acordar ninguém. Minutos depois ouço um barulho de foguete, rapidamente me levantei e procurei minha arma, lembrei que ela estava no quarto e então corri em direção ao mesmo, no caminho ouvi sons de uma possível briga, vindo do segundo andar, abri a porta do quarto rapidamente e meu corpo travou quando vi a cena.

Thay estava ajoelhada no chão, Lek apontava uma arma pra ela, não sei como ele entrou, mas preciso agir rápido, mais ao lado estava Rafael, algemado, chorando e no braço de Lek, tinha o que parecia um bebê. Thay olhou pra mim com os olhos cheios de lagrimas e disse " Nós te amamos". Em seguida olhei pro Rafa e a outra criança, Lek sorriu e então atirou três vezes contra o peito dela.

Corri e peguei a arma apontando pro mesmo.

Lek- Não adianta... Ta já caiu, só não percebeu ainda... Talvez se tivesse escutado o aviso seria diferente

Visão De Cria Onde histórias criam vida. Descubra agora