A Filha das Trevas - Pacto de Sangue (Livro 3)

Capítulo Quatro - Gato e Rato.

                      Meus amores e minhas amoras, sei que novamente fiquei muito tempo ausente, contudo a faculdade tá me consumindo até a última gota de energia. Estou virando noites e noites para conseguir dar conta de todos os meus trabalho, o que me impossibilita escrever o que gosto, mas depois de tanto tempo e desespero (Kkkkk), estou aqui novamente. Então vamos ao que realmente interessa.

                       Espero que vocês aproveitem.

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                Belinda poderia ter fingido estar bem durante o dia e extravasado à noite, no treino com Dorian, contudo tomou a decisão melhor para seu bem-estar. Após a aula de Alquimia simplesmente se dirigiu para a Floresta Proibida e seguiu para o Picadeiro dos Hipogrifos, poderia não haver nenhum ali, contudo o local se mantinha limpo, silencioso e deserto no meio da floresta, e era exatamente o que ela precisava antes de poder ir encontrar o Albino. Não tinha força de vontade o suficiente para permanecer com os amigos e manter um sorriso, estava furiosa, chocada, até curiosa e principalmente assustada.

               Lestrange nunca soubera ter um familiar de sangue, não viva pelo menos, até pouco tempo nem mesmo sabia quem era sua mãe. E de repente havia uma Wild desfilando diante seus olhos e lhe dando aula. Uma Wild que poderia ser sua tia, prima ou qualquer grau de parentesco, talvez nem houvesse ligação sanguínea ali, contudo só o nome era assustador por si só.

              Belinda sentou no chão e apoio a costa contra um tronco de árvore, encarando o espaço vazio que um dia teve um magnifico Hipogrifo.

                Dorian olhou para o relógio na parede e fez careta. Belinda costumava se atrasar, contudo não tanto quanto naquele dia, a única vez que algo assim ocorrera a menina havia parado na Ala Hospitalar. O albino pensava no que fazer quando ela surgiu diante dele, as mãos estavam imundas de tinta, que também manchava um pouco de seu rosto e blusa, mas o que chamou a atenção foi o fato de que a menina parecia exausta.

-O que você tem? –Ele quis saber, a encarando.

                Belinda o encarou por um momento e depois negou com a cabeça, sem dizer uma única palavra, somente se dirigiu para o quarto e bateu a porta, seja o que tivesse ocorrido antes, Dorian sabia que deveria deixá-la quieta naquele momento, apenas permitir que ela assimilasse o que a deixara com raiva ao ponto de ser possível perceber o ódio palpável somente no modo como ela se movimentava. Dorian sabia que poderia ter dito que treinariam e provavelmente teria agido assim em outros tempos, contudo ela o havia permitido, em um momento terrível ter a companhia do seu próprio silêncio, por tanto ele retribuiria. O que o fez partir para o próprio quarto, caso ela quisesse treinar, o chamaria.

                  Lestrange se jogou na cama e encarou o teto, o quarto estava frio, silencioso e escuro. Era tudo o que necessitava, não conseguiria manter um diálogo minimamente descente com ninguém, foi esse motivo que a levou a escolher estar com Dorian naquela noite, mas sem realmente estar com o rapaz. Bell sabia que ele compreenderia seu silêncio e a permitira estar sozinha, sem tentativas falhas de iniciar uma conversa que não vingaria. Dorian compreendia quando as pessoas necessitavam lhe dar com a própria solidão e ela era agradecida por isso.

                 Belinda rolava de um lado para o outro na cama, sem conseguir achar uma posição para descansar, ainda em choque em ver um Wild lhe dando aula, tinha que admitir que Corina era uma excepcional professora, embora ela não tivesse conseguido se focar em praticamente nenhuma palavra dita pela mulher. Sempre que a olhava, imaginava se Victória teria seus olhos, jeito, cabelo, sorriso ou trejeitos. Houve algo de hipnotizante enquanto a mulher se movimentava pela sala e explicava como manusear os elementos básicos na hora da transmutação, todavia Belinda só sabia porque já conhecia os métodos que ela falara, não conseguia de fato captar o que era ensinado.