Capítulo Quarenta e Dois - Fúria

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     Esse capítulo revela muita coisa sobre a verdade de quem é Belinda Black Lestrange e espero que vocês gostem. Eu deveria ter postado ontem (26/09) como praxe de dia do meu aniversário, mas como eu ainda não tinha finalizado o capítulo, acabei me atrasando. 


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     Belinda se sentia exausta, como se cada célula de seu corpo pesasse uma tonelada e mesmo assim fosse obrigada a caminhar como se não sentisse nada. Foi com esse sentimento que atravessou a entrada da Mansão Malfoy e entrou cautelosamente no local conhecido e atualmente odiado. Ao olhar o ambiente percebeu não haver ninguém no primeiro andar, o que por si era um verdadeiro milagre, então se dirigiu para o seu quarto.

-Está atrasada. –Não se surpreendeu com Rabastan sentado em seu quarto, lendo um de seus diversos livros.

-E você invadindo lugar que não deve. –Revidou sem realmente se preocupar com a presença dele.

     Rabastan a encarou por um momento, vendo-a deixar os sapatos de qualquer forma e se jogar na cama, como se estivesse se preparando para dormir, no entanto estava muito alerta para conseguir de fato.

-Aconteceu algo que não devia? –Ele perguntou.

-Nada.

     Rabastan suspirou, deixou o livro sobre a mesa e se aproximou, sentando na ponta da cama e se virando para encará-la, mesmo que ela não o olhasse, já que estava de olhos fechados.

-Achei que ele ficaria feliz em recuperar o irmão.

-E ficou, Olie é maravilhoso apesar de tudo.

-Ferinha.

     Belinda o encarou finalmente e Rabastan viu os olhos vermelhos, o que o fez suspirar e fazer um leve carinho na cabeça dela.

-Provavelmente eu nunca mais irei vê-lo, Bast. –Praticamente sussurrou. –E isso dói. Dói mais do que eu imaginava.

     Rabastan não falou nada, estava aguardando ali porque queria lhe contar o que ocorrera durante a manhã e sobre a fuga de Potter de dentro de Gringotes, mas isso só a deixaria mais ansiosa do que já estava. E ele compreendia sobre perder quem amava.

-Uma hora fica mais fácil respirar. –Ele prometeu e ela assentiu.

     Ficaram em silêncio por alguns minutos, com ela sentindo o leve carinho que ele ainda fazia em sua cabeça, até a Marca Negra arder e ele suspirar, fazendo um último carinho e se erguendo, deixando-a com o olhar confuso.

-Descansa um pouco, o Mestre está me chamando.

-Draco está bem? –Ela questionou. –Eu voltei por ele, mas minha cabeça estava tão cheia que nem fui até ele.

     Rabastan sorriu de leve, vendo a confusão e magoa nos olhos negros.

-Draco não tá ferido, não se preocupa. –Belinda franziu o cenho, mas não disse mais nada e deixou o outro ir embora, os dois sabiam que as feridas físicas eram os menores problemas.

     Se Lestrange fosse bem honesta, seria obrigada a admitir que a dor que vira nos olhos lilases foi o que a deixou mal daquela maneira, mas a parte racional de sua mente lhe dizia que se começasse a dar muita atenção para os sentimentos que lhe corroíam seria pior, porque a deixaria vulnerável em um local que não podia mostrar fraqueza alguma. E devido a esse pensamento Belinda se ergueu e decidiu que estava na hora de ir se arrumar pra ver o irmão, afinal voltara por ele.

A Filha das Trevas - Pacto de Sangue (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora