Capítulo Dezessete - Cheiro de Confusão

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                 Belinda se espreguiçou com cuidado para não acordar Rúnda que estava deitado ao seu lado e encarou o teto. Provavelmente Dorian estava desejando sua cabeça, contudo não tivera condições de ir encontrá-lo na noite anterior, deixara Taylor quando o sol já estava quase nascendo e assim que chegou no quarto somente tomou banho e deitou ao lado do mascote, que parecia ter dormido feliz com o carinho que ganhara. Bell simplesmente não dormiu, não havia tempo para aquilo, mas agradecia por sua despedida ter sido leve, soube desde o primeiro beijo que havia algo diferente e só após a conversa que tiveram que percebeu, eles não eram mais apaixonados, só restou o desejo e amizade. Lestrange sorriu e fechou os olhos, os cobrindo com o braço esquerdo e sentiu o tecido de sua faixa roçar em seu rosto.


                 A menina desceu junto a Hermione e Gina para o Grande Salão e notou que todos seus amigos já se encontravam ali, rindo e comendo despreocupadamente, o que a fez se jogar entre Murilo e Marcos, que a encararam com desconfiança, como se ela fosse atacá-los naquele mesmo momento, o que a fez sorrir de canto.

-Olá, você. –Murilo cumprimentou desconfiado.

-Olá, amor. –Marcos disse tão desconfiado quanto o primeiro.

-Olá, delicias. –Ela respondeu e eles sorriram.

-Com quem você anda aprendendo essas coisas, garota? –Marcos quis saber e ela arqueou a sobrancelha.

-É complicado quando o mestre pergunta algo retoricamente para o aprendiz.

-Vai se foder, Lestrange!

-Se vier comigo. –Isso gerou uma risada dos amigos.

                 O café da manhã foi o mais leve que poderia, recheado de risadas das quais Belinda tentou acompanhar. Ao saírem do Grande Salão encontraram Tayner e Daniel, que passou o braço pelos ombros dela e lhe deu um beijo no rosto.

-Fiquei sabendo que quebrou o nariz da Parkinson. –O loiro disse ao seu lado.

-Foi, é? –Ela sorriu. –Calúnia e difamação!

-Foi o Draco quem nos contou. –Daniel revidou e ela bufou.

-Vou ter que conversar com o Draco sobre manter a boca fechada. –Eles dois riram.

-E de qualquer forma isso é o comentário dentro da Sonserina. O fato de a Parkinson viver perdendo pra ti e se fodendo por isso.

-Bem, fazer o que se sou foda? –Ela sorriu.

-Foda não sei, convencida tenho certeza. –Ty disse, se juntando a eles e ela riu.

                 A troca de olhares foi doce, mas sem a paixão que normalmente era notória por todas.

-Quieto, nerd.

-Tô mentindo? –Ele sorriu.

-Totalmente. –Belinda percebeu os olhares do restante do grupo e riu. –O que? Não posso voltar a falar com o nerd gato?

                 Douglas riu.

-Você é louca, então não sei porque me surpreendo. –Ele bufou. –Só não sabia que tinham voltado a se falar.

-Somos amigos acima de qualquer outra coisa, Tayner. –Taylor comentou. –Então dá um tempo.

-E você não quer mais nada com minha garotinha? –Marcos questionou.

-Se eu fosse querer, Coren, seria um assunto meu e dela.

-Toma, babaca. –Belinda soltou e eles riram.

A Filha das Trevas - Pacto de Sangue (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora