A Filha das Trevas - Pacto de Sangue (Livro 3)

Capitulo Cinquenta e Três - Recomeço

     FINALMENTE CONSEGUI ESCREVER!!!

    Olá amores meus, depois de dois meses sem conseguir escrever absolutamente nada sobre a Bell, o terrível bloqueio criativo me deu uma trégua e eu consegui escrever esse capítulo, o qual espero que vocês aproveitem. ^^

     Como sempre só posso agradecer a paciência de vocês comigo e por não me abandonarem. Vocês são incríveis ♡♡♡ 

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     Ao acordar de seu breve descanso, reprimindo um grito cheio de dor e desespero, trêmula e com lágrimas banhando seu rosto cheio de terror, precisou de pouco mais de dois segundos para perceber estar sozinha, algo pelo qual agradeceu, Dorian não precisava saber que os constantes pesadelos ficaram mais intensos após a Guerra. A realidade é que mesmo com todas as decisões positivas que tomara para sua vida, ou passando um dia maravilhoso, os terrores noturnos sempre a atormentavam, fazendo-a lembrar de tudo o que vivera e perdera, o pânico que vivera jamais seria deixado de lado e a assombrava na hora de dormir, por menor que fosse o tempo de seu sono.

     Belinda decidiu, após pouco mais de dois minutos, seguir seu ritual matinal, se erguendo da cama e indo tomar um longo banho, tempo a qual levava para colocar seus sentimentos em ordem e não demonstrar seu abalo durante seus momentos desperta. Havia construído uma cerimônia diária para conseguir passar por tudo aquilo da maneira mais amena possível e não se deixaria perder, principalmente agora que estava se entendendo com todos que amava, sem contar que Dorian não precisava, não naquele momento, se preocupar em se doar a ela, não quando era mais que óbvio que agora que ele estava recuperando as rédeas de vida de volta, então enquanto pudesse evitar ser descoberta, manteria isso em sigilo.

     Lestrange, após ligar o chuveiro, fechou os olhos deixando a água fria cair em sua cabeça, aproveitando pra recordar a madrugada passada para acalmar seu coração, algo que fora nostálgico de modo divertido e deleitoso, fazendo gargalhadas altas preencherem o cômodo, assim como xingamentos, agradável de uma forma que ela sentia mais falta do que pensara antes de reencontrar o Albino. Fora recheada de conversas, risos e caricias delicadas e despretensiosas, os dois só queriam sentir o outro, nada além, nenhuma tentativa de avanço. Não por falta de sentirem desejo no outro, longe disso. Talvez fosse o medo de Belinda em como sua última relação findara; ou mesmo o fato de que era a primeira vez que Dorian se envolvia dessa maneira, se apaixonando realmente. A realidade é que não havia necessidade de uma explicação para a decisão tomada, eles apenas queriam estar com o outro e falar sobre tudo o que passaram durante o ano que estiveram separados, ambos desejavam aproveitar cada momento que pudessem com o outro, levando as coisas em seus próprios ritmos, que normalmente eram bem acelerados, masque naquele momento precisava de passos lentos.

     Oliver entrou na cozinha e notou que estava animada como a muito não acontecia, com música soando alta pelo recinto enquanto Dorian cozinhava tranquilamente e trazia um pequeno sorriso. A visão fez Olie sorrir também, afinal fazia tempo que não via o irmão tão leve, sabia que nos últimos meses ele viera se adaptando com a ausência de Belinda e que estava acomodando-se a ideia de nunca mais vê-la, assim como também estava reajustando-se a conviver com os amigos e irmão sempre por perto. Tudo o que acontecera fazia com que a cena fosse bem mais proveitosa. Sentou à mesa tranquilamente, fazendo Dorian o perceber ali e virar em sua direção.

-Hey, Olie. –Sorriu. –Está aí há muito tempo? Quer comer algo?

-Acabei de chegar. –Sorriu em retorno. –Cadê minha cunhadinha?