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MARY

- O que vamos fazer? - pergunta o Luke, a olhar para mim, encostado à bancada, depois de minutos antes termos estado a resmungar o que seria

- Lasanha. Gostas? - perguntei indo buscar um tacho, decidindo finalmente a ementa.

- Oh meu Deus! Amo! - sinto ele a sorrir, tipo telepatia.

- Ainda bem.

Meto-me de bicos dos pés para chegar à porta do armário de cima, mas como sou pequena, não dá. Sim, cabia naquele armário na sala, mas não chego aos meus próprios armários da cozinha. Tirem as vossas conclusões quanto à minha altura.

- Eu ajudo-te. - sinto ele a chegar-se mais a mim e vejo ele a tirar a panela.

- Thanks. - tirei-lhe o utensílio e coloquei no fogão com o molho. - Vais arranjar as camadas da lasanha.

- Okay, chef.

Pusemos mãos à obra e colocamos a lasanha no forno. 

- Vamos ver TV enquanto aquilo não fica pronto. - sugere.

- Está bem. - mas quando ia a andar, escorrei num pouco de molho que estava no chão. Fecho os olhos para preparar-me para a queda, mas não chego a tocar no chão. Quando volto a abrí-los, vejo um loiro a agarrar-me para não cair e com a cara dele a dois fucking centímetros da minha. Eu não sei se estou mais espantada com a rapidez dos seus atos se com a situação em que nos encontramos agora.

Vais dizer que não gostas...- diz o meu subconsciente, e reviro os olhos mentalmente.

- O-obrigada. - digo um pouco atordoada.

- De nada. - quando dou por mim, ele está cada vez mais próximo até que acaba com o espaço entre nós. Os lábios dele tocam nos meus dando início a um beijo viciante. 

Ele levanta-me pelas coxas e pousa-me na bancada já limpa deixando-me à altura do mesmo. Não sei porquê mas ganho coragem no meio do beijo e digo para irmos para o sofá. Ele ouve e faz o percurso comigo ainda naquele momento viciante todo. Ele deita-me no sofá e coloca-se por cima de mim, apoiando-se nos braços de maneira a não me aleijar. Quando percebo, ele passa para o meu pescoço e deixa lá uns beijos molhados e eu suspiro. Volta à minha boca, dando como finalizado aquele momento com um pequeno selinho. Oh Deus, que beijo foi este... Não tenho coragem de lhe olhar agora, e acho que ele também não.

Ele deita-se ao meu lado, sem dizer nenhuma palavra e começa a acariciar os meus cabelos. Estava a saber lindamente mas lembro-me do nosso jantar. Levanto-me e desligo o forno, para não queimar a lasanha, deixando-o com um olhar confuso. Após isto, volto para o pé dele, e deito-me no sofá, colocando a cabeça no peito dele. Com as carícias, os olhos vão pesando e acabo por adormecer.

*

Acordo de manhã, com um cobertor em cima de mim, mas sem aquele calor especial. Oiço algo a cozinhar na cozinha e vou para lá ver o que se passa, levando comigo o cobertor. Podem estar dias quentes, mas ainda é de manhã e esta casa não aquece de um momento para o outro. Chego à porta da cozinha e cheira-me a panquecas. Encosto-me à batente e observo o rapaz de olhos azuis, sem camisa, - foda-se, é muito bom ver, - a fazer o pequeno-almoço

- Com que então não sabe cozinhar? - digo cruzando os braços, e fazendo-o assustar-se.

- Bom dia para ti também, resmungona. E isto é o mínimo que sei fazer. - diz sem olhar para mim, encolhendo os ombros simultaneamente.

- Vou sentar-me à espera das panquecas à la Hemmings. - digo um pouco mais alto enquanto começo a sair da divisão.

- Já vão ser servidas, mademoiselle.

- Tu parle français? J'adore - gozo com ele quando volto atrás para resmungar com ele.

- Não sabes muitas coisas sobre mim, Mary. - diz e quase consigo imaginar ele a sorrir enquanto permanece de costas.

- Mas vou descobrir, Lucas.

- Veremos. - ele rodeou os braços à volta da minha cintura, e beijou a minha cabeça. - E tira o cavalinho da chuva que eu não sou Lucas.

- Vou para a mesa. - sussurrei com um mini sorriso.

Sentei-me numa cadeira qualquer e pus os braços em cima da mesa, para deitar a cabeça, enquanto esperava.Ele beijou-me ontem, e tu gostaste (acrescenta o meu querido subconsciente). Ignoro esse facto porque o cheiro de panquecas a sair do lume surge no meu nariz.

- Yummy! - devorei todas em 10 segundos.

- Algo me diz que gostaste.

- Sim. Como vês, comi-as muito rápido.

- Tu praticamente devoraste-as. - diz rindo, enquanto divide a última palavra em sílabas.

- Ganhaste. - ele começa a fazer uma festa sozinho.

- Criança... - reviro os olhos.

- Que tu adoras. - reviro mais uma vez os olhos.

- Pois sim. - começo-me a levantar até que ele salta para cima de mim e começa-me a fazer cócegas.

- Pá... Ahaha ...ra ahahah ah ah ahahahah please ahahahaahah - ando a sofrer demasiado com estas cócegas.

- Okay. Eu vou vestir uma roupa. - diz Luke depois de desistir.

- Não é preciso. - falo para mim baixo.

- Sabes, tá muito calor, vou ficar assim... - diz começando a fazer músculos. Ele ouviu perfeitamente bem e começou a provocar-me.

- Não consegues...

- O quê? - diz com cara de inocente. Falso...

- Provocar-me!

- Então se eu fizer isto - levantou-me e colocou a 5 centímetros da boca dele. - não estou a provocar-te?

- N-não. - Fogo, agora apetecia-me beijá-lo e nem sei porquê!

- Okay. - largou-me e beijou-me na testa, e foi para a sala ver TV.

O que se passou aqui?

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Obg pelos votos e comentários :)

xx

My Dark Angel » l.h.Onde histórias criam vida. Descubra agora