MARY
Estava a chorar nos braços dele a pensar que ia perdê-lo mais uma vez. Eu admiti que o amava. Amo aliás. Sim. Amar. Não gostar, como as raparigas de 14 anos dizem "eu gosto dele", mas sim, amar de coração, de alma, um amor que não tem palavras para descrever.. . Algo que não se vê mas que se sente. Nunca pensei chegar a dizer "Amo-te" sem ser para a minha família com tanta sinceridade, e muito menos ao Luke Hemmings que se encontra à minha frente a fazer-me carinho para me acalmar.
- Luke...? - chamei com a voz rouca por ter estado a chorar.
Ele coloca as suas mãos grandes à volta da minha face, fazendo festinhas com os polegares nas bochechas e, finalmente responde:
- Sim? Queres beber um copo de água, para te ficares melhor? - eu assinto.
Ele pega na minha mão e leva-me ao andar de baixo para ir me preparar a bebida. Quando passamos pelo hall, eu olho para a sala e reparo que não está lá ninguém. Como também não ouvi nenhum barulho dos quartos, suponho que eles não estão cá. Então, eu estou sozinha com o Luke. Bestial! Sentiram a ironia? Bem, mas assim acho que é melhor para nós conversamos finalmente.
- Mary. Mary? Mary... BELLA! - sou afastada dos meus pensamentos com o chamamento do Luke. Ele está feito comigo por ter me chamado "Bella". O olhar sobre mim era intenso e ao mesmo tempo curioso, pois ele percebeu que eu estava a pensar em algo. - Tens aqui o teu copo de água. Estavas no mundo da Lua.
- Sim... - dei um gole. - Um bocadinho. - olhei para ele e percebi que ele ainda estava sem a camisola. - Não tens frio? - perguntei-lhe um pouco corada, pois lembrei-me que tinha estado a chorar encostada ao seu peito nu.
- Frio? - só depois de um bocado é que ele percebeu o que eu tinha dito. - Por acaso, não. - respondeu com um sorriso atrevido. - Vamos para a sala para eu te explicar o que tu viste.
Eu concordei e levantei-me deixando o copo já sem água no lavatório. Virei-me para ele e fiz cara de cachorrinho para ele levar-me às cavalitas. Revirou os olhos azuis brilhantes que eu tanto adoro e virou-se para eu saltar para as suas costas.
- Criança.
- Que tu adoras! - ri. Depois desta choradeira, já quase me tinha esquecido o que tinha ido ali fazer deixando escapar o meu lado feliz de quando estou com ele.
Ele deu um sorriso fechado por ter me conseguido fazer rir. Dei um pequeno beijo na bochecha dele, conseguindo provocar-lhe cócegas.
- Chegamos ao nosso destino: sofá! Por favor saiam em ordem das costas do Lucas Robert Hemmings, por favor. Obrigada. - eu não fiz o que ele mandou, agarrando-me a ele como um koala agarra-se a uma árvore e dando gargalhadas que me faziam doer a barriga de tanto rir.
O Luke tirou o telemóvel do bolso com muito custo e tirou uma foto. Ficou hilariante! Eu finalmente saí de cima dele e tirei-lhe o telemóvel, colocando a foto tirada à segundos como foto de fundo.
- Imagina que estou num sítio em que tenho de estar sério... Quando eu vir a foto, vou espatifar-me a rir. As pessoas vão me achar uma pessoa muito estranha e maluca.
- Não faz mal. Eu gosto de ti assim como és, nunca mudes, Lucas. - saiu-me sem querer mas não estava a mentir.
- Nunca. - disse seguro.
- Então... Vais me explicar o que aconteceu realmente... - murmurei um pouco constrangida.
- Sim. Senta aqui. - disse batendo suavemente na sua perna. Fiz o que ele mandou. - Bem o que tu viste foi eu, o Dylan e o Elliot. O Dylan é um velho amigo meu... - ele explicou me tudo e fiquei mais aliviada.
- Ufa. - suspirei. - Desculpa. - pedi.
- Não tem mal. Além de mais podia até ser verdade, mas ainda bem que vieste falar comigo. - sorri e deitei a minha cabeça no meio do seu ombro e fazendo com que a minha respiração quente batesse no seu pescoço. Ele arrepiou-se.
- Mas uma coisa... - ele continuou, após alguns minutos em silêncio. - É verdade aquilo que disseste? Que me amas?
Congelei. Quero gritar e dizer que sim, mas quando eu o disse antes estava alterada, estava bruta com ele. Aquilo saiu-me quase sem eu pensar. Aconcheguei-me mais no seu colo e suspirei, inspirando e expirando, de seguida, várias vezes.
- Se não quiser... - eu não deixei-o continuar. Eu necessitava daquilo, e ele também. Eu sinto-o.
O beijo foi simples mas com muitos sentimentos à mistura. No fim, eu deixei-me ficar no seu ombro, relembrando momentos memoráveis. Ele encostou-se, para ficarmos mais confortáveis e fez pequenos círculos na minha perna, provocando arrepios. E assim ficamos, aconchegados no calor dos nossos corpos e com as nossas respirações como sons de fundo.
Prefiro ficar assim por agora antes de encarar a realidade.
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Olá :)
Espero que tenham gostado ;)Próximo capítulo está para vir.
Love all
Xx

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My Dark Angel » l.h.
Novela JuvenilLuke é o tipico "bad boy" que não perde a oportunidade para engatar mais uma rapariga para a sua lista. Algo que não surpreende ninguém. Até que uma rapariga com uma personalidade, digamos, "diferente" vira-lhe a vida ao contrário. Será que finalme...