LUKE
Não faço a mínima o que se passa comigo, mas ontem, quando ela ia caindo, as minhas pernas e braços, foram mais fortes que a minha cabeça, e levaram-me para a apanhar. O meu cérebro não trabalhou depois disso, porque eu acabei por beijá-la. Os lábios dela têm sabor a morango, e eu gosto. E algo foi estranho: EU não queria parar de beijá-la e ELA não rejeitou o beijo. Podia muito bem ter levado uma bela chapada na minha carinha perfeita. Hoje era sábado, então não havia aulas. Ia aproveitar para estar com os meus amigos o dia todo. Iríamos tocar na garagem da nossa casa. Estava com bastante preguiça esta manhã, então meti-me a ver um filme por baixo dos cobertores no sofá da Mary. São 9h da manhã. Ainda tenho muito.
Eu estava numa ponta do sofá, até que sinto alguém a sentar-se na outra ponta. Olho de relance, e vejo a rapariga que me põe confuso. Ela estava com uma cara pensativa. Estico-lhe a mão e ela agarra nela e chega-se mais perto de mim, deitando a cabeça no meu colo. Ficamos na mesma posição, enquanto "Os Vingadores" vão passando na TV.
*
Acordei com a Mary a olhar para mim, sentada ao meu lado, a chorar. Ela devia-me ter acordado...
- Ei! O que se passa? - coloquei os braços à volta dela e sentei-a ao meu colo.
- A-acabei d-de saber q-que a minha i-irmã e-está n-no h-hospital e-em estado g-grave, Luke! - começou a chorar contra o meu peito. Ela nunca falou de irmãos, nem muito menos dos pais. Mil perguntas ecoavam na minha cabeça, mas neste momento tinha deixá-las de lado e acalmá-la.
- Vá! Shhh... Conta-me isso melhor. Mas primeiro olha para mim e tenta respirar fundo.- ela fez isso e depois começou a contar.
- Bem, tudo começou há três anos...
FLASHBACK ON
Eu, a minha irmã e os meus pais íamos de viagem. Íamos alegres e a falar muito contentes, mas com a demora da viagem, acabei por adormecer por dez minutos. Eu acordei com alguém a discutir.
- Tu nunca paras em casa! Por isso é que eu decidi fazer esta viagem, por causa das miúdas. Porque elas precisam de um pai presente, e não um pai que chega às tantas horas, e muitas vezes bêbado!
- Tu não sabes o que estás a falar, mulher! Eu é que sustento esta família, e que eu saiba não és só tu que tomas as decisões nesta família!
A discussão continuou cada vez pior! Tapei os ouvidos já sem conseguir ouvir. A minha irmã acabou por acordar, assustada, então comecei a tranquilizá-la, mas sem sucesso.
Oiço um estalo, então o carro começa a acelerar muito rápido, e um outro carro vem em nossa direção.
- Nesse dia, os meus pais foram parar em estado crítico ao hospital, mas somente a minha mãe acabou por morrer. A minha irmã só teve ferimentos ligeiros, e eu também, felizmente. Ela é a única pessoa que resta da minha família que eu ainda me importe verdadeiramente. Ela só tem 15 anos, Luke. Ela não pode m-morrer. - chorou no meu ombro. O acidente é parecido com o meu. Mas o meu tem outras razões.
- Mary? Mas o que eles disseram? Aqueles que te telefonaram, a falar da tua irmã?
- Disseram que ela ia a sair da escola, e dirigia-se para a sua casa, mas um rapaz chegou ao pé dela e esfaqueou-a. L-Luke... Estou assustada.
- Nós vamos ao hospital, saber o que se passa com a tua irmã.
- Eu vou sozinha.
- Não, vais não. Tu não estás no melhor estado para ir sozinha para lá.
- Venceste. - fungou. - É no Angel's Hospital. - fiz uma cara de "a sério?" - Sim é um nome estranho para um hospital, também acho.
- Vou chamar a malta para irem connosco. Importaste?
- Não. - deu um sorriso fraco. - Preciso de alguém amigo para me ajudar. - soltou um riso fraco, e limpou algumas lágrimas.
- Pronto. Já está. Vamos? - estendi-lhe a mão.
- Vamos. - ela entrelaçou os nossos dedos e fomos andando.
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Cap triste :c
Acham que a irmã dela vai sobreviver?
E o que acham da "amizade" deles?
xx

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My Dark Angel » l.h.
Novela JuvenilLuke é o tipico "bad boy" que não perde a oportunidade para engatar mais uma rapariga para a sua lista. Algo que não surpreende ninguém. Até que uma rapariga com uma personalidade, digamos, "diferente" vira-lhe a vida ao contrário. Será que finalme...