just friends. | beauany

008

Any On
Josh. Joshua. Joshua Beachamp. Joshua Kyle Beauchamp estava lá. O meu único pensamento nos últimos dias. Fiquei me perguntando como ele havia entrado no apartamento que eu moro.

Ele estava fofo. Muito fofo. Ele estava mexendo no celular, mas quando eu falei a primeira palavra, ele me encarou com seus olhos de oceano.

Ele levantou e me deu um selinho. Me afastei um pouco e perguntei:
— O que você tá fazendo aqui?

— Vim te visitar. - ele disse meio calmo, mas era impossível não perceber seu nervosismo.

— Ah... então é assim? Você me abandona um dia e no outro vem me visitar EM OUTRO PAÍS? - eu estava irritada, ele não podia me largar desse jeito.

— Eu não queria ter feito isso, desculpa. - Ele disse, arrependido.

— Então por que fez?

— Fazia parte do plano... - ele falou, um pouco enigmático.

— Que plano, caralho?!

— De te levar para LA. - abri um sorriso.

— Aaaah, então é esse o plano? E você sabe o porquê de todo mundo estar meio distante?

— Eu pedi.

— Aff! Esses foram os dias mais tristes da minha vida! - falei com voz de choro.

— Agora tá tudo bem. - ele falou passando a mão em meus cabelos e me dando um beijo na testa.

Nesse momento minha mãe chegou. Eu ainda não tinha falado do Josh pra ela. O que ela iria falar de ter um gringo desconhecido em sua casa? Mas me surpreendi quando ela falou:
— Oi Josh! Como você tá? E boa tarde, Any Gabrielly! - ela disse, me olhando com repreensão por ter acordado tarde.

— Oi tia Priscila! Tudo bom e a senhora?

— Senhora não, por favor. E vou bem. - estavam me ignorando completamente.

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo? - perguntei confusa.

— Eu conversei com sua mãe sobre o plano. - ele deu uma piscadinha pra ela.

— Já contou do plano pra ela, querido? - minha mãe sabe ser educada, viu? Normalmente ela não é assim, não.

— Já. - respondi no lugar dele. - Isso quer dizer que eu vou poder ir, mãe? - perguntei com os olhos brilhando.

— Claro, Any! - ela sorriu.

Comecei a chorar e abracei os dois. Josh estava um pouco suado, mas é impressionante como esse menino tá sempre com um cheirinho maravilhoso.

Minha mãe se afastou e eu e ele nem percebemos, pois ficamos lá, abraçados, sentindo nosso cheiro, aproveitando os nossos momentos juntos.

Ele me beijou. Na frente da minha mãe. O que ela ia pensar? Provavelmente iria me matar. Mas ela não me matou. Ao invés disso falou:
— O que é isso que eu não estou sabendo? - ela perguntou com um ar de desconfiança. Josh ficou vermelho como um tomate, ou melhor, como um morango.

— Er... nós estamos ficando, mãe. Apenas isso. - falei, não muito diferente do Josh.

— Humm...  Se divirtam, mas com juízo. Vou buscar a Belinha. - minha mãe falou, me matando de vergonha.

— Onde a Belinha tá? - perguntei

— Foi na casa de uma amiguinha. Não vou voltar tão cedo pois vou passar no mercado. A casa é de vocês.

— Humm, ok. Tchau, mãe. - fui aonde ela estava e a abracei. - Não precisa se preocupar.

Esperamos ela sair para eu pular no colo dele. Íamos ficar a tarde inteira fazendo sabe se lá o que.

Ficamos a tarde inteira planejando a minha volta. Eu iria no próximo mês, pois começariam as aulas na High United.

Minha mãe chegou com a Belinha. Minha irmã estava muito animada para perceber que Josh estava ali. No começo não entendi sua animação, mas depois descobri que era apenas porque ela tinha ganhado uma amoeba. Sim, uma AMOEBA. Esse mundo tá perdido...

Depois de um tempo ela percebeu a presença de um ser desconhecido, chamado Josh Beauchamp. Ela perguntou:
— Quem é esse, mana?

— É o Josh. - ela me olhou com cara de desentendida. - O cara que eu conheci em Los Angeles que eu te falei.

— O que você está falando de mim, Any Gabrielly? - ele perguntou em Inglês.

— Que você é muito chato! - respondi em um tom debochado.

— Humm, é seu namorado, Any? - A Belinha só quer me matar de vergonha.

— Não, Belinha. Ele não é meu namorado. E fala em Inglês pra ele entender. - Eu estava um pouco irritada.

— Mas eu não sei falar em Inglês!

— Sabe, sim senhora! Mamãe não esta pagando seu curso a toa, está? - levantei uma sobrancelha.

Todos nós começamos a falar. De vez em quando a minha irmã contava meus podres. Josh só olhava pra mim, com uma cara de deboche, como resposta.

A noite decidimos ir jantar em um lugar que vendia tapioca. Ele precisava comer uma das comidas perfeitas, digo, brasileiras.

Eu e ele trocávamos alguns olhares, quase imperceptíveis, mas que nós percebíamos. Quanbmdo eram quase 23h, terminamos de comer e Josh já ia se despedir, quando minha mãe falou, lendo meus pensamentos:
- Fique no nosso apartamento. Temos um quarto de hóspedes!

Ele estava recusando, por vergonha, porém minha mãe insistiu tanto que ele resolveu ficar.

Minha mãe me pediu para eu mostrar os pontos turísticos de São Paulo ao "meu futuro namorado", como diz ela. Por esse motivo, pedi a ele para acordar  às 9h, assim aproveitarmos mais.

{...}

O meu despertador tocou enlouquecidamente. Eu estava morrendo de sono. Confesso que me arrependi um pouco de ter pedido para ele acordar TÃO cedo.

Depois de eu ter me arrumado, fui na sala e Josh já estava lá. Ele estava com algumas olheiras e, se quisesse esconder, não precisaria de muita maquiagem, já eu...

Como ele já tinha carteira de motorista, minha mãe emprestou o seu carro a ele e fomos em direção ao Catavento, que é tipo um museu lúdico, cheio de atividades.

Josh parecia uma criança naquele lugar. Se impressionava com tudo. Fazia um tempo que eu não ia lá, por isso me surpreendi com algumas coisas também.

O pessoal mais velho olhava pra gente com uma cara sonhadora. Eu ficava imaginando no que eles deviam estar pensando: eles deviam estar com saudades de seus "tempos de adolescentes", então eu preferi aproveitar cada segundo do que registrá-los.

Continua...
O que acharam do nosso querido Josh Beauchamp em São Paulo? No próximo capítulo eu continuo o passeio deles.

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