Frank Iero's To Do List// Frerard

Gerard Way precisa de nota

Arrumei a minha mochila nas costas. Estava pronto para mais um dia ótimo para aprender mais. Eu amo as quintas-feiras, é o meu dia predileto da semana. E adivinhem só o por quê! Eu AMO física. A minha matéria favorita. Urgh, se ela fosse uma pessoa, eu não pensava duas vezes antes de casar, embora ela nunca iria gostar de alguém como eu. Mas do que eu estou falando? Da física casar comigo? Isso é esquisito.

Entro na sala animadamente. Hoje o professor entregará as provas, e eu sou tão bom que já estou animado para receber o meu A . Sento-me na primeira carteira. Assim que o professor chega, ele sussurra para mim um "adivinha?" e eu sorrio largamente. Quando as provas aparecem nas mãos do homem mais velho, ouço vários gemidos de reclamação.

—Ah, não, professor— uma menina baixinha de olhos azuis disse.

—Ah, sim— começa a entregar as provas. E quando a minha vem, sorrio satisfeito.

—Qual a sua nota?— Ray me pergunta.

—A . E você?

—C . Acima da média!— ele comemora e me abraça de lado— Obrigado por ter me ajudado, Frank.

—De nada— fico realmente feliz por ele.

Sinto o olhos de alguém sobre mim. Olho para a ponta da sala e vejo Gerard nos encarando e desviando o olhar rapidamente. Ele estava esquisito. Fito-o por alguns segundos, até que o professor entrega a sua prova. Suas bochechas ficam levemente avermelhadas, seus lábios se curvam para baixo e ele esfrega o braço em um dos olhos e sai correndo. Eu me senti mal.

—Alô? Terra chamando Frank Iero— Ray passa a mão na minha cara.

—Ai— solto uma risadinha.

—Cara, por que você ficou tão catatônico do nada?

—Desculpa, Ray— apoio meu queixo na mão.

—Voltando ao assunto— começa a falar sem parar de algo como o quanto a Marvel é melhor que a DC. Eu mal sei diferenciar as duas.

E com Ray falando tanto sobre coisas sem sentido, o tempo pareceu voar e logo era aula de laboratório. Pego o meu jaleco e ando em direção ao local enquanto falo sobre o quanto estava ansioso para isso e parece que agora era a vez do de cabelos cacheados voar.

—Queria que fosse laboratório de física!

—Ai, Frank. Que nojo. Você para— ele riu e o dei um pequeno empurro.

A professora de química, sra. Rowel, era um horror, mas isso não estragaria o meu amor pela matéria. Sento-me em uma das bancadas, junto com Ray, o que é bom, já que o trabalho de hoje era de trios, mas acabaríamos só nós dois, ninguém quer sentar ao lado de perdedores.  Ela começou a explicar como o trabalho deveria ser realizado, mas Gerard interrompeu a explicação com um "com licença. Desculpe o atraso".

—Tudo bem, Way. Você pode fazer com o senhor Toro e o Iero— aquilo me fez parar de girar a cadeira como um idiota e sentir o meu coração congelar. Ele nos olhou. Como diabos ele sabia os nossos sobrenomes?

Ele veio e sentou-se ao meu lado. Ray ficou nos olhando por alguns segundos e começou a rir. Eu queria estrangulá-lo, ainda bem que a professora o repreendeu.

—Então... Eu sou o Gerard, mas vocês já devem saber...— mexeu nervosamente nos filmes de cabelo tingidos de preto— Quer dizer, não me achando! Mas vocês devem ter ouvido o professor falar.

—Não precisa ficar tão nervoso. Não somos superpopulares nem nada— Ray sorriu amigável.

—Ah, não sei. É que vocês parecem superinteligentes...

—Ai, meu Deus. Não! Eu sou um completo idiota.— riu alto— Frank é o único gênio aqui— apalpou o meu ombro e senti as minhas bochechas queimarem.

—Oh, Frank...—fitou-me com aqueles seus olhos verdes e chamativos.

—Isso não é verdade— falei baixo e olhei para o chão.

—Ele é assim mesmo. Não se preocupa. O meu amorzinho é tímido— puxa-me para um abraço extremamente apertado. Ray tinha que parar de ser tão carente, porque ele adora tocar as pessoas.

—Oh...— ele nos olhou esquisito e apontou levemente para nós dois— Vocês estão juntos?

—O quê?! Não!— falei revoltado e empurrei Ray, sem motivo.

—Credo, seu agressivo— riu alto.

—Oh, desculpem-me pela confusão— deu um pequeno sorriso.

Começamos a fazer o dever de química e as anotações. Foi bem divertido. Gerard era popular, mas ao mesmo tempo legal. Geralmente, os caras do time são horríveis. Às vezes, eu percebo que ele fica me olhando e eu me sinto esquisito. Até o fim da aula, já terminamos tudo.

—Eu vou ter aula de robótica hoje. Isso não é maneiro? Cara, eu vou te ligar e contar todos os detalhes. E você atenda!

—Tudo bem. Tudo bem— comecei a juntar os meus materiais.

—Vocês parecem bons amigos— sorrio levemente.

—Somos amigos desde sempre.— Ray disse— Bem, eu já vou— ele me deu um beliscão e saiu correndo. Eu não acredito que ele está querendo me jogar para o meu garoto que deu na telha.

—Ahn... Acho que já vou também.

—Você quer que eu te ajude?— a pergunta soou meio desesperada— Quero dizer... Isso parece pesado. E a sua postura e coluna não parecem ir nada bem.

—Tudo bem— mas é claro que eu quero que alguém carregue as minhas coisas para mim de graça.

 Ele pegou o material e começou a andar comigo pelos corredores. Assim que chegamos em frente ao meu armário, ele começou a falar:

—Eu sei que você é muito bom em física. E eu sei que isso vai soar meio interesseiro, mas eu realmente preciso de ajuda— eu sabia. Ninguém faz nada de bom sem esperar algo em troca, mas não estava bravo por isso, só acostumado. Um cara do time da escola nunca viria falar comigo se não fosse para pedir ajuda ou insultar.

—Tudo bem. Eu ajudo.

—Ah. Eu procuro outra pessoa e...— parecia decepcionado— Espera... O quê?— sorriu grande e me abraçou— Muito obrigado, Frank— senti os meus pés saírem do chão.

—Solta— bati no seu ombro, muito envergonhado.

—Desculpa.— sorriu— Qual o seu número?— passei para ele e logo recebi um "oi:)" e adicionei o seu contato, respondendo com um "oi kkk". 

—Então, quando quer marcar para estudar?

—Pode ser toda quinta?

—A partir de hoje?

—Pode ser.— sorri um pouco— Vejo-te no treino?

—É. A gente se vê— sorriu.