Calor do momento

318 56 20
                                    

Uma pessoa teve a perna esfaqueada bem em frente de mim. Eu estava com medo. Horrorizado. E corri com Gerard até que meus pulmões queimassem, enquanto gritavam por ar.

Repentinamente, avistamos Jamia, Ray e um cara bem aleatório, o qual vestia roupas extremamente coloridas, dentro da mala de um carro. Os dois garotos tentavam acordar a menina. Corremos para perto deles e, mesmo ofegante, pus-me a perguntar:

—O que houve?!— eu havia soado meio grosso mas aquilo não importava na hora.

—Um desses caras jogou uma pedra e bateu nela. Porra...— notei que um pouco de sangue escorria pela testa dela.

—Jams?— ela abriu um pouco os seus olhos e eu dei um sorriso largo— Você está bem?— olhei para Gerard e ele segurou a minha mão calmamente, fazendo um carinho tão bom.

—Uhm hum...— ela assentiu e começou a sentar devagar— A gente tem que voltar para a manifestação.

—Você está doida!?— Gerard exclamou— Isso aqui foi superarriscado! Eu e Frank não vamos mais vir neste tipo de coisa— olhei para ele, franzindo o cenho.

—Fale por você mesmo apenas— rolei meus olhos e Gerard encolheu os ombros, meio desconfortável.

—Desculpa— sussurrou.

—Tudo bem.— fiz uma pausa por alguns segundos— Jamia, hoje você se machucou e, da forma como as pessoas estão agindo com violência, não acho uma boa ideia você continuar aqui— embora estivesse meio contrariada, ela assentiu.

—Carl, você pode dar carona para gente?— Ray perguntou. Agora eu sabia o nome do menino e até achei que combinava com ele. O garoto concordou e, logo, todos já estávamos dentro do carro.

—Aonde vocês vão querer ir?— nós nos entreolhamos.

—Pode ser a minha casa.— ninguém disse nada, então, cheguei à conclusão que todos concordavam— Ahn... Eu te explico como chegar lá— inclinei-me para frente e dei as coordenadas para a minha residência.

• • •

Ray e Gerard me ajudaram a levar Jamia para meu quarto, meus pais não estavam em casa, então evitamos perguntas inconvenientes e irritantes. A primeira coisa que fiz foi buscar um quite de remédios e rumar ao quarto, onde eu poderia verificar se tudo estava bem com a minha amiga.

—Está doendo um pouco...

—Vai ficar okay.— sorri um pouco e continuei a limpar a ferida, ainda aberta. Escutei Gerard bufar e senti o meu sangue correr para as extremidades de meu corpo— Posso saber qual o problema?— levantei uma das sobrancelhas.

—Não tem problema algum— ele desviou o olhar claramente desconfortável.

—Vish!— Ray comentou e sorriu, denotando que estava se divertindo com a situação constrangedora— Acho que vou me mandar...— saiu lentamente do quarto.

Virei-me abruptamente para Gerard.

—Quer parar com esses ciúmes? Isso é muito idiota! Você age como se eu fosse te trair na primeira oportunidade que eu tiver! Gerard, eu não sou oferecido! Você me conhece!— explodi de uma hora para outra, mesmo sabendo que dali a uns minutos, eu estaria profundamente arrependido.

—Desculpa... Eu... Érr...— ficou meio sem jeito novamente, olhando para todos os lados possíveis, menos para meus olhos.

Frank Iero's To Do List// FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora