Notas não são tudo

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Notas do autor
Meu Deus, gente. De uma atualização para outra o número de favorito aumentou quase que em 100, ou mais, nem tenho certeza. Amo mtoooo vcsss♥️
Obgd pelo carinho!

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Eu achava que ia ser fácil falar com Gerard. Até que foi, na verdade. Ficamos em uma comunicação silenciosa por várias aulas. Ele me encarava. Eu o encarava. Às vezes sentia que seu olhar fosse queimar a minha alma, então, logicamente, toda vez eu perdia a disputa, desviando os meus olhos de suas íris cor de oliva. A parte mais engraçada era que ele realmente estava com raiva e eu só não ria porque a situação chegava a ser triste.

Esperei ansiosamente o término da aula de história para ir correndo de encontra a Gerard. O problema foi que quando me aproximei dele, ficou desviando de mim, quase como se eu fosse um desconhecido. O quão isso era ridículo? Muito. Eu sei.

—Você quer parar por um minuto e me ouvir?— falei claramente irritadiço por conta desse episódio de Tom e Jerry.

—O que você tem a dizer? Eu vi muito bem.

—Que bom que você tem visão boa, porque a audição...— subi a minha armação, a qual estava quase na ponta de meu nariz.

—Continue, então— rolou os olhos e fitou os seus tênis brilhantes, ao contrário dos meus.

—Você sabe muito bem que eu nunca trairia alguém. Na verdade, tenho repulsa por isso. Jamia fez aquilo sem a minha permissão, parece até aqueles homens que entendem que um "não" é um "sim" com charme e não aja como se ela na pudesse ter me forçado a isso, até porque vários homens são abusados todos os dias, mas tem uma espécie de tabu para não falarmos sobre isso. Além do mais, eu não gosto de garotas. Bem, eu gosto, mas não do jeito que eu gosto de você— sorri um pouco e Gerard me encarou.

Um silêncio entre nós se fez e parecia até que os corredores acompanhavam, mas também podia ser apenas coisa da minha cabeça.

—Fiquei com muito medo de ser trocado.

—Nunca.

—Nunca?

—Nunca.

Ele suspirou e me deu um abraço, tão calmo e quente.

—Desculpa por agir como um babaca— ele proferiu baixinho.

—Desculpa por não deixar tão claro que eu te amo mais que tudo.

—Você não precisa se desculpar— beijei o canto da bochecha dele e sorri.

—Vamos. A minha próxima aula é artes.

—Eu sei. Você tem esse período comigo.

E andamos de mãos dadas para a sala de aula, sem deixar um nanômetro de nossas mentes se importarem com o que pensavam de nós ou do que nos chamariam pelas costas.

Eu já esperava o nosso professor de artes escandaloso, senhor Lawson, começar com seus berros aquela hora da tarde. Eu só não estava pronto para o motivo dos gritos.

—Eu acabei de corrigir as provas de vocês! E foi... Argh!— levou uma das mãos à testa e suspirou. Dramático— Decepcionante. Eu nem sei o motivo de ainda me chocar, afinal essa é a matéria mais importante e que vocês dão mais valor...— alguns soltaram risinhos, mas estava claro que ele estava enraivado. Debochado— Eu realmente não acredito que meus esforços foram para o lixo— bateu a mão contra a testa. E voilà! Começou a entregar as provas. Era um teste de desenho, ou seja, ele pedia que desenhássemos certas figuras de modo realista, às vezes ele só pedia um desenho de outra perspectiva.

Frank Iero's To Do List// FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora