Frank Iero's To Do List// Frerard

O amor nos (co)move

Corri para o meu quarto com o coração batendo forte dentro do meu peito. Eu simplesmente estava tão feliz. Sentia como se a minha música favorita estivesse tocando ao máximo e trazia consigo aquelas estranhas sensações nostálgicas. Deitei-me na cama e soltei pequenas risadinhas. Não entendia direito o que estava acontecendo comigo, só conseguia abraçar o travesseiro fortemente contra mim e imaginar que fosse Gerard. Depois de alguns minutos assim, peguei o meu celular e disquei o número de Toro rapidamente.

—Oi...?— respondeu meio sonolento.

—É o Frank! Você não vai acreditar!

—Não vou acreditar em que...? Ai, lembrei! O encontro! Como foi?— conseguia sentir sua animação do outro da linha.

—Foi ótimo. Ele é um amor, Ray— sorri bobo e rolei pela cama. Estava tão feliz e ansioso que não conseguia parar quieto.

—Onde foi?

—Foi no Game Station. Foi tão legal. E ele é tão romântico—suspirei.

—Ah é? Vocês beijaram?— mordi o meu lábio e senti as minhas bochechas esquentarem, embora não houvesse ninguém no quarto além de mim.

—Sim... E foi bom. A boca dele tem gosto de menta— sorri para mim mesmo e tive quase certeza de ouvir o meu amigo bufar do outro lado da linha.

—Com certeza ele passou spray para ficar com hálito bom só para te beijar.

—Ah, ele é um doce, Ray!— apertei um dos travesseiros de fronha azul clara contra o meu peito. Sorri e levei o meu punho para perto do nariz, inspirei profundamente, ainda conseguia sentir o seu cheiro confortante impregenado na minha pele— Eu o amo tão intensamente e afim que o meu coração parece querer explodir.

—Frank, desacelera as coisas aí. Vocês nem estão namorando. Além do mais, é só um amor adolescente. Não quero que se iluda demais e acabe com o seu frágil coração aos pedaços. Você sabe como os garotos do time são, não é como se Gerard fosse especial— falou com descaso e eu me sentei raivosamente sobre a cama.

—Não diz isso. Eu realmente gosto do gerard.— encolhi as minhas pernas contra o meu peito— Por favor, sério. É a primeira vez que eu...— hesitei um pouco— Amo alguém de verdade— pude escutar Ray suspirar do outro lado da ligação.

—Certo. Eu acho que já vou dormir. Estou cansado. Não fique divagando muito tempo sobre as suas loucuras amorosas.— riu um pouco— Amanhã temos aula.

—Tudo bem— sorri.

★★★

Passei mais algumas horas acordado desde a conversa com Ray, mas só o fato de ter que acordar cedo fez com que a culpa por não ter dormido mais cedo me atingisse. Eu estava cansado e meu humor não andavam muito bem. 

—Bom dia, filho!— minha mãe disse animadamente e isso fez com que eu a fuzilasse com o olhar— Nossa... Para que isso? Acordou mau-humorado?

—Sim, mãe. Sim— peguei uma banana da fruteira e segui para a escola sem nem dar um "tchau".

★★★

Já estava no terceiro horário e eu não havia visto Gerard o dia inteiro. Será que ele sentia tanta falta de mim quanto eu sentia dele? Esse pensamento fez o meu estômago dar várias voltas dentro da minha barriga. Encolhi-me e coloquei o meu rosto sobre o caderno. Ray me olhou com uma expressão duvidosa estampada no rosto.

—Você está bem?— olhei-o por alguns segundos.

—Sim... Eu só estava pensando— sentei-me corretamente.