Quando cheguei em casa, tomei um banho bem tomado e quente. Suspirei. Meu cabelo estava molhado e eu estava com uma roupa bem folgada. Albert, o gato mais lindo do mundo, deitou-se no meu colo e começou ronronar. Sorri. Liguei o meu computador e comecei a olhar as novas descobertas científicas feitas.
Um cara chinês modificou o DNA de duas gêmeas filhas de pais soropositivos, e agora elas não pegam a Aids.
Interessante.
O meu telefone começou a tocar (e é claro que foi a música de abertura de The Big Bang Theory, porque... Duh?). Atendo rapidamente.
—Oi, Frank!— escutei a voz escandalosa de Ray do outro lado da linha. Soltei uma risada.
—Oi, Ray...
—Como foi passar a tarde com o senhor Cara Popular?— acariciei a cabeça de Albert e revirei os olhos.
—Ah... Foi okay.— fiquei em silêncio por alguns segundos— Bem... Ele me beijou.
—Ele o quê?!— Ray quase estourou o meu tímpano.
—É. Foi isso— um sorrisinho apareceu no meu rosto.
—E como você reagiu?
—Eu deixei que me beijasse, e depois fingi que nada aconteceu.
—Bem que eu já tinha notado que ele te olhava com segundas intenções...
—Cale a boca, Ray! Meu Deus.
—Ahh! Você está apaixonado!
—Eu não. Ele está apaixonado POR MIM! São coisas totalmente diferentes.
—Isso é tão incrível! Um romance proibido! O nerd e o popular! Daqui a pouco a gente descobre que a verdadeira identidade dele é um super herói que combate crimes durante a noite— disse eufórico.
—Você está viajando na maionese— disse enquanto abria o meu livro de física para fazer o dever. De repente, deparei-me com um pequeno bilhete no canto da folha: "Você tem as íris cor de oliva mais belas que já vi. Ps.: você cheira a doce de limão. Com amor, seu admirador secreto não-tão-secreto-assim". Um pequeno sorriso começou a brotar no meu rosto. Aquilo era tão fofo. Mal prestei atenção quando Ray começou a falar sobre a necessidade de comprar uma ponte H(¿?).
—Iero, você está me escutando?
—Desculpa, Ray. É só que...— soltei uma risadinha.
—Frank...?
—Eu preciso resolver uns exercícios, okay? Eu tenho que ir— desliguei o celular rapidamente e levantei-me da cadeira lentamente.
Coloquei Albert no chão e sorri mais uma vez. Deitei na cama e pressionei o livro contra o meu peito. Lá estava eu. No começo de tudo. Sentindo o meu coração dar mil voltas dentro da minha caixa torácica. Os meus hormônios adolescentes faziam-me ficar todo bobo e sentir as coisas dez vezes mais fortes. A adolescência é a melhor época para se apaixonar, para se viver ao máximo. Estar apaixonado na minha idade é como ser uma garota na TPM lendo o seu livro de amor favorito. E o que mais dificultava a minha posição era o fato de que eu era extremamente confuso sobre o por quê de Gerard gostar de mim, digo, ele era um garoto popular, podia ter quem quisesse e escolheu logo a mim.
Soltei um gritinho silencioso e fiquei rindo sozinho. Mordi o meu lábio levemente. Qual era o meu problema? Eu não estava apaixonado por um jogador de futebol. Estava apaixonado por Gerard Way, o garoto mais gentil e fofo do mundo.
★★★
Quando abri os olhos novamente, a luz entrava pela janela do meu quarto e esquentava a minha pele. Eu não me lembro de ter dormido, para mim, eu havia apenas piscado. Eu senti a baba seca no canto da minha e fique com nojinho. Levantei-me e comecei a me arrumar para a escola. Percebo que havia amassado um pouco do meu livro de física, em um dia comum eu ficaria muito bravo e sairia praguejando todos que aparecessem na minha frente, porém hoje era um dia diferente, eu estava de muito bom humor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Frank Iero's To Do List// Frerard
FanfictionFicar enfurnado dentro de uma sala de aula por horas a fio durante aulas que pareciam intermináveis, para muitos, poderia ser uma chatice. Mas, para mim, era um de meus passatempos prediletos. Isso até um jogador de futebol que não tinha nada a ver...