Eu não esperava que fosse ficar tão nervoso para o baile. Pensei que iria estar tão calmo quanto em todos os outros dias, porém conseguia sentir as minhas mão em uma temperatura bem abaixo do normal e o suor entre os meus dedos já pegajosos. Olhava no espelho e tentava ajeitar o meu cabelo para que ficasse o mais bonito possível, mas tudo só parecia estar horrível. Sentia-se como se eu não estivesse bom o suficiente e Gerard não iria gostar de ficar comigo durante toda a festa. Meu terno estava tão simples e... Estava tudo um fiasco.
—Filho...— Linda estava parada contra o batente da porta. Tinha um sorriso meigo, como se soubesse exatamente o que eu estava sentindo, realmente, não duvido muito disso, até porque mães têm esse poder supersônico de saber quando a gente está mal e, pelo mais odioso que seja, quando estamos mentindo. —Você está tão lindo, meu bebê. Está tão adulto. Mal posso acreditar que é o seu último ano na escola. Está ansioso?— ela já sabia a resposta, mas também tinha conhecimento de que quando me perguntam alguma coisa, falo bem mais do que o necessário.
—Estou. Eu só... Sei lá, mãe. Não sinto que estou bonito o suficiente— suspirei, olhando para os meus sapatos recém-engraxados.
—Filho, você só está ansioso... Está lindo de todas as maneiras e tenho certeza que o seu namorado vai ficar com o queixo no chão— ela riu e acariciou o meu queixo, cerrei os olhos lentamente.
—Obrigado, mãe— sorri largamente e beijei a sua bochecha com carinho.
—Acho melhor se apressar... Algum galã está te esperando lá embaixo com cara de bobão— minhas bochechas ganharam um tom carmesim para lá de vergonhoso pela cara que a minha mãe fez.
—Obrigado de verdade! Eu te amo muito! Muito mesmo, mãe!— beijei a bochecha dela novamente e desci as escadas apressadamente. Minhas mãos continuavam suadas e eu ainda estava preocupado com o que Gerard pensaria de mim, mas só foi ver aquele sorriso de dentes brancos, pequeninos e alinhados, que o meu coração derreteu-se totalmente. —Gee...— ele parou de remexer nervosamente na manga de sua roupa e me olhou.
—Você está tão...— nós dois falamos uníssono e nos encaramos por alguns segundos com estranheza. —Lindo— soltamos uma risada e corri até ele, jogando-me contra o seu corpo e prendendo minhas pernas em volta de seu quadril.
Dei alguns selinhos nele até começar a aprofundar o nosso beijo. Sentia-me tão feliz. Como se aquela felicidade estivesse sendo eternizada ali com o toque de nossos lábios... Como no dia em que andamos de carro, escutando Village People e Misfits no volume máximo... Éramos adolescentes. Éramos eternos. Só tive uma visão maior disso depois que o tempo passou. Sorri durante o beijo. Meu coração batia tão forte que conseguia ouvi-lo no pé de meu ouvido. Gerard corria as mãos pelas minhas costas e me fez gelar quando o senti apertar uma de minhas nádegas. Meu rosto ficou vermelho quando ouvi o meu pai pigarrear atrás de mim, saí dos braços de meu namorado e dei um sorriso amarelo para o Frank mais velho.
—Então, vai levar o meu filho ao baile?— perguntou enquanto cruzava os braços e fuzilava Gerard com o olhar. Aquilo me fez rolar os olhos, porque eu tinha certeza que era só ele tentando dar uma de durão e pai chato.
—É, sim, senhor— olhou para o chão e eu o dei uma cutevelada divertidamente.
—Sim, pai. Nós vamos ficar bem. Dá para parar de ser um pé no saco?
—Ah, filho! Eu só quero garantir que vocês dois vão estar seguros. Não vão beber bebidas que estranhos oferecerem... Não vão se drogar e nem consumir bebidas alcoólicas. É uma noite importante e vão se arrepender futuramente de não se lembrarem direito. Também vocês têm que saber aceitar um "não" e...— eu já estava mais vermelho do que tudo. Era a segunda vez da noite já. Quantas vezes mais eu coraria?
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Frank Iero's To Do List// Frerard
फैनफिक्शनFicar enfurnado dentro de uma sala de aula por horas a fio durante aulas que pareciam intermináveis, para muitos, poderia ser uma chatice. Mas, para mim, era um de meus passatempos prediletos. Isso até um jogador de futebol que não tinha nada a ver...