Papai?

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Gabriel

   Essa manhã não foi nada fácil, Isabella estava visivelmente irritada comigo, mas sinceramente prefiro mil vezes que ela brigue comigo do que quando ela se fecha e tranca seus sentimentos e olha que só Deus sabe o esforço que foi chegar a eles! Sorrio em quanto dirijo para a empresa, as coisas que passamos para chegar até aqui, sinceramente não sei como uma traição possa ter passado pela cabeça dela, claro tivemos o incidente com o batom mas ela devia saber que depois que meus olhos a encontraram naquele salão lotado de pessoas sem importância, des de aquele momento eu a amei! Amei seu jeito ousado e petulante amei cada parte dela e se ela pudesse ver como eu a olho não restariam dúvidas nunca sobre isso.
 
    Antes de ela chegar minha vida girava em torno dos negócios, nunca tinha voltado a me sentir como quando era apenas um adolescente apaixonado por sua prima, o que era "Um escândalo! em nossa família com toda a certeza, nunca aconteceria!" Palavras de meu "querido" pai, minha história com Cecília começou desde quando éramos crianças ela era como um cristal para mim quando criança ela era muito calada e não gostava muito de estar com outras crianças o que no caso me incluía! Nos víamos apenas em datas especiais, aniversários, natal, ano novo, onde todos da família eram intimados a comparecer com o passar do tempo nos tornamos melhores amigos e quando adolescentes todos da família já notavam que meu interesse por ela não era meramente amizade, obviamente que eu em sua presença sempre tratava de desconversar pois nunca tentei nada com ela, e mais tarde meu pai se encarregaria de que eu não tentasse mesmo, tínhamos dezessete anos quando seus pais a enviaram para estudar fora com o pretexto de que seria o melhor para sua formação, mas eu sem dúvidas sabia o verdadeiro motivo, nessa época eu estava decidido a falar com ela sobre meus sentimentos o que acabou chegando até meu pai, óbvio que o confrontei procurando respostas pois ele sabia de meus sentimentos, ele sempre soube! mas ele perdeu completamente o controle e não dava para entender pois não havia tal necessidade, obvio éramos primos mas não irmãos! se não fossem os seguranças nossa discussão teria terminado muito mal...
 
    Sou tirado de meus pensamentos com o som da buzina do carro logo atrás do meu, não me lembro a quanto tempo estou parado no sinal, balanço a cabeça tentando me livrar das mas recordações do passado, como eu queria que aquela tarde de verão nunca tivesse chegado! Talvez se eu não soubesse de nada não teria tantas feridas abertas.
 
    Chego na empresa e vou direto para minha sala todos sabem que na empresa prefiro ser extremamente profissional ou quase isso penso assim que passo pela mesa de Sabrina que como sempre me olha dos pés a cabeça. Automaticamente penso na pergunta de Isabella, porque eu ainda não a demiti? A resposta é ela tem seus contatos e faz bem seu trabalho claro quando não dá em cima dos clientes, não que algum já tenha se queixado, não! Longe disso, mas Também me lembro que ela tem problemas pessoais ela praticamente sustenta sozinha sua casa inteira, e como sei disso? Simples ela me contou uma vez em que nós nos encontramos e enchemos a cara, e eu realmente não sinto nada por ela mas realmente tenho que reforçar os limites que eu próprio quebrei! E farei isso agora antes que seja tarde demais.

   - Sabrina, venha até minha sala!- Digo assim que pego o telefone.
   - Sim senhor!- Não demoro a ouvir uma batida em minha porta sendo seguida por o som de minha própria voz mandando que ela entre. Ela assim o faz entra mas diferente das outras vezes não fica tentando me seduzir com o olhar como sempre, olho em seu rosto e percebo algumas olheiras em seus olhos ela se senta e então dispara a falar.

    - O senhor não pode me demitir!- Diz me olhando em súplica e então continua - Eu.... Eu estou grávida! não pode me demitir!- Diz ela chorando, mas que porra é essa!??

Casamento forçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora