-Oi. - Sussurrei pra ele.
-Oi. - Matt respondeu cruzando a porta e vindo até onde eu estava.
-Vim colocar o bebê pra dormir. - Contorcia as mãos e me sentia ainda mais idiota por isso. A mulher forte que se moldou sobre a base desse fim não era a mesma mulher parada a frente dele.
-Você não tem essa sensação de que ele deveria ser nosso?
-Não. - Menti. - Bia merece ter essa felicidade. - Ele olhou para o pequeno Eric suspirando na cama e quando voltou a me encarar parecia perdido.
-Eu amo meu filho Clen, o amei desde que soube que ele chegaria. Ele é minha continuação, minha marca aqui. Mas para a Bia ele é uma compensação. Um substituto para Colin e eu não quero isso. Meus filhos vivem em mim. Os dois, não apenas um.
-Eu soube que foi aqui que aconteceu.
-É?
-O Billy contou... Ao Adam, eu acho.
-Estranho. Billy não fala sobre isso com ninguém.
-Assim como você. - Provoquei.
-Ei, estou falando com você agora. - Dei um meio sorriso. - Essa casa era minha. Depois de tudo eu quis vendê-la e Billy comprou.
-Você é bem rico não é? - Foi à vez dele de rir.
-Um pouco sim.
-E o que ela faz? A Bia?
-É melhor não falarmos sobre isso. - Fiz uma cara de espanto e ele riu. - Como vai o trabalho?
-Crescendo. Graças a você e o Scott e o pai dele. Nossa! Tenho muitos homens me ajudando.
-Isso não é bom de ouvir.
-Bobo.
-Sua mãe? - Perguntou.
-Vai bem. - Um silêncio pesou sobre nós. Eu olhava pra ele sabendo que só passaria pela porta se de algum modo o tocasse e se o tocasse eu estaria em sérios apuros.
-Nervosa?
-Um pouco sabe.
-E por quê?
-Ah! Por isso. Sabe, isso tudo. Você e... Eu e... Um quarto.
-E uma cama.
-Com um bebê. - O lembrei, mas Matt deu alguns passos em minha direção.
-Você fica linda nervosa Clen.
-Isso não é nenhum pouco justo.
-Não, não é mesmo. Mas eu não vim aqui em busca de justiça.
-Não?
-Não. - Mais passos.
-E veio em busca do que?
-Você.
Foi sem permissão - porque na verdade isso não era necessário - suas mãos enterradas em meu cabelo forçando meu rosto para encara-lo. Dei alguns passos para trás até esbarrar na parede oposta. O corpo dele contra o meu e a boca... Sim. A boca contra a minha.
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Uma Gota de Sangue - Ruth Costa
Roman d'amourNÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18***** PLAGIO É CRIME E CRIAR SEMPRE SERÁ MELHOR DO QUE COPIAR! Sinopse: Um segredo sempre muda tudo. Ela não se via. Um anjo? Um demônio? Quem era então? Protótipo de menina, cabeça de mulher. Vivia a sombra de quem...