My Dear Teacher – Capítulo Trinta e Cinco
Charlotte sempre pensou que quando fosse apresentar um namorado para a família seria um dia especial, com um almoço dominical e um clima leve e descontraído, afinal, ela já possuía "idade para namorar". Porém, quando se tratava de Louis as coisas eram mais complicadas, pois em algum momento alguém da família ia acabar descobrindo que ele fora seu professor.
─ Eu achei que vocês fossem passar o dia fora! ─ Charlotte levantou rapidamente do chão e Louis a acompanhou.
─ Íamos, mas decidimos passar o dia com vocês. ─ Peter respondeu a filha. ─ Faz tempo que não fazemos isso.
─ Na verdade, eu não me lembro de já termos feito isso.
─ E então, rapaz ─ Peter ignorou o comentário da filha ─ Posso saber quem você é.
─ Pai, eu...
─ Tudo bem, Charlie. Eu me apresento. ─ Louis interrompeu a moça e esticou a mão para apertar a de Peter.
─ Louis Tomlinson, eu sou namora da sua filha. ─ Sr. Campbell ficou um pouco atônito, mas respondeu o cumprimento.
─ Sophie, amor. Você poderia brincar no seu quarto? Eu vou em um minuto brincar com você. ─ Charlie conversou com a irmã que a obedeceu de prontidão
─ Sente-se, Louis. Eu quero saber de todos os detalhes. ─ O pai de Charlie disse enquanto sentava-se no sofá ao lado de sua esposa.
─ Então, como você conheceu minha filha? ─ Cristine iniciou a conversa.
─ É uma história engraçada... ─ Charlotte iniciou, porém foi mais uma vez interrompida por Louis.
─ Nos conhecemos na faculdade. Na verdade, eu ministrei uma matéria para ela.
Peter pigarreou e antes que Charlie pudesse contornar a situação, Cristine continuou o assunto:
─ Então, você foi professor dela?
─ Sim, mas... ─ Louis foi interrompido.
─ A universidade permite isso? ─ Sra. Campbell perguntou à Louis enquanto trocava olhares com o marido.
Charlotte conhecia bem aquela versão da mãe, irônica e debochada. Ela iria matar os dois na unha até que tudo ficasse exatamente como ela queria.
─ Não. Mas, nosso envolvimento fora dos portões da faculdade e eu não sou mais professor dela.
Um silêncio se instalou na sala e Cristine trocou olhares com o marido novamente. Charlote sabia o que aquilo significava, os dois estavam fazendo seus próprios julgamentos telepaticamente.
─ Entendo. ─ Peter soltou após alguns minutos. ─ Eu gostaria de saber quais são as suas intenções com a minha filha.
─ São as melhores possíveis. Nós estamos indo devagar, pois nos conhecemos há pouco tempo, mas sempre penso no nosso futuro. ─ Ao ouvir aquilo o coração de Charlie se derreteu como manteiga e a tensão que a morena sentia começou a se dissipar. A morena sorriu para o professor e esperou a resposta da mãe, que certamente tinha um comentário a fazer.
─ Louis, não me leve a mal, mas você já é um pouco mais velho que minha filha e consequentemente mais experiente. Charlotte apesar de toda a maturidade, ainda é uma menina. É só a preocupação de pais que amam sua filha. ─ Cristine concluiu cruzando as pernas.
─ Eu entendo. Charlotte é uma mulher incrível e eu pretendo ser o melhor para ela.
Os papos seguiram mais leves e Cristine ficou mais satisfeita quando soube um pouco mais da vida de Louis. Peter permaneceu calado e pensativo e pediu para conversar em particular com a filha.
─ Filha, por que você mentiu para mim?
─ Sobre o que? ─ Charlie observava Louis conversando com sua mãe, os dois pareciam animados.
─ Sobre Louis. Quando Sophie contou que o conheceu você mentiu. ─ Peter não parecia bravo, apenas aborrecido, pois odiava mentiras.
─ Desculpa, papai. Eu e Louis ainda estávamos nos resolvendo e era complicado. Nos acertamos há pouco tempo.
─ Você gosta dele?
─ Mais do que eu deveria. ─ A morena sorriu ainda observando seu ex professor.
─ Minha bebê está namorando! ─ Peter abraçou a filha e se sentiu emocionado.
Louis passou mais algum tempo na casa dos Campbell, mas achou melhor voltar para casa. Ainda tinha algumas coisas pendentes da faculdade e não poderia demorar. Se despediu dos pais da moça que o levou até a porta.
─ Acho que agora é oficial. ─ Charlie iniciou a conversa um pouco sem jeito.
─ Eu fico feliz que seja. ─ Louis puxou a moça pela cintura enquanto admirava a beleza de sua namorada. ─ Estou ficando velho não posso escolher muito.
─ É? Bom saber que é isso que sou pra você! ─ A morena disse brincalhona empurrando de leve o namorado.
─ Estou brincando, minha linda. ─ Tomlinson beijou os lábios da namorada. ─ Estou ficando velho mesmo, mas me sinto o homem mais feliz do mundo ao seu lado.
Charlotte segurou o rosto de Louis e o beijou de verdade. Os dois se olharam após o final do beijo e ali charlote soube que o amava. Ela nunca iria se cansar de olhar naqueles lindos olhos ou beijar seus lábios. Agora não tinha mais volta, ela o amava.
─ Quando eu chegar eu te aviso. ─ Mais um beijo.
─ Ficarei esperando. ─ Charlie respondeu meio boba.
Ela sabia que uma conversa a aguardava quando entrasse e protelou o máximo que pôde do lado de fora.
─ Filha, vamos conversar um pouquinho? ─ Cristine perguntou ao levantar do sofá que estava com o marido.
─ Sim. ─ As duas seguiram para o quarto da moça e ela já imaginava do que se tratava.
─ Você gosta dele? ─ Cristine perguntou antes que a moça se sentasse na cama.
─ Eu acho que o amo. ─ O rosto de Charlotte transparecia tudo que ela sentia, não dava para esconder.
─ Você sabe que vai ser difícil pela idade dele, não sabe?
─ Eu sei. Nossa diferença de idade nem é tão gritante assim, mas eu sei que teremos algumas dificuldades. Nada que a gente não possa resolver. ─ Charlie cruzou as pernas enquanto sua mãe se sentava próximo.
─ Tudo bem, mas eu quero que me escute com atenção. Nunca deixe de ser quem você é em nome do amor. Homens mais velhos costumam sugar nossa juventude, mesmo que não intencional. Me prometa que você nunca vai se anular por ele.
─ Eu prometo.
─ Ótimo. Porque depois não quero que você venha chorando por uma coisa que já te alertei.
─ Certo, mãe. ─ Charlotte sorriu com o jeito da mãe e deitou-se na cama pensando em seu querido professor.
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My Dear Teacher
RomanceAs decisões da juventude nem sempre são as melhores. Charlotte Campbell teve pleno conhecimento disso aos 18 anos. Ela sabia que não deveria se envolver, que não deveria se deixar levar, mas foi maior e mais forte. O sentimento a venceu e acabou se...