My Dear Teacher – Capítulo Dezesseis
Não muito distante da casa de Lauren, o casal mais improvável da cidade permanecia em silêncio no carro com um destino que a morena desconhecia. Charlotte estava bastante atônita com tudo que tinha acontecido e ainda não estava processando muito bem os acontecimentos.
Estava preocupada com a amiga, mas depois da ligação que recebeu ficou mais tranquila. Porém, com a consciência pesada, já que havia mentido dizendo que estava em um táxi indo para casa. A morena não podia dizer a verdade, a relação que ela tinha com Louis era muito complicada, se é que podia chamar de relação.
A noite foi tão agitada que a estudante de jornalismo nem tinha se dado conta de que sua amiga tinha ouvido o que seu professor dissera. Se Charlotte tivesse prestado mais atenção, teria percebido que Lauren viu a crise de ciúmes de Louis. Porém, a única coisa que Charlie se atentou fora a tal crise de ciúmes.
Seu professor era, definitivamente, uma pessoa difícil de lidar. Uma hora demostrava afeto e interesse pela moça, e até ciúmes, em outro momento queria fugir daquilo e agir como se não houvesse nenhum tipo de interesse.
— Tecnicamente, seu cinco minutos já se passaram. — Charlotte resolveu quebrar o silêncio.
— Tecnicamente, nós não conversamos ainda. — Louis rebateu e Charlie tentou não rir.
— Posso saber pra onde estamos indo?
— Minha casa. — Os olhos de Louis estavam fixados na estrada e ele tentou não olhar para sua aluna durante todo o trajeto.
— Acho melhor não. Você me leva pra casa e nós conversamos no caminho. — A morena olhou para seu professor que conseguia ser ainda mais lindo enquanto dirigia.
— Eu não consigo conversar enquanto dirijo e não vou parar aqui e correr o risco de sermos assaltados. — A morena revirou os olhos. — A gente conversa melhor lá em casa e logo em seguida eu te levo para casa. Ou você está com medo de não se controlar?
— Você deveria se fazer essa pergunta. Ou você vai me expulsar em seguida dizendo que foi um erro e que é melhor a gente não manter nenhuma relação além de aluno-professor? — Charlie fez aspas com os dedos deixando Louis sem fala.
— Eu não te expulsei. — O professor falou longos segundos depois.
— Porque quando eu saí você ainda estava dormindo. Caso contrário, você diria tudo o que você disse na faculdade na sua casa mesmo. — Charlotte cruzou os braços enquanto falava.
— Eu quis te magoar. Mas, eu precisava te falar daquela maneira pra você entender a gravidade da situação. — Louis tentou ser cauteloso nas palavras ainda sem olhar para sua aluna.
— Que gravidade? Pelo amor de deus, Louis! Nós somos adultos, solteiros e não estamos ficando dentro da faculdade. E até onde eu sei não estamos infligindo nenhuma lei.
— Você não entende. É muito complicado. A faculdade é bem mais rigorosa com isso e...
— Eu já entendi que você não quer. Não precisa ficar usando a faculdade como desculpa. — A morena interrompeu seu professor e despejou o que pensava.
— Não é isso. Porquê você não consegue entender que é complicado? O melhor para nós dois é ficarmos o mais distante o possível.
— Eu não me lembro de ter te procurado durante esse tempo. — Charlotte elevou sua voz enquanto Louis estacionava de qualquer jeito na sua garagem. — E se é isso que você quer por que fez aquela cena na boate? Por que você não me deixa em paz?
Louis saiu do carro e bateu a porta com forca. Colocou as mãos na cabeça tentando ordenar seus pensamentos, nem ele mesmo sabia o que estava acontecendo com ele ou as respostas para aquelas perguntas.
— Se você não quer ficar comigo por que você fez aquele escândalo?! Porquê me trouxe pra cá?! — Charlotte saiu do carro despejando as palavras sem pensar no que estava dizendo.
— Eu não sei! — Louis se exaltou indo até a moça que se assustou um pouco com a aproximação repentina. — Eu só sei que eu não gostei de te ver com aquele cara, mas pelo bem da sua vida acadêmica e da minha vida profissional é melhor a gente não descobri os motivos do meu ciúme.
Charlotte levantou a cabeça e cruzou os braços mantendo uma postura firme.
— Eu vou te dar uma escolha. Se você quiser que eu fique nós podemos conversar e ver a melhor forma para resolver essa situação. Podemos tentar descobrir e o resto a gente resolve. Mas, se você não quiser, eu vou embora. E eu não vou voltar nunca mais e muito menos aceitar qualquer aproximação sua. Vou viver minha vida e você não vai interferir nela. — Louis olhou nos olhos da morena e refletiu sobre aquelas palavras. Ele não podia fazer uma escolha tão difícil assim sem pensar.
— Charlotte... É complicado, você precisa entender.
— Não preciso não! Você acha que eu não sei? Você é meu professor! Já pensou no que as pessoas poderiam falar sobre mim? Já pensou no que os meus pais iriam falar? E os meus amigos? Pra mim é complicado também e não eu não estou me importando.
— Meu emprego está em jogo e a não só ele, minha reputação também! — Louis estava nervoso e aflito com aquela situação.
— Eu já entendi. Você já fez sua escolha. Espero que esteja certo dela. — A morena deu as costas e saiu andando ainda sem saber pra onde ia.
— Charlotte, espere! — Louis tentou segurar no braço da moça, mas ela não permitiu.
— Pra quê? Pra você me fazer implorar mais por algumas migalhas suas? Não, obrigada. — A moça continuou andando pelas ruas escuras e silenciosas.
— Não é nada disso. Deixe pelo menos eu te levar em casa.
— Não.
— Por favor! Você não vai encontrar um táxi por aqui e como vai a pé com esse sapato a essa hora?
— Como se você se importasse. — Charlotte andou mais rápido e seus pés começaram a reclamar.
— Eu me importo. Eu não vou me perdoar se alguma coisa acontecer com você. — Louis confessou com a voz doce e quase convenceu a moça a ficar.
— Por que? — Charlie parou bruscamente de andar fazendo com que Louis quase esbarrasse nela.
— Como assim porque? Você acha que eu quero que alguma coisa de ruim aconteça com você? — Louis já estava começando a perder a paciência e as estribeiras.
— Por que você se importa? — A morena cruzou os braços e olhou diretamente nos belos olhos do professor. E ele só conseguiu pensar em como ela era linda irritada.
— Você é minha aluna e...
— Ah, quer saber? Foda-se! — Charlotte virou as costas e saiu andando rápido tentando pensar em como chegaria em casa.
— Porra! — Louis esbravejou e puxou sua aluna pelo braço e seus corpos se chocaram. — O que você quer ouvir?
— A verdade! Eu quero que você me olhe nos olhos e me diga que não me quer, que você não me deseja e que vai me deixar em paz. Quero que você me diga o motivo do seu ciúme. — Suas bocas estavam a centímetros de distância e o ar estava rarefeito.
— Eu não posso te dizer isso.
— Então me deixe ir embora. E nunca mais me procure. — A morena falou com a voz falha e sentindo que estava perto de chorar.
— Eu não posso te dizer isso porque não é verdade. Eu quero você e eu nunca desejei uma mulher como eu desejo você. E eu não suporto a ideia de outro homem te tocando quando só eu quero te tocar, te beijar. — Louis olhou nos olhos de sua aluna enquanto pronunciava cada palavra e sua única vontade era puxá-la para um beijo e aliviar toda sua tensão ali mesmo, no meio da rua.
— E o que você está esperando? — Charlotte chegou mais perto, provocando seu professor ainda mais.
Louis mandou sua razão para o espaço e puxou Charlotte pela cintura. Seus corpos se chocaram e ele puxou sua nuca tomando sua boca pra si. O beijo era um misto de raiva e desejo reprimido. A língua de Louis brincava com a da morena e suas mãos passearam por suas costas e ele não se conteve e apertou a bunda de Charlie arrancando um gemido da mesma.
— Eu acho melhor a gente entrar. — Charlotte estava ofegante e com o batom borrado. Em outra ocasião ela teria rido da boca toda vermelha de Louis, mas naquele momento sua única vontade era jogar seu professor na cama.
Louis não respondeu e puxou a aluna pelo braço até chegar na porta de casa onde ele teve que procurar a chave no bolso para abrir a casa. Quando entraram, ele nem se preocupou de ascender as luzes, foi até às escadas e subiu o mais rápido que os saltos de Charlotte poderiam andar.
Quando chegaram no quarto, Tomlinson tratou de ascender a luz e fechar a porta. Logo em seguida, prensou Charlotte na parede com seu corpo e a beijou com intensidade. Os dois tinham pressa e se beijavam como se fosse a última vez e com uma saudade desconhecida, até então, por eles. Parecia que suas bocas estavam separadas por anos e toda aquela saudade tornou cada beijo especial é urgente.
Louis parou o beijo ainda ofegante e olhou para sua aluna com a respiração descompassada e admirou sua beleza.
— Você é linda! — Louis se aproximou, afastou o cabelo da garota e distribuiu beijos pelo pescoço e colo de Charlotte — Está mais gostosa nesse vestido. — Suas mãos apertaram sua cintura e seu quadril.
A noite não poderia ter sido mais quente. E de longe, aquela tinha a melhor noite de Louis. Nem com sua esposa havia tanta química e tanta intimidade. Era como eles estivessem fazendo a coisa certa e que não haveria nenhum lugar no mundo que ele deveria estar. Só ali. Com sua queria aluna em seus braços.
Quando o dia amanheceu, Charlotte acordou nos braços de Louis. Ele dormia calmamente e estava mais lindo, como se fosse possível. A morena se lembrou de que não tinha tirado a maquiagem e tentou se levantar sem acordar seu professor.
Ao chegar no banheiro, Charlie parecia mais um panda. Seu batom estava borrado e a maquiagem estava toda escorrida e borrada. Rapidamente ela lavou várias vezes o rosto até parecer apresentável. Assim que terminou o serviço, viu que Louis a observava.
— Bom dia pra você também. — Seus cabelos estavam bagunçados e ele parecia relaxado.
— Bom dia. — Ela respondeu mordendo os lábios e se aproximou e depositou um beijo nos lábios do professor.
— Eu estava pensando em tomar um banho. Me acompanha? — Louis segurou na mão da moça e entrelaçou seus dedos.
— Com prazer. — Ela respondeu sorrindo e o professor beijou os nós de seus dedos.
— Você ainda vai me matar, senhorita Campbell. — Os dois riram e seguiram para banheira.
A última coisa que eles fizeram foi tomar banho, pois antes disso se aproveitaram bastante. Charlie tentava não pensar se ele mudaria de comportamento quando eles saíssem daquela bolha. A casa de Louis possuía uma energia única e quando eles estavam lá nada mais importava.
— Passa o dia comigo hoje? — Louis perguntou afastando os cabelos da moça de sua nuca para que ele pudesse beijar cada centímetro de pele dali.
Charlotte estava sentada entre suas pernas no banheiro e eles se recuperavam de mais um round.
— Que convite tentador. Você tem certeza? — Charlotte virou o rosto buscando os olhos de Louis que estavam brilhantes e cheios de expectativas.
— Absoluta.
— Então, você tem que me levar em casa para que eu possa pegar outra roupa e ligar para babá ficar com Sophie.
— Tudo bem. — Louis beijou o ombro da morena.
Louis não sabia o que pensar sobre a garota, mas naquele momento queria ficar com ela um pouco mais antes de voltarem para realidade da faculdade. Ele ignorou sua consciência e continuaria ignorando até a segunda-feira.
Já Charlotte decidiu aproveitar cada segundo de Louis no “modo fofo” antes que ele voltasse para suas dúvidas e indecisões.

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My Dear Teacher
Storie d'amoreAs decisões da juventude nem sempre são as melhores. Charlotte Campbell teve pleno conhecimento disso aos 18 anos. Ela sabia que não deveria se envolver, que não deveria se deixar levar, mas foi maior e mais forte. O sentimento a venceu e acabou se...