Capítulo 6

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Theo me levou para jantar num restaurante aconchegante bem no final da prainha, com um deque lindo, onde me explicou dá pra ver o local dos recifes.

— Eu imaginei que os recifes ficassem em alto mar. — Olhei surpresa pra ele.

— Sim, os corais se reproduzem lá, mas começam daqui, é um recife grande onde muitas espécies marinhas se reproduzem e pássaros também. — Sorri — Eu vou te levar pra conhecer, já mergulhou?

— Não — Meu Deus, só então me dou conta que nunca me interessei em mergulhos, meus interesses sempre estavam nos convés dos iates chiques que já passeei. — Um passeio de barco não seria suficiente?

— E perder o melhor da festa? Está combinado, domingo vamos mergulhar!

Domingo?! Meu Deus, apenas dois dias pra morrer sufocada dentro daquele mar, faço um gesto pra recusar o convite, mas a recepcionista do restaurante se aproxima avisando que o jantar será servido. Saímos do deque e jantamos num clima gostoso, quase como de cortesia, com charme Theo vai mostrando pra mim uma nova perspectiva de relação, onde a troca é muito boa, onde a sensualidade está subentendida e atiça os sentidos a toda hora.

Confesso que estou amando a sensação.

Theo me deixa em casa pouco antes da meia noite e ao parar o carro em frente logo me puxa para seu colo e vou sem pudor algum, me perco em sua boca faminta e deixo a emoção de estar em seus braços me levar para um caminho muito perigoso, o vidro do carro se embaça com nossas respirações ofegantes e paro para olhar seu rosto transformado pelo desejo.

— Theo, não quero dormir com você. — sussurro contra seus lábios inchados, meu corpo claramente demonstrando o contrario, mas é difícil demais resistir a ele.

— Não estamos fazendo nada demais. — me aperta em seu colo e consigo sentir sua excitação contra meu corpo e meu sexo contrai de desejo, eu quero resistir, preciso.

— Eu sei bem aonde esse "nada" vai nos levar — Saio de seu colo, e ajeito os cabelos, quando ouço uma leve batida no vidro do carro e me assusto.

— Boa noite, a rua nessa hora costuma ser um lugar perigoso, seus pais sabem que estão nessa hora aqui? — o policial pergunta, nitidamente evitando olhar pra dentro do carro, não consigo segurar e rio baixinho. — A senhorita esta achando graça?

— Boa noite, Cardoso, sou eu, apenas estou trazendo uma amiga em casa. — Theo sai do carro e o soldado relaxa assim como eu, encolhida no banco de passageiros tentando me lembrar se alguma vez em minha vida já passei por uma situação assim: Nunca.

— Oi doutor, só fazendo meu trabalho, a rua anda perigosa e jovens ficam sempre se arriscando, não sabia que era o senhor. — O guarda repreende de leve e se afasta montado em sua bike, o que explica porque não o ouvimos se aproximar. Saio do carro e vejo Theo observando o guarda ir embora descrente e não resisto: caio na gargalhada e ele me acompanha.

— Me sinto um adolescente pego em flagrante. — segura minha cintura.

— Juro, nunca mais dou uns amassos no carro, estou traumatizada. — Ele ajeita meu cabelo com os dedos e me olha sério.

— Vou te acompanhar até a porta.

— Theo... — Não sei se ele entrando comigo, serei capaz de resistir. — melhor não, já estou no portão, apenas atravessar o jardim e estarei segura em casa.

— Viviane, pare de fugir — beija a ponta de meu nariz

— Acredite, Theo, em outros tempos não hesitaria em correr para seus braços e arrancar suas roupas antes mesmo de você pedir, eu era assim, e agora não sou mais, estou tentando ser uma pessoa melhor, então facilita pra mim?

A MINHA CHANCEWhere stories live. Discover now