Capítulo 7

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— Vim buscar uma certa dama para um jantar de boas vindas. — diz bem humorado e sorrio com o jeito como ele ajeita o braço pra encaixar o meu. — Uma certa menininha está ansiosa esperando a princesa Vivi, e confesso: o pai dela também. — sussurra e rio feliz. Nina está cada dia mais apegada a mim, e eu a ela, a pequena menina não deixa de vir todas as tardes brincar comigo ou com o Bebê e me aquece o coração saber que ela gosta de mim também.

— Não podemos deixar que ela espere então — sopro um beijo pra Elis que nos encara sorridente e saio pela noite com Theo de mãos dadas. — E nem o pai. — completo.

— O pai está mais ansioso ainda para levar a vizinha para o passeio amanhã, espero que não tenha esquecido...

— Não esqueci, porém estou assustada com o mergulho, ficar debaixo d'agua me deixa nervosa.

— Não se preocupe, estarei junto com você, e...

—Até que enfim papai! Princesa Vivi! Vem vou te mostrar minhas bonecas! — Nina pula na varanda ansiosa ao me ver chegar, e me divirto com a felicidade da menina.

— Nina! — Meire chama atenção da pequena, mas faço um gesto com a mão, para deixa-la.

— Tudo bem, Meire, estou ansiosa pra conhecer as novas Barbies da minha pequena amiga. — pisco o olho pra ela, que me recebe com um abraço.

— Seja bem vinda a nossa casa, Vivi.

— Obrigada. — O momento embaraçoso se quebra com Nina puxando meu braço para irmos ao quarto de brinquedos dela, e fico encantada com o carinho com que foi montado. A menina tem um castelo de princesa que sobe pela parede e se confunde com a pintura feita a mão, que integra todo o cômodo. É um sonho de menina, e cada móvel pensado pra que ela se sinta parte das brincadeiras. Olho tudo maravilhada, pensando em como Nina é amada.

— Que lugar mágico, Nina!

— Meu pai fez pra mim, e eu ajudei! — Nina aponta o castelo de madeira pintado à mão, como as paredes.

— Sério? Estou impressionada com vocês! São dois artistas!

— Está na hora de deixar Vivi tomar um drink, Nina, lembre-se que precisamos jantar... — Meire avisa da porta.

Sigo Meire até a sala de estar, e avisto Theo preparando as bebidas.

— Um drink, criado por mim, para a moça mais bonita da cidade. — Galanteia e rio em resposta, experimento o liquido vermelho e o sabor que invade minha boca é marcante, o doce do morango, com o toque do álcool no final, me deixa extasiada.

Theo acompanha meus lábios com o olhar de quem deseja me beijar ali mesmo, e não consigo deixar de passar a língua sobre eles.

— Hum, isso é... muito bom, Theo!

— Sou muito bom em muitas coisas, ruiva.

Nos encaramos por um minuto e a mãe dele limpa a garganta pra chamar nossa atenção.

— O jantar está pronto. — Sorri largo, e abaixo a cabeça embaraçada, não consigo disfarçar a atração pelo filho dela e ela parece contente com o que viu.

Jantamos em meio a muitas conversas, e brincadeiras entre pai e filha, percebo o quanto Theo ama a garotinha e me admiro o jeito como ele é firme e carinhoso com ela, isso não faz da menina mimada, e sim amada, e Meire completa o trio tão bem, são uma família de verdade.

— E você Vivi, o que te trouxe aqui pra essa cidade? Tem planos de ficar de vez? — Meire me olha curiosa esperando uma resposta, que no fundo realmente não tenho.

A MINHA CHANCEWhere stories live. Discover now