Viviane.
— Não me importo com o que você queira ou não, Theo, não vou abandonar o barco. — me viro para o travesseiro e deixo as lágrimas caírem molhando o tecido, a dor de lembrar o sorriso de minha mãe, a risada de meu pai, a dor da perda voltou e nada pode me tirar desse estado agora, aos nove anos chorei o luto deles, desde então sofro a ausência até hoje, e agora tudo voltou com força e meu coração está totalmente partido, destruído. — Não consigo deixar de pensar que meus pais poderiam estar aqui hoje.
— Entendo ruiva que esteja sofrendo, sei que está doendo. — senta em minha cama e acaricia meus cabelos, fecho os olhos sentindo o carinho, sorvendo o momento, pois quando recebi a noticia aos nove anos, não tive carinho, apenas um abraço de meu tio e muitas explosões de comportamento da minha parte que o tiravam do serio, depois, a distancia. — Estou aqui, e sempre vou estar.
Esse é o problema, eu sei que ele não estará mais, quando me conhecer de verdade, Theo só conhece o lado bom, ainda não teve acesso ao lado sombrio, pervertido de mim. A dor me invade com força, e sei que não adianta adiar, só irei sofrer e faze-lo sofrer também.
— Vem, eu quero te beijar, Theo, beijar até esquecer que o mundo existe. — me sento na cama e o olho com desejo. Está na hora de Theo me conhecer de verdade. O puxo pela nuca e mergulho em sua boca com fome, ímpeto, tomando tudo que ele pode me dar, puxo sua camisa pelos ombros até arranca-la de vez, sua língua acaricia a minha, mas eu quero mais e sugo a dele arrancando gemidos do fundo de minha garganta. Nos movimentamos e sento sobre ele, me esfregando contra sua crescente ereção, não me aguento e tiro minha blusa e sutiã, esfregando meus seios em seu peito largo, não dou trégua, apenas beijo e beijo cada vez mais forte sua boca.
— Viviane. — fala ofegante, mas nem respondo, apenas quero esquecer a dor através do corpo dele, como uma selvagem, como sempre fui, sem pensar, apenas sentir. — Assim não, Viviane. — ele fala firme e me afasta alguns centímetros, olho sua boca inchada pelos meus beijos e é como se eu estivesse em um transe, apenas querendo extravasar tudo que estava preso dentro de mim.
— Ah qual é? Não me deseja? Tantos homens me querem, estou aqui pra você e vai fazer doce? — isso! A antiga Vivi ativada. Essa sim sou eu, essa eu conheço bem.
— Não assim, já falei. — Levanta e apanha a camiseta jogada na cama.
— Não Theo, eu quero... eu preciso de você agora! — seguro seu braço e ele fica tenso, mas não me dou conta de nada, apenas ele.
— Viviane, quando tocar em seu corpo novamente, será para adorar, venerar cada centímetro de pele que existe em você, despertar seu desejo e o meu, beijar, cheirar, chupar, sentir seu corpo inteiro, entendeu? Inteiro! — se exalta, mas puxa uma respiração para se acalmar — Não ache que mudando seu comportamento, se escondendo atrás de palavras que denigrem o que sentimos, vai mudar o que sinto, quando te tocar, será para ama-la, nada menos do que isso.
— Não seja hipócrita, Theo, você é homem e como homem não quer curtir? Vamos curtir, ainda agorinha me queria longe do projeto, agora quer o quê? Fazer amor? — sou irônica, eu cansei, sei que estou destruindo tudo, mas quem sabe não seja melhor assim?
Ele me encara triste, talvez decepcionado?
— Eu não quero você no projeto, exatamente assim: descontrolada, sem pensar que uma atitude impensada, poderá destruir anos de trabalho, mas entendo que está em choque.
— Eu não estou em choque, porra! Será que não viu? É cego? Essa sou eu, Theo, essa é a Viviane de sempre, e você esta criando na sua cabeça uma ilusão que não existe! — grito e volto a me sentar na cama abraçando o travesseiro e escondendo meus seios nus.
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A MINHA CHANCE
أدب نسائيUma chance era tudo o que ela queria. Viviane, é uma mulher inteligente e dona de uma personalidade forte, fez algumas escolhas erradas no passado que lhe trouxeram consequências que ela deseja esquecer. Disposta a recomeçar, decide voltar ao luga...