Capítulo 8

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O dia amanhece de mansinho, o sol despontando no horizonte, mostrando que será um dia perfeito.

Preparo uma cesta com frutas, sucos e queijos para um piquenique com Theo, já que vamos passear de barco, quero que seja inesquecível.

Elis provavelmente está dormindo, portanto saio de mansinho para a varanda, pra tomar o meu café e aproveitar o sol nascendo no horizonte.

Logo percebo Theo se aproximando, já que Bebê faz festa esperando ele chegar, o cãozinho esta cada dia mais forte e esperto, não vejo a hora de poder fazer longas caminhadas com meu amiguinho.

— Bom dia, ruiva, pronta pra conhecer o lugar mais mágico do mundo? — sorri enquanto apanha as coisas e caminhamos até o carro.

Theo dirige até a marina e paro abismada com o tamanho do barco. É maior do que eu imaginava e carrega o nome de sua filha gravado em seu casco. Me ajuda a subir e manobra a embarcação rumo a mar aberto, o sol dourado sobre o mar azul me arrepia a pele, o vento que penetra meus cabelos me faz fechar os olhos e aproveitar o momento contra o mural de vidro.

— É de tirar o folego a vista daqui. — Sinto sua respiração em meu pescoço e estremeço.

— Você contra essa mureta e o dourado do sol em seus cabelos, me fazem realmente acreditar que fadas existem.

— Existem sim! — dou uma pirueta rindo e acabo em seus braços fortes me envolvendo a cintura. — E estou aqui, o que deseja dessa fada aqui? — sussurro contra seus lábios que já tomam os meus com delicadeza, sua língua brinca com a minha preguiçosamente, penetro meus dedos em seus cabelos e suspiro ao encontro ao seu corpo forte, me dando conta de que estava esperando esse beijo por um longo tempo.

— Desejo tudo dessa fada — sua voz grossa contra minha orelha me arrepia de prazer, não resisto e o puxo de volta para meus lábios o devorarem, não consigo resistir mais, eu o desejo com tudo que há em mim, mas preciso me recompor.

— Estou aqui pra conhecer o lugar, lembra? — sorrio quando ele geme em frustação

— Vem, vamos colocar o equipamento. — me leva para o fundo da embarcação, onde levanta o tampo do banco em volta da mesa, e tira máscaras e pés de pato. — Nessa hora a maré esta baixa e olha lá — aponta para o horizonte e posso enxergar uma faixa de areia em pleno oceano, fico abismada! Não há nada em torno além de mar! E aquela faixa de areia, mostra um pouco do recife para o mundo ver, é como se o mar se abrisse e nos deixasse por alguns momentos do dia conhecer seu interior.

Theo me ajuda a colocar a mascara, e me explica como fazer apara respirar debaixo d'agua com o Snorkel sem o cilindro, já que vamos mergulhar num local raso, não precisaremos de oxigênio.

Arranco meu vestido floral, e fico apenas com o pequeno biquíni que comprei com Elis, confesso que escolhi o menor modelo da loja, só pra ver exatamente o olhar que estou vendo no rosto de Theo, sinto seus olhos percorrendo cada centímetro do meu corpo, mas perco o fôlego quando ele tira a camisa e a bermuda ficando apenas com uma sunga preta, onde posso ver perfeitamente o volume que se delineia sob o tecido.

Caímos na água e nadamos até que eu conseguisse colocar os pés no banco de areia, então mergulhamos para o mundo mágico, onde encantada pude ver as rochas repletas de algas, esponjas e seres que ali vivem, nos aventuramos mais um pouco para o fundo e me encanto com cada peixe visto, com as tartarugas que nadam tranquilamente por ali, e a flora marítima que nasce de cada pedacinho do recife. É simplesmente lindo, é encantador e revolta em saber que tudo isso está ameaçado pela pesca predatória e pelo óleo que os navios liberam sobre tudo isso.

A MINHA CHANCEWhere stories live. Discover now