A MINHA CHANCE

Capítulo Final

Viviane

Chegamos à vila, com o transito bem difícil, já que hoje a cidade está comemorando a vitória sobre a empresa que há anos causava danos no mar, pescadores estão exultantes com a possibilidade de uma cooperativa organizada para que tenham direitos a pesca artesanal em ambiente livre, como sempre deveria ter sido.

Conseguimos estacionar o carro com muito custo e me sinto um pouco nervosa, pois sei que irei encontrar Theo pela festa, desde o dia que o encontrei na praia, não mais nos falamos e estou ansiosa para abraça-lo forte e dizer que me sinto pronta, que o quero mais que tudo nesse mundo e nada mais irá atrapalhar a gente, mas não o vejo em lugar algum.

— Você viu Theo, Elis? — minha amiga me encara com um olhar estranho

— Não vi o Theo, mas vi Nina por aí com a avó. — esclarece e a deixo conversando com meu tio e vou andando pela praça central onde as maiorias das pessoas se aglomeravam por conta das barracas de alimentos e bebidas.

A musica alta, as pessoas comemorando me tiravam a concentração, e meu coração acelerado grita que ele não está por aqui.

Volto aonde deixei Elis e a vejo com Nina que vem correndo em minha direção.

— Princesa Vivi, meu papai pediu pra te entregar essa flor — me entrega uma rosa e junto um bilhete de papel cartão — Você vai dizer sim, né? Eu também quero muito que você se case com meu pai, eu te amo princesa Vivi!

— Nina! — A avó a repreende e sorrio feliz para as duas.

— Não se preocupe, Meire, esta tudo bem. — me abaixo pra ficar na altura de Nina, com a rosa e o bilhete seguros contra meu peito, emocionada demais com o que a menina me disse — Nina, você é minha princesa mágica, aquela que tem o poder de levar alegrias por onde passa, e eu te amo muito mais que você imagina!

— Então também serei dona de Bebê? — todos riem da menininha e a puxo para um abraço.

— Sim, divido Bebê com você. — respondo com ternura, não tem como não se encantar com essa menininha doce que ganhou meu coração.

— Então irá dizer sim? — me encara em expectativa.

— Chega Nina, vamos tomar um sorvete. — Meire a pega pelas mãos e me olha feliz — mas esperamos no fundo do coração que sua resposta seja sim. — pisca o olho e se afasta com a menina.

— Está esperando o que mulher? Estou com dor de barriga de curiosidade, o que diz o bilhete? — Elis exige ao meu lado.

Abro o pequeno papel:

"O tempo de espera acabou, te espero no Nina,

não demore por favor.

T"

— Ele quer me ver no barco. — Olho Elis e meu tio em expectativa, meu coração acelerado e fico meio sem reação por um momento.

— Então vá! — os dois gritam e não espero mais, saio em meio à multidão, correndo até o deque onde paro e fico olhando o que Theo fez.

Nina, está completamente aceso, todo enfeitado com flores, há balões de luz por todo lado, pelo barco, pelo deque, na escada que dá acesso ao convés. Pétalas voam com a brisa, tornando o ar perfumado e mágico demais, a musica que vem do barco, não poderia ser mais perfeita:

"Mapeei a dedo tuas sardas
Contornei sem jeito tuas linhas
Que te entregam e desvendam o melhor em ti

Me perdi no céu das suas pintas
Me encontrei no céu da tua boca
Tu é labirinto, rua sem saída
Me rendi a tua alma nua, vem cá