Capítulo 9

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Viviane.


Abro devagar os olhos, pois o embalo que me envolve está tão gostoso, que não sinto vontade de me mexer.

Viro um pouco a cabeça, e vejo Theo sentado ao chão e com a cabeça recostada no travesseiro me observando, por um momento fico envergonhada com a intensidade de seu olhar sobre mim e me recordo da vergonha de ter caído em prantos logo depois de termos tran.sado.

— Boa tarde dorminhoca. — Sorri pra mim e me encanto com o desenho de sua boca sensual, me despertando vontades de puxa-lo novamente pra cama e começarmos tudo novamente — Providenciei nosso lanche. — aponta pra bandeja disposta aos pés da cama e sou eu agora quem sorrio pra ele.

— Estou faminta. — apanho uma uva e coloco na boca — hummm está tão doce! Quer? — apanho uma pra ele e paro ao ver o desejo estampado em sua face e mudo de posição, ficando de joelhos na cama, nua e exposta pra ele, coloco a uva em minha boca e deixo o suco escorrer pelos meus lábios, Theo não se faz de rogado e me puxa para si, ignorando completamente a bandeja que ouço cair no chão, deixo o prazer me tomar mais uma vez com nossos corpos unidos como um só.

A tarde passa, e me sinto maravilhosa, ele me faz sentir querida e desejada a cada toque, cada sorriso e caricia. Estamos nus, mergulhando novamente, dessa vez sem máscaras, apenas nos banhando no oceano, com o inicio de um por do sol incrível a nossa volta. Deixo meu corpo flutuar, Theo segura meus ombros contra seu peito e o espetáculo natural à nossa frente se deslancha.

— Jamais vou esquecer desse dia, Theo. — me viro e o abraço pelos ombros e pernas.

— Eu jamais vou esquecer o que vejo à minha frente: uma fada dourada. — Sussurra contra meus lábios.

— Obrigada por ter me mostrado esse lugar, me apaixonei e me sinto parte daqui.

— Sinto o mesmo, Viviane, é por tudo isso que luto, que desejo que jamais acabe, por mim, por minha filha que um dia merece conhecer cada recanto daqui.

Sinto a paixão na sua voz, e meu coração se recorda de como meu pai defendia a natureza também, e tudo que ela nos oferecia. Não posso simplesmente ficar quieta, o mundo precisa saber o que está acontecendo e uma ideia começa a se delinear em minha mente.

— Quando seu amigo virá?

— Semana que vem. Iremos discutir um projeto e levarmos ao governo em busca de aprovação, patrocínio já temos, empresas que apoiam também.

— Quero ajudar. — peço novamente e Theo espalma sua mão conta meu rosto e beija a ponta de meu nariz.

— Eu sei, ruiva... mas não é seguro, a empresa que faz a pesca tem bandidos como administradores, pagam propina a muitos órgãos para que recebam a autorização e assim parecer que o que fazem é legal, mas sabem que não é e não vão ceder facilmente.

— É uma corja. — falo revoltada.

— Sim, e capazes de tudo.

— Sua mãe tem razão então, você esta se arriscando? — pergunto preocupada com a segurança dele.

— Sem riscos não há luta, ruiva, mas não quero que se preocupe. Iremos resolver. — me abraça forte e estremeço de medo, o que ele confunde com frio e me guia até o barco, tomamos banho no banheiro da suíte e mais uma vez me perco de prazer em seus braços.

Terminamos o dia voltando pra casa, Theo guia a embarcação, comigo recostada em seus braços, suspiro um pouco triste que nossa aventura tenha terminado, mas feliz pelo dia que tivemos.

A MINHA CHANCEWhere stories live. Discover now