Vivendo uma mentira

Capítulo 25

Malu

Fico ali me divertindo com o Adam o dia todo, estou tentando realmente me desligar de tudo por um dia pelo menos, eu só preciso de um único dia, passamos o dia no quarto assim como o dia anterior, sei que amanhã terei que voltar pra realidade.

No fim da tarde Noah me chama pra andar um pouco pela cidade, ir ao centro de Toronto e tudo mais e eu topo, nos arrumamos e vamos. Ele é tão divertido faz eu me sentir tão bem sério é demais a nossa sintonia, nuca estive tão conectada com alguém.

Penso em como é diferente, eu jamais poderia fazer isso com Noah alguém poderia reconhece-lo e contar pra sua mãe, o máximo que podemos fazer é ir a algum restaurante, queria que as coisas fossem diferentes, esse tempo longe está me fazendo refletir.

Eu gosto muito do Noah, mas será que realmente o amo? Será que vale a pena eu continuar com ele sem poder assumir o namoro? São inúmeras duvidas que passam pela minha cabeça e eu realmente estou bem confusa sobre meu relacionamento.

Chegamos no hotel já tarde da noite e logo vamos dormir, a advogada do meu pai vai vir trazer o testamento amanhã cedo, não faço ideia do que meu pai tinha pra deixar pra mim ou pra qualquer outra pessoa, tudo está bem confuso na minha vida, eu resolvo ir dormir pra acordar bem pro dia de amanhã.

Me levanto na manhã do outro dia, olho pro lado Adam ainda está dormindo, tomo banho e coloco uma roupa confortável já imagino que o dia vai ser longo, pretendo investigar o caso da minha mãe hoje e aproveitar os últimos dias aqui.

Preciso voltar logo pra Nova Jersey, estou perdendo aula e preciso trabalhar. Acordo Noah porque a Advogada está pra chegar e fico na sala esperando. Ouço batidas na porta e antes que abra a porta Adam entra na minha frente.

– Ei, você não pode simplesmente abrir a porta assim – ele olha pra porta – Quem é?

– Advogada Mariana Carps.

Ele abre a porta lentamente e analisa e deixa mulher entrar, a coitada deve estar se sentindo uma criminosa, mas melhor isso do que ser alguém vindo me matar, tenho muito pra viver.

– Bom dia doutora Mariana, desculpe pela forma duvidosa como atendi a porta, ainda não se sabe se a Malu corre algum risco.

– Tudo bem eu entendo.

– Bom dia doutora – Digo estendendo a mão a ela para cumprimenta-la– Eu sou Maria Luisa Morin.

– É um prazer conhece-la, durante esse tempo seu pai falou muito bem de você.

– Você e meu pai...

– Não nós não tivemos nada, mas me tornei muito amiga dele durante a formação do testamento.

– O que ele dizia de mim?

– Dizia que você tinha a personalidade forte, que mesmo não tendo contato com você tinha certeza de que você se tornou uma mulher incrível e sempre dizia que a amava muito.

– É então vamos ao testamento – Diz Adam ao perceber minha expressão triste.

– A sim claro, sente-se por favor.

– Então o Marco deixou um testamento cujo o qual você é a única herdeira, posso ler?

– Sim.

– "Eu Marco Cooper, de nacionalidade canadense, carteira (Cpf) ********** - *, venho por meio deste documento passar para o nome de minha filha Maria Luisa Morin Cooper  (Cpf)**********- * uma quantia de $500 000, 00 e um apartamento na rua xxxxxxxx em Nova Jersey."

– O que? Isso é impossível.

– Bom eu preciso que você assine alguns papeis, pra te dar o dinheiro tudo bem?

– Como ele tinha esse dinheiro?Meu pai estava vivendo em um lugar deplorável ele tinha dividas...

– Eu realmente não sei de onde veio esse dinheiro, só estou aqui pra fazer meu trabalho.

– Tudo bem, onde eu assino?

– Assina nestes três espaços, você quer receber em dinheiro ou prefere que eu transfira?

– Transferência.

Ela termina de pegar meus dados e vai embora, fico meio sem entender como meu pai tinha esse dinheiro e vivia da forma que vivia, é uma boa quantia isso não faz sentido.

–  Tudo bem Malu? –  Diz Adam me observando.

–  Tudo, é só que $500 000,00 é muita coisa, não faz sentido ele ter esse dinheiro.

– Deixa isso pra lá Malu, quando pretende voltar?

Ele pergunta e diz que está comprando as passagens, ele compra pela internet. Ficamos por ali conversando e passamos o dia arrumando as coisas pra ir embora.