Capítulo 15

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Malu

– PARA! NÃO! – Grito desesperada quando vejo Noah cair.

Eu não sei o que aconteceu, ouvi meu nome antes de começar a briga, estava passando pela porta quando ouvi Noah dizer "o que são os papéis que li quase agora da Malu", não sei o que ele viu só sei que agora estou desesperada, chorando e ajudando Noah a  levantar, olho pra Edward nunca o tinha visto bravo como hoje, sua cara pra mim é de arrependimento, desvio o olhar enquanto saio do escritório com Noah apoiado sobre meus ombros.

Levo-o pro meu quarto e o coloco na cama, fecho a porta e pego um kit de primeiros socorros, sento ao seu lado na cama pego um algodão com álcool e passo sob as feridas em seu rosto, ele geme de dor.

– O que aconteceu? – Pergunto sem enrolar.

– Ele é um babaca Malu, aí! Vai devagar – Pede ele e continua falando – Ele não é o que mostra pra você, ele traiu minha mãe quando era mais novo e quase a matou, ele devia estar preso por violência doméstica.

– Ele batia na sua mãe?

– Não sei, na noite em que eu o vi quase a matando estrangulada, ela descobriu que ele a traia, os dois começaram a brigar feio, se eu não tivesse chego minha mãe poderia estar morta.

– Meu Deus! Eu nunca o vi levantar um dedo pra sua mãe.

– Ele não costuma mostrar quem ele é de verdade, me promete uma coisa?

– O que?

– Promete que vai tomar cuidado? E que assim que der você vai sair daqui e ficar longe dele?

– Não é tão fácil, minhas economias não são suficientes e ainda faltam dois anos pra acabar a faculdade.

– Eu posso te ajudar, posso arrumar um lugar pra você ficar de graça e um emprego que dê pra você se sustentar e pagar sua faculdade, eu posso te ajudar a pagar sua faculdade.

– Você ficou maluco?

– Só quero te proteger.

– De que?

– Desse babaca Malu.

– O que tinha nos papéis?

– Que papéis?

– Nos que você leu, sobre mim eu ouvi você dizendo sobre papéis sobre mim antes da briga começar.

– A é nada demais, eram extratos da sua faculdade só usei como argumento por ele dizer que não sei de nada.

– Tem certeza que era só isso?

– Sim, claro.

Continuo limpando seus machucados enquanto ele me observa, ele segura meus pulsos e tira os algodões de minhas mãos me olha nos olhos e se aproxima, começa a me beijar um beijo gostoso, suave, que diz milhares de coisas significantes, um beijo que mostra que ele está com medo, preocupado, um beijo pode falar bem mais que mil palavras.

Eu paro e o encaro ele volta a me beijar, ele se deita ao meu lado e me olha, parece triste e perdido sem saber o que fazer, ele definitivamente está estranho.

– Senti saudades essa noite, por que me evitou ontem?

– Estava com medo – Decido ser sincera com ele.

– De que?

– Com todo mundo voltando, como íamos ficar, foram duas semanas incríveis, mas sua mãe voltou e realmente acho que ela não gosta de mim, muito menos iria gostar da ideia de um relacionamento nosso.

– Malu, eu realmente gosto de você não me importo se você é a empregada a secretaria a chefe ou o que seja, eu gosto de você e é o que importa, vamos deixar rolar assim como estávamos fazendo e ai quando ambos tivermos certeza do que queremos nós contamos a todos ok?

– Tudo bem, então...

– Então, deixa sua porta aberta hoje à noite eu venho dormir aqui.

– Tudo bem, você precisa ir e eu preciso voltar ao trabalho, daqui a pouco Rute vai vir atrás de mim e me puxar pelos cabelos.

Ele levanta se veste, me da um selinho e sai, eu me troco e vou trabalhar, com a volta de Rute hoje o dia vai ser cheio, já começo pegando a lista telefônica da mansão pra ligar pro jardineiro, pro cara que limpa piscina e os outros milhares de funcionários.

Vivendo uma mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora