Capítulo 26

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Adam

– Malu anda logo, o aeroporto é longe vamos nos atrasar.

– Calma Adam, já estou indo pode descer e levar as malas.

Faz mais de 1 hora que a Malu está se arrumando, por que tão demorada? Estamos prestes a ir pra Nova Jersey, deixei todos os meus casos pra outro detetive policial e estou assumindo alguns casos na cidade de Andover onde Malu mora por lá.

Por que estou fazendo isso? Mudando toda minha vida atual, na verdade nem eu sei sou um homem de mudanças gosto delas então aqui estou eu me mudando mais uma vez, esqueci de avisar meus pais, mas sei que eles entenderão.

Estou colocando as malas no taxi e quando me viro vejo Malu saindo do elevador, ela está simples e linda com uma calça jeans skinning, uma regata branca com uma jaqueta preta pendurada sob os ombros e um tênis. Ela vem em minha direção e vamos pro aeroporto durante o caminho percebo que está ansiosa...

Talvez esteja com saudade do namorado ou saudade da Sophie uma de suas melhores amigas descobri bastante sobre ela em nossas conversas essa semana, cada vez mais concluo que ela é incrível. Estamos no avião e uma forte turbulência começa, já não sou muito fã de avião com turbulência então.

Olho pra Malu e ela está calma como se nada estivesse acontecendo ela me olha e faz uma cara de tranquilidade, coloca as mãos sob as minhas e olha pra mim em sinal de que está tudo bem aquilo me deixa muito mais calmo, ela me deixa mais calmo.

– Ei, relaxa.

– É um bom momento pra gente falar coisas aleatórias pra se distrair.

Durante essa semana, conversamos tantas coisas, brincamos, trabalhamos. Foi uma semana intensa, parece que já a conheço a tanto tempo, combinamos de que em momentos ruins iriamos lançar assuntos aleatórios pra nos distrair do nervosismo ou tristeza.

–  An... algodão doce é um dos grandes prazeres da vida.

– É um dos né? Porque com toda certeza o maior é o prazer do sexo.

–  Uou Adam, não estava pensando tão longe poxa.

–  A qual é você não me parece nem uma inexperiente na área.

– Não sei, quer descobrir? – Diz Malu e logo vejo suas bochechas ficarem vermelhas – Olha eu não quis dizer isso, na verdade eu quis, mas não na intenção de...

– Ei tudo bem – Digo rindo – Eu gosto de algodão doce, mas prefiro frutas.

Ficamos conversando e realmente me distraio, quando percebo já estamos aterrissando, será que tem alguém a esperando? Ela não comentou nada, mas imagino que sim.

Estamos saindo do desembarque quando Malu solta as suas malas e saio correndo, levanto olhar e a vejo pendurada no pescoço de um cara dando diversos beijos nele, imagino eu que seja seu namorado, pego suas coisas e as minhas e sigo em direção a eles mesmo não querendo. O cara parece um playboyzinho o que provavelmente ele é, ele solta Malu assim que me vê...

– A obrigada por trazer as malas cara não precisava. – Diz ele achando que levei as malas até eles por um favor.

– Na verdade ele está comigo... Noah esse é o Adam e vice e versa – Diz ela meio sem graça.

– Você não me disse que estava acompanhada nessa viagem – Diz ele quase cuspindo as palavras em cima de Malu.

Parece que o idiota está se sentindo ameaçado, ele não deveria falar assim com ela na frente de outras pessoas, deveria pelo menos manter as aparências. Decido quebrar o clima pesado que ficou ali.

– É um prazer conhece-lo sou Adam Bouchard, um amigo de infância da Malu. – Digo e estendo a mão.

– Sou Noah Evans o NAMORADO dela – Diz e aperta minha mão com força.

– É melhor irmos indo, temos que deixar Adam em seu apartamento – Diz saindo de mãos dadas com ele na frente e virando-se disfarçadamente – obrigada – leio os lábios de Malu enquanto cochicha pra que ele não perceba, mexo a cabeça em sinal de que está tudo bem.

Durante o caminho só se ouve a música tocada na rádio, chegamos em frente ao apartamento alugado pela minha nova equipe policial, saio do carro e ajo naturalmente como se já conhecesse tudo por ali e morasse aí a um bom tempo.

Imagino que Malu não quer que saibam sobre o que aconteceu e muito menos sobre o que estou fazendo aqui, entro no apartamento e vejo que não tem nada a ver comigo, as paredes têm cores "mortas" e o piso parece antigo, nada que algumas mãos de tinta e uns pisos novos não resolvam.

Vivendo uma mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora