O silêncio predominara o ambiente por alguns minutos, os mesmo onde Toni se permitiu admirar a beleza angelical de Cheryl. O silêncio fora interrompido pela voz suave da garota de cabelos ruivos.
- Você acha que a mamãe vai demorar? - Cheryl perguntou, bocejando novamente. Toni já havia perdido as contas de quantas vezes vira Cheryl bocejar somente nos últimos dez minutos.
- Ela já deve estar chegando. Por que não descansa um pouquinho? Teve um dia exaustivo e ainda tem algumas boas horas para ele acabar. - Toni disse serenamente.
- Porque a mamãe me põe para dormir e se deita comigo. - Cheryl explicou. - Ela me conta histórias igual o papai fazia.
- Ela já deve estar vindo. - Toni disse, levando sua mão até os cabelos de Cheryl e acariciando.
- Você pode me pôr para dormir igual a mamãe faz? - Pediu com a voz fraca, seus olhos quase se fechando já tamanho era seu sono.
- Claro. - Toni disse. - Eu só, bem, não sei como ela faz isso. - Confessou um pouco embaraçada.
- Deita aqui comigo. - Cheryl instruiu e Toni a olhou receosa, mas os olhinhos vermelhos pelo sono a fizeram acatar seu pedido.
Toni subiu gentilmente na cama e se deitou ao lado Cheryl, vendo a garota se mover e se deitar sobre seu peito.
- Hoje eu vi um montão de gente, TT. - Cheryl disse, tendo os seus olhos já fechados.
- Por isso está tão cansada, imagino. - Cheryl moveu a cabeça em positivo.
- Pode me contar uma história? - Ela pediu baixinho e Toni levou uma mão ao cabelo dela, acariciando seu couro cabeludo lentamente e sorriu diante do pedido.
- Era uma vez uma linda princesa... [n/a: a história da princesa e a deliquente...quem sabe..]
Quando Penélope retornou ao quarto seu sorriso se abriu de uma forma terna, pois se deparou com Cheryl dormindo sobre Toni. Ela deduziu que Cheryl lhe pedira que contasse uma história. Oh, como ela amava histórias!
O mais bonito de tudo era que Toni também dormia pacificamente, tendo um braço sobre as costas de Cheryl, como se a protegesse dos males do mundo.
A mulher sentiu-se apenada por ter que acordar Toni, deduziu que a menina havia dormido pouco, única e inteiramente por ter passado a noite no hospital com ela e Cheryl.
- Querida... - A mulher chamou, balançando seu corpo delicadamente. Toni deu um salto, acordando assustada: Olhos arregalados e coração disparado.
- Oh, céus. Eu sinto muito. - Toni se aprontou em dizer. - Ela queria que eu...
- Contasse uma história. - Penélope completou sorrindo. - Eu sei, não se preocupe. Obrigada por isso. - Disse tranquilizando Toni. - Só te acordei porque suponho que queira comer algo e que precise voltar para a suas aulas práticas. - Os olhos de Toni se arregalaram e ela verificou seu relógio de pulso, se desvencilhando cuidadosamente de Cheryl' e descendo da cama.
- Obrigada por ter me acordado. Preciso realmente ir. - Toni disse, bocejando. Ainda se sentia muito cansada, mas o que poderia fazer?
- Obrigada você por ter cuidado dela para mim. Ela odeia ficar sozinha.
- Imagino. Ela disse que hoje viu várias pessoas. - Toni comentou, vendo Penélope assentir.
- Sim. O psiquiatra, a psicóloga, a imprensa, vários médicos diferentes. Por isso eu adiei de ver o fisioterapeuta, que no caso agora é você. - Penélope disse com um sorriso fraternal.
- Imagino que todos estejam querendo vê-la.
- Ela não liga, mas quando a imprensa perguntou se ela se sentia preparada para voltar para a vida, incluindo a vida amorosa, bem, ela começou a chorar.
- Perguntaram isso? - Toni se sobresaltou. - Como se atreveram? Eles não sabem que ela...
- Oh, querida, eles sabem, mas esses ratos fazem de tudo por audiência. Eu proibí a entrada deles aqui após isso. - Toni assentiu, já mais calma.
- Eu saio em quatro horas. - Toni informou um pouco constrangida pelo que se atreveria a dizer. - Quero que a senhora vá para a casa hoje, coma bem, tome um relaxante banho e descanse. Ficarei com ela.
- De maneira alguma. - Penélope disse séria. - Sei o quanto está cansada, querida.
- Mas pelo menos eu dormi algo. Amanhã começamos a fisioterapia, ela precisará de todo o seu apoio, se dormir estará cem por cento. - Toni disse.
- Mas você é a fisioterapeuta, também precisará estar cem por cento. - Penélope rebateu.
- E estarei. Dormirei pela madrugada aqui enquanto ela também dorme. - Toni explicou. - E caso eu não esteja cem por cento, de qualquer forma, eu não estarei sozinha, terei o acompanhamento do senhor Evernever. - Penélope suspirou e olhou para a filha.
- Tem certeza? - Indagou. - Digo, você já fez demais por ela e...
- Tenho. - Se antecedeu em dizer, vendo Penélope lhe fitar.
- Qualquer coisa, por menor que seja, você me liga. - Ela disse, vendo um sorriso se abrir no rosto de Toni.
- Vou precisar do número do seu telefone. - Três batidas na porta, que já estava aberta, fizeram as duas olharem na direção do som.
- Senhora Blossom? - A voz de Edgar perguntou apenas por perguntar, afinal sabia quem era a mulher.
- Pois não?
- Eu gostaria de falar com a senhora sobre a fisioterapia. - Penélope franziu o cenho.
- Já conversei com Ruppert e com Toni. Tudo já está acertado.
- Senhora, eu sei que você adora a Toni. - Ele começou, se aproximando, falando como se a garota não estivesse ali. - Mas comigo teremos um avanço mais rápido e eficiente. - Penélope assentiu e sorriu.
- Oh, fico muito feliz em saber que auxiliará Toni então. - Ela disse, vendo o homem entortar a boca em desaprovação.
- Eu quis dizer que sugiro que eu seja o fisioterapeuta principal. - Ele foi direto, fazendo Toni suspirar e colocar suas mãos no jaleco.
- Bem, acredito que eu não pago uma parcela astronômica por mês para este hospital para o senhor me sugerir algo, quando claramente o chefe do hospital já me certificou de que Toni é capaz.
- Ela é, porém...
- Ela ser capaz já é o suficiente para mim. Obrigada. - Ela disse séria. - Nos vemos amanhã e, como eu disse, que bom que estará lá para auxiliar Toni.
- Senhora Blossom, nos vemos mais tarde. - Toni disse um tanto constrangida por Edgar, vendo a mulher assentir. Os olhos castanhos se direcionaram para Cheryl e ela sorriu ao ver a expressão serena em seu rosto. Caminhou até a garota e se inclinou, deixando um beijo em sua testa, fazendo Penélope sorrir.
Definitivamente Toni cuidaria bem de sua filha na fisioterapia, mas algo em seu interior dizia que aquele cuidado ultrapassava a barreira do profissionalismo e Penélope, absolutamente, gostava daquilo.
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𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐛𝐥𝐢𝐧𝐤 𝐨𝐟 𝐚𝐧 𝐞𝐲𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢
Fiksi PenggemarCheryl Blossom tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para a Tailândia, porém, o destino lhes foi cruel, causando o choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o cam...