Capítulo 31

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As garotas se beijavam com afobação enquanto um filme qualquer rodava na televisão. Toni mal podia respirar, mas se negava a parar de beijar Cheryl. A garota gemeu baixinho quando Cheryl arrastou as unhas em suas costas por baixo da blusa e não resistiu em apertar com vontade a cintura de sua namorada, acariciando a barriga lentamente.

- TT, por favor... - Cheryl sussurrou em um choramingo, enquanto Toni desceu uma trilha de beijos ao longo do pescoço da garota.

Toni queria, Cheryl queria, então por que não? Foi o pensamento impulsivo de Toni que a fez deslizar sua mão para dentro da calça de moletom que Cheryl usava, a acariciando por cima da calcinha. Ela ofegou quando sentiu o quão úmida a calcinha da garota estava.

"Não vou fazer nada além de ajudá-la. Não vou ir mais além." Repetia em seu interior como um mantra.

- Isso é bom... - Cheryl gemeu baixinho, abrindo inconscientemente as pernas e fechando os olhos para desfrutar do toque de Toni.

- Eu vou te ajudar a parar a vontade, está bem? - Toni murmurou, vendo Cheryl assentir e voltar a colar as bocas.

Os dedos de Toni começaram a massagear o clitóris de Cheryl por cima do tecido, fazendo a garota se contorcer abaixo de si.

- TT, isso é muito gostoso... - Cheryl gemeu, mordendo o lábio inferior de Toni para abafar um gemido alto. Toni acelerou os movimentos, sentindo as unhas de Cheryl se arrastarem em suas costas.

- É? - Toni perguntou, quase explodindo em sua própria excitação.

- Sim, você está se aproveitando de mim. Todos sabem disso. Você é uma aproveitadora de inocentes.

Aproveitadora.

Aproveitadora.

Os olhos se abriram e Toni se sentou na cama, olhando tudo em volta. Maldito pesadelo dos infernos!

Sentiu o desconforto em sua intimidade e se levantou, trancou a porta e voltou a se deitar. Fazia quatro fins de semana desde o primeiro que Cheryl havia ido em sua casa e desde então não conseguia parar de se excitar com simples toques ou a ter aqueles sonhos onde Cheryl ou Penélope a acusavam de ser aproveitadora.

Ela sabia que não era, mas sabia que estava há tempo demais sem ter um orgasmo. Provavelmente era por isso que estava tão frustrada ultimamente. Isso acabaria ali, pensou.

Toni retirou toda a sua roupa e olhou no relógio, em menos de uma hora ela teria que ir buscar Cheryl, era uma rotina de seus fins de semana elas passarem ali, juntas, enquanto no meio de semana Toni iria visitá-la em sua casa pelas manhãs, afinal suas aulas práticas haviam voltado.

A garota suspirou e focou em Cheryl: Não seria errado se masturbar pensando nela agora, seria? Afinal ela não era tão inocente naquele assunto mais e já havia deixado claro para Toni que se excitava com ela. Tal pensamento fez Toni descer uma mão até sua clavícula e acariciar a região, descendo-a até seus seios. Seus dedos indicador e polegar se fecharam contra o bico entumescido e ela o apertou levemente, enquanto sua outra mão escorregava por sua barriga até alcançar seu clitóris.

Ela não precisava de muito, estava completamente excitada e, por isso, começou a massagear o nervo rígido, lembrando dos beijos quentes que já havia trocado com Cheryl, lembrando da maciez da pele da garota, da suavidade do toque dela contra seu corpo. Ela arqueou a coluna quando sentiu que estava perto.

Doce céus, quanto tempo não experimentava a sensação. Seu centro pulsava em clamor a um orgasmo quando Toni introduziu dois dedos em seu interior, gemendo baixinho com a sensação avassaladora que dominou os seus sentidos.

Ela começou um delicioso movimento de vaivém e, com o polegar, acariciava seu clitóris. Acelerou os movimentos quando sentiu que estava na borda, seu corpo já estava suado pelos movimentos rápidos e graças ao calor que a inundava, mas não estava sendo o suficiente, então apertou seu seio com mais vontade e retirou os dedos de dentro dela, os levando completamente encharcados até seu clitóris e começando a massagear o nervo com os dedos que antes estavam em seu interior. Ela gemeu ao sentir o quão molhada estava e acelerou ainda mais, aplicando mais pressão.

Estava chegando.

Estava chegando.

Podia senti-lo.

Todavia, batidas na porta a fizeram pular assustada.

- Quem é? - Toni perguntou, sentindo a frustração e o mau humor inundarem cada célula de seu ser.

- Cheryl e Penélope estão lá embaixo. - Sweet Pea gritou de volta, fazendo Toni estranhar. Era sempre ela que ia buscar Cheryl.

- Avise-as que vou tomar um banho bem rápido e em um segundo já desço. - Disse, recolhendo suas roupas do chão. - E diga para ficarem à vontade. - Avisou por fim, indo em direção ao banheiro.

Ela não conseguiria terminar o que havia começado, nunca funcionava por pressão, então nem se daria ao trabalho de tentar.

[...]

- Oi, coisa linda. - Toni disse assim que desceu da escada, dando um selinho em Cheryl, afinal Penélope já havia se acostumado, porque Cheryl se recusava a ter uma despedida sem um beijinho decente, como costumava chamar. - Olá, Penélope. - Toni disse, dando um beijo no rosto da mulher.

- Olá, criança. - Penélope respondeu gentilmente. - Não precisa fazer essa cara, só vim porque Cheryl alegava estar com saudades e queria te contar a novidade. - Falou rindo ao ver a expressão preocupada no rosto de Toni.

- Novidade? - Toni perguntou confusa, mas paralisou ao ver Cheryl se levantar do sofá e caminhar pela sala. Seus olhos percorreram o ambiente à procura das muletas, mas não as encontrou.

- Oh meu Deus... - Ela disse incrédula. - Eu estou... Estou tão feliz. - Toni exclamou, vendo Cheryl se aproximar dela e tocar seu rosto delicadamente.

- Por que está chorando, TT? - Cheryl perguntou, enxugando uma lágrima do rosto de Toni.

- Porque a minha namorada está complemente bem e isso faz muito feliz meu coração. São lágrimas de alegria, sua boba. - Toni explicou, colando sua testa na de Cheryl.

- Agora eu vou poder descer as escadas e preparar nosso café da manhã igual você faz para mim. - Cheryl disse sorrindo.

- Toni será que podemos conversar um momento antes de eu ir? - Penélope perguntou e Toni assentiu.

- Claro, como está? - Toni perguntou, dando um selinho em Cheryl e acenando com a cabeça para Penélope a seguir até a cozinha. - Eu estava pensando, se você quiser vir passar os domingos com a gente eu ficaria muito feliz. Não gosto da ideia de te deixar sozinha por um fim de semana todo.

- Cheryl anda exigindo uma certa liberdade normal para sua idade, prefiro não atrapalhar. - Penélope disse sem jeito, se ajeitando em uma das cadeiras dali. Toni imitou seu movimento e também se sentou.

- Imagina, Cheryl adora sua companhia e eu também. Não se preocupe com isso. - Toni disse, segurando a mão da mulher.

- Acredito que precisem de um momento de privacidade e, bem... - Ela limpou a garganta. - Meu limite de constrangimentos foi muito ultrapassado, então estou bem com isso. - Replicou rindo e Toni assentiu.

- Bem, sobre o que queria conversar? - A mais nova perguntou.

- Sobre, hm, vocês. - A mulher disse envergonhada. Toni arqueou uma sobrancelha.

Sobre elas? O que Penélope teria para falar, afinal?

-

rindo de nervoso e de vergonha, obv

𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐛𝐥𝐢𝐧𝐤 𝐨𝐟 𝐚𝐧 𝐞𝐲𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 Onde histórias criam vida. Descubra agora