- E então, Cheryl, como anda a vida? Eu tive que me afastar do trabalho e não sei mais nada de você. - A garota disse.
- Eu estou muito feliz. - Cheryl disse sorrindo. - Eu senti falta das suas aulas. Você me dava muita atenção, já a senhora Wofford parece me odiar. - Cheryl confessou rindo.
- Deve ser a idade. Quer tomar algo? Champanhe? Vinho? Cerveja? - A garota perguntou e Cheryl fez uma careta.
- Acho que não devo. - Cheryl disse. - Digo, você vai beber?
- Vou. - A garota respondeu.
- Não deveria, você disse que vai me levar de carro. - Cheryl disse e a garota lhe olhou.
- Uma taça não faz mal. Nunca burlou as regras? - Heather perguntou rindo, mas foi interrompida pelo barulho do celular de Cheryl.
- Só um minuto.
- Oh, depois você atende. Me conte: Como assim está namorando? - Ela disse rindo. - Essa fisioterapeuta não foi muito ética, hm?
- Por quê? - Cheryl perguntou confusa.
- Porque namorar um paciente não é correto.
- Que bom que não sou mais paciente dela, então. - Cheryl disse e a garota assentiu.
- Vamos, tome uma taça de vinho comigo. - Heather insistiu e Cheryl entortou a boca.
- Mas só uma, está bem?
- Está bem. - A garota disse, entregando uma taça a Cheryl e pegando uma para si. - Está calor aqui não está? - Ela perguntou após finalizar a taça.
- Um pouco. - Cheryl disse, vendo a garota retirar a jaqueta de seu corpo.
- Mas então, aí eu fiquei dois dias para ensinar a ele o que você aprendeu em meia hora. - Heather disse rindo enquanto conversavam e Cheryl sorriu. - Ele é muito burro, às vezes não tenho paciência. - Cheryl encerrou o sorriso no mesmo instante, franzindo o cenho.
- A TT disse que cada um leva um tempo diferente. Não deveria ofendê-lo assim.
- Desculpe, claro. - Heather disse limpando a garganta. - Deve ser o álcool.
- Eu acho que vou preferir chamar minha mãe para me buscar. Já é sua terceira taça. - Cheryl disse, vendo Heather encher mais uma.
- Eu dirijo bem mesmo quando bebo.
- Você não entende, não é? - Cheryl perguntou um pouco irritada. - Eu fiquei quatorze anos em coma por um acidente de carro. Você acha mesmo que vou entrar no seu sendo que está bebendo?
- Heey, desculpe. - Heather disse suspirando e soltando a taça. - Prometo não beber mais.
- De dedinho?
- Bem, sim. - Heather disse um pouco confusa e Cheryl assentiu, vendo a outra se sentar. - Enfim, você viu como sua namorada olhou para mim? Acho que ela não gostou muito de mim. Será que ela vai brigar se você ficar até um pouco mais tarde? Comprei três livros que você vai adorar.
- A TT não vai brigar comigo por isso.
- Ela confia assim em você? O olhar dela não pareceu aprovar você vir para cá.
- Ela é um pouco superprotetora, mas eu a entendo. Ela está trabalhando esse lado. - Cheryl disse.
- Tem certeza? - Heather perguntou e Cheryl assentiu.- Então vou buscá-los. - Cheryl assentiu, não percebendo seu celular apitar "bateria fraca".
[...]
- Olá, Penélope. - Toni disse com um sorriso exausto no rosto. - Só vim dar um beijo na Cheryl porque eu disse que passaria aqui, mas estou muito cansada para ficar.
- Huh, pensei que ela tivesse ficado em sua casa. - Penélope disse confusa. - Ela não veio para casa.
- Ela ficou com Heather, uma das professoras dela. - Toni disse.
- Oh. Acho que você quis dizer ex-professora, afinal tem alguns meses que ela não dá aulas para Cheryl. - Toni assentiu sorrindo fraco.
"Uma pequena confusão na hora de se apresentar, normal." Toni pensou.
- Entre, vou ligar para ela. - Toni assentiu e entrou na casa, se sentando no sofá enquanto Penélope usava o telefone. - Cai direto na caixa postal.
- Deve ter descarregado. - Toni disse. - Essa Heather é alguém confiável? - Toni perguntou.
- É uma boa moça com um currículo impecável, mas não conheço sua vida pessoal. - Penélope disse e Toni assentiu.
- Ela deve ter perdido a noção do tempo. - A menor disse. - Parecia que não se viam há muito tempo mesmo. Se incomoda se eu esperar um pouco? Ela ficaria chateada se eu não cumprisse o que disse que faria, no caso: Vir aqui.
- De forma alguma. - Penélope disse, se sentando ao lado de Toni. Conversaram por quase uma hora e um sorriso triste cruzou os lábios de Toni ao ver que já havia passado muito tempo.
- Volto outro dia, Cheryl deve estar se divertindo e eu adoraria esperar, mas estou realmente muito cansada. - Ela disse, se levantando. - Precisa de algo?
- Não se preocupe comigo, querida. Estou bem. - Penélope disse sorrindo gentilmente.
- Então já vou indo. Diga a ela para me avisar quando chegar, por favor? Assim fico menos preocupada.
- Direi. - Penélope disse, vendo Toni se inclinar e lhe dar um beijo no rosto antes de sair.
Penélope assistía televisão quando viu um táxi encostar e a porta ser aberta, para logo Cheryl entrar.
- Onde esteve, mocinha?
- Com a Heather, mãe. Ela tem uma coleção de livros. - Cheryl disse com os olhos brilhando. - Amanhã ela me chamou para ir lá de novo.
- Oh. - Penélope disse. - Toni esteve aqui. - Cheryl fechou os olhos e fez uma careta.
- Eu me esqueci totalmente. - Cheryl disse. - Não vi meu celular descarregar e quando vi já era noite.
- Ela pediu para você ligar para ela quando chegasse. - Cheryl assentiu e correu para as escadas. - Cheryl! - Sua mãe chamou. - Mantenha os olhos abertos, criança. Você pode ser ingênua às vezes, mas eu vi como aquela Heather te olhava.
- Ela é só minha amiga, mamãe. Eu juro. - Penélope sorriu e assentiu.
- Eu sei, meu amor, confio em você. Só estou dizendo para tomar cuidado e ficar de olhos abertos.
- Sim, senhora. - Cheryl disse, subindo as escadas e ligando para Toni do telefone fixo. Só chamou, provavelmente Toni dormia ou estava no banho e então Cheryl colocou seu celular na tomada e mandou mensagem para sua namorada.
"Me perdoa não ter chegado a tempo. Meu celular descarregou e perdi noção da hora. Vem me ver amanhã cedo? Te amo."
-
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𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐛𝐥𝐢𝐧𝐤 𝐨𝐟 𝐚𝐧 𝐞𝐲𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢
FanfictionCheryl Blossom tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para a Tailândia, porém, o destino lhes foi cruel, causando o choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o cam...