Capítulo 23

6.2K 557 332
                                    

Esse capítulo é tão iti malia, ah é todos os capítulos são kkkkkkkk

Boa leitura!💗

-

De todas as coisas que Toni já havia feito em sua vida, essa definitivamente era uma das mais corretas, julgada por ela. Seu dedo voltou a pressionar a campainha e no segundo seguinte Penélope abriu a porta.

- Olá! - Penélope recepcionou com um enorme sorriso. - Por favor, entrem. - Ela disse para Toni e seus amigos. Todos haviam sido convidados para a ceia de Natal, afinal quanto mais gente melhor para Penélope. Este seria o primeiro natal que passaria em sua casa desde que se acidentaram anos atrás. O primeiro natal que passaria longe do hospital.

- Eu gostaria de agradecer por ter convidado meus amigos. - Toni disse, entrando na casa. Toni apresentou Betty à Penélope e todos retiraram seus casacos, dando uma boa olhada pela casa. Os olhos de Toni se prenderam em Cheryl, mas ela os desviou rapidamente. Primeiro tinha algo que fazer. - Podemos conversar um minuto a sós, Penélope?

- Bem... - Penélope disse arqueando uma sobrancelha. - Claro, me acompanhe até a cozinha. - Pediu. - Vocês fiquem à vontade. Já voltamos.

Toni acompanhou Penélope até o cômodo, sentindo o delicioso cheiro de algumas coisas que já estavam sendo preparadas. A empregada estava cozinhando, porém Toni não se importou com sua presença, afinal a mulher usava fones de ouvido e dançava feito louca enquanto cortava algumas batatas.

- Pois não? - Penélope perguntou e Toni suspirou, vendo a mais velha se debruçar sobre o balcão.

- É sobre a Cheryl. - Disse, vendo Penélope piscar ainda calada, esperando por algo a mais.

- O que tem ela? - Perguntou naturalmente.

- Hm, ontem ela... Digo, isso já veio de antes, desde o assunto das flores. - Penélope franziu o cenho, segurando o riso pelo aparente nervosismo de Toni. - A massagem também foi um sinal, mas talvez ela nem saiba o que esteja passando.

- Compreendo. - Penélope disse, balançando a cabeça, fazendo Toni gargalhar no momento seguinte.

- Desculpe. Não falei nada coerente, é que estou muito nervosa. - Disse, enxugando o suor das mãos na calça jeans.

- Tudo bem, querida. Não se preocupe. - Penélope disse com gentileza.

- Eu não sei bem como isso aconteceu, mas eu gosto da sua filha de um jeito mais intenso do que eu creio que deveria. Eu peço perdão por isso, eu realmente não sei como controlar e eu não quero que a senhora pense que eu estou me aproveitando dela, porque eu não estou.

- Gosta dela romanticamente, você quer dizer? - Penélope perguntou e Toni assentiu um pouco hesitante.

- Ontem ela meio que, hm, me beijou. - Confessou temerosa. - Não foi um beijão, foi um simples esbarrar de lábios, mas eu definitivamente não queria te esconder isso. Se a senhora achar que devo me afastar eu entenderei, apesar de realmente querer ficar por perto.

- Eu já sabia sobre o beijo. - Penélope disse, vendo Toni a olhar surpresa. - E não quero que se afaste de Cheryl, Toni. De onde tirou isso?

- Não sei. Só entendo que ela tem coisas para lidar: A fisioterapia, as aulas, a readaptação com tudo.

- E você faz tudo isso ser mais fácil para ela. - Penélope disse. - Olhe, criança, se você for paciente e não for machucar a minha menina, estou mais do que de acordo com isso. - Confessou. - Conversei com a Cheryl ontem, ela está confusa e acha que você está brava com ela. - Compartilhou. - Isso não será fácil, ela ainda é, na maioria das vezes, a Cheryl ingênua.

- Eu sei. - Toni disse, ligeiramente mais aliviada. - Eu não pretendo acelerar as coisas. Eu sequer sei como agir, para ser sincera. - Confessou envergonhada.

- Que tal agir como sempre, hm? - Penélope propôs. - Isso realmente soa agradável para todos.

Após a conversa com Penélope, ambas voltaram à sala. Todos estavam sentados no sofá devorando algumas jujubas que Cheryl havia oferecido. Os olhos de Toni focaram em Cheryl, ela usava um vestido vermelho com as bordas pretas rendadas.

- Oi. - Toni disse docemente assim que se aproximou de Cheryl. A ruiva estava ao lado da árvore de natal com Yoshi sobre as pernas, na cadeira de rodas.

- O Yoshi sentiu saudades, TT. - Cheryl disse, vendo Toni sorrir e se abaixar diante dela.

- Só o Yoshi? - Cheryl olhou para os pisca-piscas da árvores de natal um pouco hesitante.

- A mamãe também. - Toni não resistiu em rir.

- Eu também senti saudades. - Disse, apesar de ter passado apenas vinte e quatro horas. - E de você mais ainda. - Os olhos castanhos da ruiva encontraram os castanhos de Toni e Cheryl sentiu seu coração saltar em seu peito.

- Você não ficou brava? - Ela perguntou e Toni negou com a cabeça.

- Não fiquei. - Confessou. - Acho que te devo um pedido de desculpas.

- Por quê?

- Por ter saído daquele jeito ontem e, provavelmente, ter te deixado confusa. Não foi a minha intenção. - Cheryl piscou algumas vezes antes de dizer algo.

- Você caiu na neve? - Toni riu e mordeu seu lábio inferior.

- Sim. - Disse, vendo os olhos de Cheryl percorrerem seu corpo em busca de algum hematoma. - Não se preocupe, a blusa amorteceu a queda.

- TT... - Cheryl chamou com o dedo indicador, fazendo Toni se inclinar para que ela pudesse dizer algo em seu ouvido. - Me desculpa?

- Por quê? - Toni perguntou confusa.

- Por ontem. - Confessou acariciando o ursinho em seu colo. - Por tudo. Eu não quero que você vá embora porque eu sou uma boba.

- Você não é uma boba, Cheryl. Eu que fui. - Toni disse.

- Você não, TT. - Cheryl disse com veemência. - Eu prometo não fazer de novo. - Os olhos de Toni foram atraídos pela alta risada de Sweet Pea, que comia um cachorro quente que uma das empregadas estava servindo enquanto conversava com Penélope e seus amigos.

- Eu gostei do que você fez, Cheryl. Eu só... Não estava preparada. - Toni informou, vendo Cheryl começar a acariciar sua mão, que estava sobre sua perna.

- Não ficou brava mesmo? Jura de dedinho?

- Juro, princesinha, mas me diz, por que fez aquilo? - Cheryl pareceu pensar por alguns milésimos de segundos.

- Não sei, parecia certo. - Disse brincando com os dedos da menor. - Eu gostei, mas você foi embora.

- Prometo nunca mais ir embora assim, tudo bem? - Toni disse, se levantando e deixando um demorado beijo na testa de Cheryl.

- Tudo bem. - Disse, tendo o início de um sorriso nascendo em seus lábios. - TT, adivinha quantos dedos tem aqui? - Disse, tampando os olhos de Toni com uma mão e estendendo outra com três dedos esticados.

- Hmm, deixa eu ver... cinco. - Toni chutou e Cheryl retirou sua mão da frente do olho de Toni para que ela pudesse ver.

- Errou! - Disse rindo.

- Não errei não. Tem cinco dedos, dois abaixados e três esticados. Você não especificou. - Cheryl entortou a boca e franziu o cenho, parecendo verdadeiramente pensativa.

- Tem razão. Não valeu! - Disse, repetindo a situação enquanto Toni ria.

Ah! Como ela adorava estar por perto de Cheryl.

-

𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐛𝐥𝐢𝐧𝐤 𝐨𝐟 𝐚𝐧 𝐞𝐲𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 Onde histórias criam vida. Descubra agora