Capítulo 24

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- Mamãe, eu posso pedir algo de presente de natal? - Cheryl perguntou, fazendo sua mãe lhe fitar.

- Querida, não posso comprar mais nada agora, já é quase meia noite. - Sua mãe informou enquanto comia.

- Não, mamãe. Não é nada que precise comprar.

- Então diga, querida.

- Posso mostrar meu quarto para a TT? O James está aqui hoje, ele pode me levar lá em cima. - Toni, que limpava o canto de sua boca com o guardanapo olhou surpresa para Cheryl.

- Eu fiz certo em não comer nada durante o dia. Isso aqui está uma delícia. - Fangs mencionou, alheio às pessoas na mesa.

- Já terminaram de comer, hm? Então, sim, querida. Podem ir. - Penélope disse, chamando James no momento seguinte. - Toni, só se certifique de descerem antes da meia noite para abrirmos os presentes.

- Pode deixar comigo. - Ela disse, vendo James adentrar a cozinha e começar a empurrar a cadeira de Cheryl até a escaria da sala. A garota se levantou e viu Sweet Pea sussurrar algo que a fez enrubescer:

- Tchuneves. - O rapaz sibilou sem que a mãe da garota pudesse ver. Ele ergueu seu corpo, simulando uma investida em alguém e logo tremeu os dedos no ar, como se estivesse masturbando uma mulher.

Toni ignorou a ação estúpida e indecente de seu amigo, até porque sabia que ele estava apenas brincando, e seguiu Cheryl e James, pedindo licença antes de sair da cozinha. O homem embalou Cheryl nos braços e a levou escada acima, a colocando na cadeira de rodas que tinha no piso superior.

- Obrigada, deixa que daqui eu consigo. - Toni disse gentilmente, fazendo o homem assentir e voltar para a sua refeição.

- É na última porta, TT. - Cheryl explicou, apontando para o fim do corredor.

- Sim, senhora. - Toni brincou, rindo.

- É senhorita, TT. Eu não sou casada. - Cheryl disse e Toni riu, chegando ao fim do corredor.

Cheryl empurrou com a mão a porta branca e os olhos de Toni se encantaram com o que viram. Havia pequenas fadas de gesso para todos os lados. Sobre sua cama havia as que se sustentavam por um pequeno fio de Nylon transparente, dando a sensação de que voavam. O tilintar dos metais pendurados que se esbarravam pelo vento que provinha da janela aberta soou como melodia para Toni. A sensação de que havia entrado no mundo do Peter Pan, no mundo dos sonhos, era bem real.

- O seu quarto é incrível. - Toni comentou completamente embasbacada com tudo.

- Eu gosto muito de fadas. - Ela confessou, entrelaçando seus dedos com os de Toni quando a menor parou ao seu lado. - Você se parece com elas. - O pescoço de Toni, na mesma hora, se virou de encontro com Cheryl, surpresa demais ao ouvir aquilo.

- Pareço? - Perguntou, vendo Cheryl assentir e puxar seu braço. A menor entendeu o recado e se inclinou, colocando as duas mãos, uma de cada lado, no apoio braçal da cadeira de rodas de Cheryl.

- Sim. - Cheryl disse, levando sua mão aberta até o rosto de Toni e acariciando. - A sua pele é macia igual a delas parece ser. - Disse pondo toda a atenção de seus olhos nos traços de Toni. - E você é fisicamente delicada e meiga igual elas.

- Uau. - Toni sentiu-se completamente lisonjeada.

- E a sua voz é doce. - Disse suspirando. - E os seus olhos são cativantes. Você só não tem asinhas, mas eu acho que você cortou elas para enganar todo mundo. - Disse franzindo o cenho. - Sabe mais o que eu acho, TT?

- Não. O quê? - Toni perguntou sorrindo.

- Que você é uma fada disfarçada. - Disse acariciando o rosto de Toni, presa demais à beleza inegável da garota. - E que você apareceu na minha vida e jogou seu pózinho mágico de fada em mim e por isso eu acordei.

- Você acha mesmo isso? - Toni perguntou sorrindo, extremamente encantada com as palavras de Cheryl.

- Sim. Você é a minha fada. A fada TT. - Toni riu graciosamente. Cheryl a via de uma maneira tão pura e linda que foi impossível não se sentir transbordando emoção.

- Meu coração é fraco demais para aguentar tanto elogio de você. - Toni brincou rindo.

- TT, me conta uma história de pirata? - Cheryl pediu, fazendo dois "O's" com as mãos e as levando aos próprios olhos, como se fosse um binóculo.

- Acho que não conheço nenhuma assim. - Toni disse. - Vem, vou te ajeitar na sua cama para você ficar mais confortável. - Dito isso, fechou a janela, pois estava muito frio e empurrou a cadeira de rodas até a beira da cama. Ela levantou Cheryl nos braços, a colocando sobre cama. A maior se arrastou até o cantinho e franziu o cenho.

- Ops. Eu não deveria querer ouvir histórias. - Disse com a expressão repleta de culpa.

- Tem uma onde Toni é pirata, mas em só uma parte da história.

- Por quê? - Cheryl perguntou curiosamente.

- Porque é uma história sobre reencarnações. Se chama "O amor nunca morre." - Explicou, se sentando na cama.

- Deita aqui, TT. Já falei que gosto de você pertinho. - Cheryl disse e Toni sorriu, obedecendo-a. Deixou apenas seus pés para fora da cama e se recostou na cabeceira, tendo Cheryl se encostando em seu corpo.

- Melhor assim? - Toni perguntou e viu Cheryl assentir.

- Onde você aprendeu tanta história? - Cheryl perguntou.

- Eu nunca tive tantos amigos, nunca fui muito sociável, então passava todo o meu tempo estudando ou lendo por hobby.

- Oh! - Cheryl expressou. - TT, a mamãe vai brigar comigo. - Cheryl disse, coçando os olhos.

- Por quê?

- Porque eu estou com sono. Não vou aguentar meia noite. - Disse, bocejando no momento seguinte. Toni se esquivou dela e retirou os seus sapatos, fazendo o mesmo consigo mesma.

- Vem aqui. - Toni chamou assim que se deitou de vez na cama. Cheryl não hesitou em se aconchegar nos braços da garota, afinal ela adorava estar ali.

- Você vai ficar aqui comigo? - Cheryl indagou, fechando os olhos ao sentir o carinho de Toni em seus cabelos.

- Assim que você dormir eu chamo a sua mãe para vir vestir roupas mais confortáveis em você. - Toni disse.

- Dorme comigo hoje? - Cheryl pediu.

- Não sei se devo. - Toni disse verdadeiramente.

- Eu peço para a mamãe como presente de natal. - Disse, se forçando a manter-se acordada.

- Pensei que já tivesse pedido para eu conhecer o seu quarto. - Toni disse rindo, jamais cessando suas carícias.

- Dormi por quatorze anos, TT. Tenho mais treze pedidos de natal. - Cheryl disse, fazendo Toni gargalhar.

- Muito bem pensado. - Ela disse suavemente, depositando um beijo na testa de Cheryl.

- Você não vai descer para abrir os seus presentes? - Cheryl perguntou, se aconchegando melhor sobre o corpo quente de Toni.

- Meu melhor presente de natal é poder passar um tempinho com você. - Sussurrou, sentindo Cheryl suspirar sobre si.

- Boa noite, TT. - Cheryl sussurrou, totalmente dopada de sono. - Feliz natal para a minha fada. - Toni sorriu bobamente.

- Boa noite, Cherry. - Retribuiu. - E feliz natal para a minha princesinha.

-

AAAAAAAAA ELAS SÃO MUITO FOFAS❤❤❤❤❤

não sei se vou voltar hoje, me desculpem :( eu acho que vou pro hospital...mas não quero, só vou se minha mãe obrigar mesmo k

𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐛𝐥𝐢𝐧𝐤 𝐨𝐟 𝐚𝐧 𝐞𝐲𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 Onde histórias criam vida. Descubra agora