Capítulo 38

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- Você pode subir, querida. - Penélope disse sorrindo e Toni se aproximou dela, dando um forte abraço.

- Que saudade da senhora. - Toni disse sorrindo assim que encerrou o abraço. - Não tive tempo de vir aqui esta semana, sinto muito.

- Não se preocupe. - Penélope disse. - Oh, estou te preparando uns biscoitos incríveis, mais tarde pedirei para Cheryl ir te levar na sua casa.

- Se não é a melhor sogra do mundo, provavelmente a disputa será acirrada com a número um.  - Toni disse rindo. - Muito obrigada.

- Não há de quê. - Disse acariciando a mão de Toni. - Agora suba, pois Cheryl fala de irem comprar esse carro desde a semana passada.

- Sim, eu iria com ela na semana passada, mas tive que trocar meu turno naquela semana. - Toni explicou. - Vou lá, com licença.

- Fique à vontade. - Toni ouviu Penélope dizer antes de subir as escadas. Caminhou até o quarto de Cheryl e deu três batidas na porta.

- Entre! - Ouviu a voz de sua namorada proferir e sorriu, fazia dois dias que não a via.

- É aqui que mandaram entregar uma namorada cheia de saudade? - Toni perguntou sorrindo e Cheryl a olhou com os olhos brilhando.

- TT... - Cheryl disse animada e se levantou, correndo até sua namorada e dando um abraço forte antes de colar os lábios em um selinho demorado.

- Heey, está fazendo mudanças, hm? - Toni disse ao reparar algumas coisas sendo tiradas das paredes do quarto de Cheryl.

- Sim, meu quarto não condiz com minha idade, mas não sei o que tirar, eu gosto de tudo. - Toni assentiu e puxou Cheryl pela mão, a fazendo se sentar em seu colo antes de envolver as mãos ao redor de seu corpo.

- Olha, você não precisa tirar as fadas por essa besteira de idade. - Toni alegou. - Eu mesma sou apaixonada por seres místicos e se pudesse teria um quarto igual ao seu.

- Sério? - Cheryl perguntou e Toni assentiu.

- Muito sério. Então se você quiser mudar o estilo do seu quarto porque enjoou eu até te ajudo, porém se for para se encaixar nos padrões da sociedade esqueça isso.

- Me ajudaria mesmo?

- Claro. - Toni disse e Cheryl sorriu. - Só não quero que aceite nenhum dos pôsteres da Veronica, vai ter mulher pelada neles, tenho certeza, e vou ficar com ciúmes. - Toni disse rindo e Cheryl abriu a boca surpresa.

- TT! - Cheryl disse antes de afundar a cabeça no pescoço de Toni.

- Só disse verdades. - Toni disse rindo.

- Já que entramos nesse assunto... - Cheryl começou, acariciando a clavícula de Toni um pouco sem jeito. - Eu consegui fazer sozinha. - Toni piscou lentamente até entender do que Cheryl se referia.

- Você não... não precisa me dizer isso. - Toni disse mordendo seu lábio inferior.

- Achei justo dizer, afinal eu pensei em você. - Cheryl disse e Toni podia jurar que havia um pouco de malícia na voz que geralmente saía inocente.

- Sua mãe pode aparecer, a porta está... - Toni começou, arfando e fechando os olhos lentamente ao sentir beijos suaves de Cheryl em seu pescoço. - Aberta.

- Você já fez isso pensando em mim? - Cheryl perguntou, lhe olhando antes de morder o lábio inferior de Toni.

- Já. - Toni confessou. - Mas nunca consegui terminar, você sabe... sempre alguém atrapalhava. - Revelou sentindo os braços de Cheryl se enroscaram em seu pescoço.

- Eu poderia te ajudar com isso, TT. - Cheryl sussurrou e Toni sentiu seu corpo esquentar de repente, fazendo sua respiração ficar descompassada.

- Você está se tornando uma provocadorazinha experiente. - Toni disse franzindo os olhos e Cheryl sorriu, assentindo.

- Estou, não estou? - Perguntou rindo, antes de acariciar a nuca de Toni e se inclinar, capturando seus lábios em um beijo manso.

Toni gemeu baixinho diante da saudade que havia sentido daquele contato; jamais se cansaria daquele beijo. Toni apertou as mãos na cintura de Cheryl ao sentir uma mão da garota descer e adentrar sua blusa, acariciando sua barriga.

- Senti saudade... - Cheryl sussurrou antes de voltar a aprofundar o beijo, fazendo o coração de Toni acelerar ainda mais quando uma mão da garota subiu por dentro de sua blusa. - Posso te tocar?

- A porta, amor... - Toni sussurrou quase sem ar e Cheryl se levantou, indo fechar a porta às pressas.

- Problema resolvido. - Cheryl disse antes de voltar para o colo de Toni. - E agora? - Perguntou enchendo de beijos lentos na clavícula de sua namorada.

- Pode... - Toni soltou em um fio de voz, sentindo a mão quente de Cheryl rodear seu seio no instante seguinte por debaixo da blusa e apertá-lo sem usar muita força.

A menor gemeu baixinho e sentiu seus seios entumescerem diante do toque.

- Eu adoro o fato de você quase nunca usar sutiã. - Cheryl disse baixinho. - Quase sempre consigo ver o formato deles. - Ela disse, voltando a beijar Toni de uma forma intensa.

Toni mordeu o lábio inferior de Cheryl e apertou mais sua cintura, porém seus olhos focaram no relógio no meio da parede atrás de Cheryl.

- Isso tudo está muito, muito gostoso, amor, mas precisamos ir comprar logo esse carro. Preciso ir trabalhar. - Toni disse com dificuldade, fazendo Cheryl retirar a mão de seu seio antes de lhe dar um selinho.

- Está bem. - Ela concordou, se levantando do colo de Toni e a puxando pela mão.

[...]

Toni ouvia atentamente o que o vendedor dizia sobre um dos carros enquanto tinha os braços passados pelo ombro de Cheryl, tendo uma de suas mãos entrelaçada com a de Cheryl.

- Como disse que se chamava mesmo? - Cheryl perguntou e o homem sorriu gentilmente para ela.

- Juan. - Ele informou e Cheryl assentiu.

- Então, Juan. Eu realmente não estou nada feliz de que você tenha dito que este é o modelo mais econômico e o último modelo lançado, sendo que você e eu sabemos muito bem que este modelo não chega a ser sequer econômico e ele tem um modelo que foi lançado depois dele. - Cheryl disse tranquilamente. - Então eu peço encarecidamente que não minta, porque minha namorada está disposta a comprar um carro para ela, praticamente de aniversário, e não ficarei nada contente se por ventura ela vir a odiar o bem que comprar. - O homem lhe olhou desconcertado e Toni a fitou boquiaberta.

- Eu... Eu sinto muito, senhorita. - Ele disse.

- Não sinta. Olha só, parece que temos outra vendedora logo ali, obrigada, não precisamos mais dos seus serviços. - Cheryl disse, puxando Toni em direção a outra vendedora.

- Como sabe tudo aquilo? - Toni perguntou baixo e Cheryl sorriu, lhe dando um beijo no rosto.

- No hospital só tinha revista de moda e de carro. - Cheryl disse rindo.

- Você absorve muito fácil o que lê, sabia? Não sei se tenho orgulho ou inveja. - Toni disse rindo, dando um selinho em Cheryl antes de se aproximar da vendedora.

- Pode ter os dois. Eu deixo. - E, diante do riso gracioso de Toni, Cheryl inevitavelmente sorriu junto.

-

𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐛𝐥𝐢𝐧𝐤 𝐨𝐟 𝐚𝐧 𝐞𝐲𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 Onde histórias criam vida. Descubra agora