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Dois anos depois

- Você precisa parar de chorar, cariño. - Isco diz colocando sua mão destra sobre o ombro da mulher que fungava a cada instante.

- Ela cresceu tão rápido. - Melanie sussurra com a voz embargada, enquanto a filha se olhava no reflexo da porta do carro.

Luna tinha agora quase seus três anos e caminhava confiante em sua farda escolar, com uma mochila rosa nas costas e o cabelo preso em um rabo de cavalo, envolto com ataquinhas brilhantes. Era seu primeiro dia na escola, o que significava pra Melanie, um grande passo na vida da mais nova da família.

Durante os primeiros anos de Luna, Melanie esteve o mais perto possível da filha. Sofria todos os dias que precisava ir trabalhar e deixava a pequena sobre os cuidados de Maria e rezava para que o fim do dia rezasse e ela pudesse chegar em casa e abraçar as crianças que a esperavam.

- Mãe, a gente vai estar lá com ela. - Mateo diz se referindo a ele e a Isquinho. Um com seis e o outro com oito anos. - Não é como se ela fosse ser morta. É só a escola.

Isco riu da fala do enteado e abraçou a mulher de lado, apoiando sua cabeça no topo da a cabeça dela. Mateo era a cópia fiel da mãe, sempre com uma resposta inusitada na ponta da língua, esperando o momento certo para ser dita.

- Para de chorar, amor. Desse jeito vai traumatizar a Luna antes dela chegar na escola. - O jogador pediu quando a pequena caminhou até seus irmãos, ajeitando sua bolsa nas costas.

- Tchau, mãe. Tchau, pai. - A garotinha acenou para os pais que rapidamente acenaram de volta. Isco com um sorriso largo no rosto e Melanie com uma expressão de choro nítida.

- Vão logo, antes que ela pegue a Luna e volte correndo pra casa. - Isco diz aos dois garotos que riem do comentário do mais velho e seguram a mão da irmã, cada um de um lado, a acompanhando para o interior da escola.

Assim que os pais perdem os filhos de vista, Melanie se vira para o esposo e o abraça, deixando todo o choro que surpreendentemente ela tentava controlar, vir a tona.

- Amor, são apenas quatro horas longe dela. Nós passamos mais tempo em nossos trabalhos. - O jogador tenta acalmar a esposa, mas ele a entendia. Era um novo passo na vida da filha, era como se um novo degrau da escada da vida tivesse acabado de ser deixado para trás. Ela não era mais a garotinha que passava o dia em casa com a cuidadora ou aquela que dia ou outro aparecia na Ciudad afim de ficar mais perto dos pais, agora ela iria para a escola, faria amizades que não se resumiriam aos irmãos e aos filhos dos amigos dos pais, faria amizades por conta própria, aprenderia novas coisas, cresceria ainda mais. E quando eles menos esperassem ela já seria uma adolescente com sua própria vida e sua individualidade.

- Eu não consigo parar de chorar. - Melanie sussurra entre os soluços e aperta com mais força o corpo do marido que sorri fraco e beija os cabelos da esposa.

- Tudo bem. Vamos para casa. - Ele diz olhando o rosto dela que adquiriu um tom vermelho, enquanto os olhos e o nariz pareciam inchados.

 - Ele diz olhando o rosto dela que adquiriu um tom vermelho, enquanto os olhos e o nariz pareciam inchados

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- Ali estão eles. - Melanie apontou e acenou eufórica para o trio de crianças que caminhavam até a saída da escola.

Ao ver os pais lhe esperando, Luna logo correu até os dois adultos e Melanie rapidamente se abaixou para pegá-la nos braços e a abraça-la contra seu peito.

A garotinha tinha um sorriso largo nos lábios e não tardou a mostrar o pirulito que havia ganhado de sua professora em seu primeiro dia de aula.

- Olha o que você ganhou! - A mãe disse animada ao ver a alegria da filha. - Gostou do primeiro dia de escola? - Ela perguntou e a viu afirmar com a cabeça sem pensar duas vezes.

- Papai, um menino disse que o pai dele é muito seu fã. - Ela contou olhando para o pai que até então apenas observava a cena. - A tia pediu pra a gente falar nosso nome, o dos pais e um pouco da nossa vida, para a gente se conhecer melhor- Ela explicou.

- E o que você respondeu pra ele? - O jogador perguntou a Luna que sorriu largo.

- Eu disse que antes de ser um bom jogador, o senhor é o melhor pai do mundo! - Ela abriu os braços na tentativa de mostrar o quão bom pai Isco era. Ele sorriu e beijou a lateral da testa da filha.

- Ok. Ok. Vamos para casa que eu tenho certeza que essa duplinha sapeca aqui está com fome. - Melanie disse apontando para os dois garotos entretidos em alguma conversa entre eles, mas assim que escutaram a menção sobre comida, colocaram toda a atenção na mulher de frente a eles.

- Vamos! - Os dois responderam em conjunto e se aproximaram mais do casal.

Os cinco caminharam até o carro, onde foram colocados em seus acentos corretamente e logo partiram viagem até a casa.

Melanie caminhou até a cozinha, afim de fazer um lanche para si e para os demais. Enquanto Isco se responsabilizou de ficar olhando as três crianças, no intuito de impedir que um incêndio ou uma agressão pudesse surgir daquela relação tão intensa entre irmãos.

E assim era a família que eles tinham formado, podiam ter suas agitações, podiam ter suas particularidades, mas acima de tudo e de qualquer coisa, eles tinham muito amor um pelo outro. Um amor que iria além de qualquer coisa, um amor companheiro, sincero, humilde, um amor que os faziam cuidar com carinho daqueles que habitavam aquela casa. Um amor imenso.

*~*~*~*

Olá, meus amores!!!

Penúltimo capítulo postado e a saudade de escrever Bad Reputation já está batendo em mim. A cada dia que chego mais perto do fim é um dia com mais saudades do Isco e da Mel.

O que acharam desse capítulo? E da reação da Mel no primeiro dia de aula da Luna. Vou ser sincera, eu acho que eu faria a mesma coisa KKKKKK.

Espero que tenham gostado desse capítulo e que estejam ansiosos para o último que logo eu postarei.

Um beijo enorme e até o próximo capítulo!!!

Bad Reputation || Isco AlarcónOnde histórias criam vida. Descubra agora