Melanie sentia uma aperto em seu peito toda vez que olhava seu filho e percebia que era a primeira vez que o deixaria com uma completa estranha. Mateo percebeu o olhar da mãe e correu até ela, tropeçando nos próprios pés o que fez a mulher o segurar nos braços.
- Mama!- O pequeno disse abraçando a mulher que sentiu seu estômago revirar com a incerteza de o deixar só.
- Meu bebê.- Ela disse sorrindo e depositou um beijo no rosto dele que riu alegre de satisfação. - Eu quero te pedir uma coisa, posso?- Ela perguntou vendo o garotinho afirmar com a cabeça.- Eu e a sua vovó vamos ter que sair um pouquinho, e a mamãe vai te deixar com uma senhora e ela vai cuidar muito bem de você. Promete que fica quietinho?- Mateo voltou a afirmar com a cabeça e a psicóloga sorriu.
- Te amo, mama.- Ele disse beijando o rosto da mãe que sorriu e o apertou contra si.
- Te amo, filho.- Melanie sussurrou para o pequeno quando ouviu duas batidas na porta. Ela sabia que era Isco, então respirou fundo e abraçou mais uma vez o pequeno em seus braços.
Só então, ela caminhou às pressas até a porta e a abriu, tendo a visão de Isco e ao lado de uma mulher de cabelos grisalhos que aparentava ter cinquenta anos. O jogador sorriu e a médica fez o mesmo.
- Entrem. Podem entrar.- Melanie disse dando espaço para os dois e logo fechou a porta atrás deles.
- Mel, está é Maria.- Isco as apresentou e as duas logo se cumprimentaram. - E esse é o pequeno Mateo de quem te falei.
- Filho, está é a senhora com quem você vai ficar enquanto a mamãe sai, mas eu prometo que volto logo. Ok?- Ela perguntou ao menor que sorriu e estendeu as mãos para Maria que logo o segurou, aliviada por ser uma criança simpática.
- Onde está sua mãe?- Isco perguntou a morena que o encarou e suspirou.
- Ela não acordou muito bem hoje. Está deitada, mas eu vou chamá-la.- A médica disse se afastando de onde o jogador estava.
Melanie caminhou até o quarto da mãe, vendo que a mesma estava lendo um livro enquanto permanecia deitada. Seria difícil vê-la em uma cama hospitalar, internada.
- Mãe, o Isco chegou para nos levar.- A médica disse ganhando a atenção da mãe que logo guardou o livro e ignorou as dores que sentia para se levantar e caminhar até a porta. A psicóloga pegou as bolsas de sua mãe que seriam necessárias no hospital e seguiu a mais velha até a sala.
Isco sorriu ao ver a mais velha e logo se aproximou desta.
- Olá, senhora. Creio que não tivemos tempo de nos apresentar corretamente da última vez. Sou Francisco, mas pode me chamar de Isco.- O jogador disse estendendo a mão para a mais velha que sorriu com a simpatia do meio campista.
- Me chame de Penélope. É um prazer conhecer alguém de quem minha filha fala tão bem.- A mais velha apertou a mão do jogador, mas ele havia desviado seu olhar para a mulher logo atrás dela que parecia desconfortável com a revelação da mãe.
- Então, podemos ir?- A médica disse mudando o assunto da conversa dos dois. Ela virou-se mais uma vez para onde a babá estava com seu filho e sorriu fraco. - A mamãe volta logo, filho.- A criança afirmou com a cabeça e sorriu.
Isco percebia no olhar de Melanie o que ela sentia. Insegurança pelo filho e medo pela mãe, mas ele não disse nada, pois sabia que aquilo só a irritaria mais. Ele conduziu las duas mulheres até seu carro, colocando as bolsas de Penélope no porta-malas.
Ele viu que as duas mulheres já haviam entrado em seu carro e entrou logo em seguida. Melanie estava ao seu lado, com a cabeça encostada na janela e a respiração acelerada. Ele ligou o carro e deu partida em direção ao hospital que não ficava muito distante dali o que era bom para a médica que não gastaria tanto tempo no trajeto de sua casa até onde sua mãe estava.
Ao chegarem no hospital a mais velha disse que entraria para fazer seu check-in na recepção e saiu do carro deixando sua filha e o jogador sozinhos. Isco virou-se de lado para encarar a mulher que percebeu o olhar e o encarou com um sorriso fraco nos lábios.
- Obrigada por tudo que você está fazendo por mim.- Ela agradeceu sem desviar o olhar do jogador que respirou fundo e colocou a mão sobre a perna dela.
- Estou fazendo o que qualquer um faria.- Ele disse olhando nos olhos castanhos da mulher que negou com a cabeça e o abraçou.
- Você sabe que ninguém faria isso.- Ela sussurrou no ouvido dele e beijou a lateral do rosto do homem antes de se afastar e abrir a porta. - Eu te vejo no consultório, amanhã?- Ela perguntou se culpando pela frase sair de sua boca como uma súplica.
- Com toda certeza. Eu não perderia minha última consulta com a médica mais linda da Espanha.- Melanie sorriu e mordeu o lábio inferior.
- É a última, não é?- Isco afirmou com a cabeça e sorriu fraco.
Ele nunca pensou que fosse torcer para que aquela não fosse a última consulta. Nunca pensou que desejaria ter outras consultas marcadas e Melanie nunca pensou que sentiria falta de um paciente como sabia que iria sentir de Isco.
- Até amanhã, Francisco.- Ela disse não querendo que ele percebesse o quanto ela desejava não se despedir dele.
- Até amanhã, Melanie.- Ele respondeu umedecendo os lábios enquanto a mulher abria a porta e saia do carro dele.
Ele observou ela caminhar até o interior do hospital, depois de pegar as bolsas da mãe que estavam na mala e respirou fundo. Ele estava perdido. Em sua mente o que sentia por Melanie não era paixão, longe daquilo, afinal, se conheciam há pouco mais de uma semana e ele não era um adolescente que se via perdidamente apaixonado em tão pouco tempo. Contudo, admitia que a mulher mexia com ele e que o sexo dela era de longe melhor do que o de qualquer prostituta com quem ele já tinha transado. E apesar de tudo, não negaria a falta que a médica faria em sua vida depois do término das consultas.
*~*~*~*
Olá, meus amores
O que acharam desse capítulo? Mateo é uma fofura de criança, não é?
O capítulo de hoje foi curto, mas eu não queria deixar de atualizar. Sigam a Melanie no Instagram e votem para que eu saiba se estão gostando da fanfic.
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Obrigada por tudo e até o próximo capítulo!!!
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Bad Reputation || Isco Alarcón
Fiksi PenggemarEla tem uma má reputação Ela pega o caminho mais longo para casa Todos os meus amigos a viram nua Ou é o que dizem Erros, todos nós cometemos Mas eles não vão esquecer Porque ela tem uma má reputação Mas eu sei o que eles não sabem Bad Reputation...