CAPÍTULO XXII - A DAY DA CAROLINE!

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2 dias depois...

Day

Eu tinha acabado de chegar no hospital pela segunda vez no dia. Eram duas vezes o horário de visitas, mas ela só poderia ser recebida de tarde por nós: Vitão, Zayn e eu.

Me sentei na recepção e comecei a mexer o meu pé em um ritmo que irritou o Zayn.

- Para com isso - falou se sentando ao meu lado - parece que você está nervosa.

- E eu estou - falei - não consegui evitar toda a merda que aconteceu...

- Relaxa, mana - Vitão falou se sentando do meu outro lado - ela tá bem, não escutou o Rafael?

- Eu sei, não é com isso que eu estou preocupada...

- Então para de se preocupar, daqui a pouco você vai ver a Carol - Zayn comentou.

Abaixei a minha cabeça e comecei a analisar minha mão com pensamentos tristes. Eu não poderia deixar que isso tudo que aconteceu me afetasse.

Eu descobri quase tarde demais que a Carol era o amor da minha vida. Eu deveria ter escutado ela, entendido seus motivos, mas ao contrário, expulsei ela da minha vida e agora eu estava quase desesperada para tê-la de volta.

- Quem é a "Day"? Caroline... - olhou na prancheta - Biazin, Caroline Biazin me falou que queria ver a "Day" -  Um homem alto, usando vestes totalmente brancas falou para a mulher da recepção - tem algum contato de alguém com um nome assim...

Me levantei rapidamente de onde eu estava. A Carol queria me ver. Uma felicidade tomou conta do meu corpo que ficou elétrico.

- Sou eu - falei quase caindo em cima de uma das cadeiras da recepção - eu sou a Day. A Day da Caroline!

O homem olhou para mim, depois movimentou seu olhar para o seu relógio e sorriu.

- Ainda não está no horário de visitas... - falou - mas eu vou abrir uma exceção. Irá fazer bem ao processo de melhora da paciente. Me acompanhe.

Segui o médico até um elevador que nos levou até o andar que a Carol estava. Depois andamos por alguns corredores brancos com listras azuis nas paredes, um design interessante. E mesmo que houvesse muitos corredores no lugar, o layout permitia que ninguém se perdesse por completo, existia plaquinhas indicando as direções.

Chegamos em frente de um quarto. Meu nervosismo aumentou, mas eu me controlei.

- Pode entrar. Eu vou ir ver outro paciente em outro setor. Qualquer coisa chame uma enfermeira.

Ele saiu e me deixou em frente da porta. Segurei a maçaneta e girei. Entrei no lugar e vi a Carol deitada em uma cama.

- Day - ela falou com um sorriso no rosto.

- Eu tô aqui, amor - falei.

- "amor"?

- Sim, você é o meu amor. Te amo, ruivinha.

- Então você me perdoou? - ela perguntou.

- Não tenho nada para perdoar. Eu entendo que você deve ter tido motivos... Eu só não quero perder você... Nunca.

- Mas...

- Não vamos falar mais sobre isso. Por favor - falei.

Sentei na cama, do lado dela e beijei a sua testa.

- Não pode ser na minha boca? - a Carol protestou - eu sinto falta de seus lábios no meu...

- Tudo o que você quiser, baby.

Encostei meus lábios no dela suavemente para sentir cada momento daquilo. Depois pressionei e dei uma leve mordida. Eu queria mais que aquilo, mas não alí e não agora.

- Ei, meninas, estamos aqui agora. Abaixem esse incêndio - Vitão falou.

- Ai, cala boca, idiota - falei rindo.

- É muito bom ver vocês duas juntas novamente.

- Não estou acostumado a ver minha irmã beijar uma mulher, mas nesse caso, estou adorando ter a Carol como cunhadinha - Zayn falou.

- E tem que adorar mesmo. Não tem outra opção - falei.

- Queria saber como era a relação de vocês dois antes de tudo - Carol comentou.

- Nossa infância foi muito boa, mas eu comecei a estragar tudo na adolescência - falou o meu irmão olhando para mim - desculpa Day, você é a pessoa que eu mais amo no mundo, abaixo apenas da nossa mãe. Me arrependo das merdas que fiz.

- Vamos recomeçar? Eu queria muito esquecer essas coisas que já aconteceu com a gente - a Carol falou.

- Eu também queria, anjo - falei olhando para minha ruivinha.

- Então... Quando você vai receber alta? - Vitão perguntou.

- Eu não sei.

- Espero que seja logo. Odeio hospitais. Ainda bem que eles não pediram minha identificação para entrar aqui - Zayn falou.

- Você tem alguma coisa pendente com a polícia?

- Não, a foto da minha identidade é feia.

- Idiota - falei rindo.

A Carol também riu. Era tão bom estar na presença deles, todos reunidos. E fazendo a minha ruivinha feliz. Aquilo era a minha família, e eu sabia que poderia contar com eles para qualquer coisa, independentemente do que fosse.

Ghosts (DAYROL)Onde histórias criam vida. Descubra agora